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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Não me esqueci [029]




Não me esqueci
das meias sardinhas,
do vinho verde americano e da água de unto,
da exportação de carne para canhão
em nome da Pátria
e da vista grossa aos emigrantes “a salto”.

Sou uma prova da tirania,
já exangue, a benzer ignorâncias
e de ruas inteiras
só de mulheres e crianças.
- O meu home foi prá França…

E foi ditoso o momento
do princípio da mudança.
Mas, agora, o essencial é empurrar o hoje,
sabendo que nos alimentamos
do medíocre quase nada
de uma dieta de chicos espertos à la carte,
para da sua síntese arrancar alguma côdea
que nos mate a fome
que o terrorismo financeiro nos causa.


48 comentários:

Teresa Brum disse...

Olá!
Agradeço sua visita e gostei também de visitar tudo por aqui.
Volte quando puder, um abraço nosso.

Mona Lisa disse...

Obrigada pela visita ao meu"cantinho" e respectivo comentário.

O seu poema é belo e actual. Uma revolta ao que este (des)governo nos está a conduzir.

Infelizmente, o meu pai faleceu, repentinamente, em Abril. Enquanto tiver poemas serão publicados todos os dias 1 de cada mês.

Beijinhos.

Mona Lisa disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
deep disse...

«Mas, agora, o essencial é empurrar o hoje,
sabendo que nos alimentamos
do medíocre quase nada
de uma dieta de chicos espertos à la carte,
para da sua síntese arrancar alguma côdea
que nos mate a fome
que o terrorismo financeiro nos causa.»

Nem mais!

Bom fim-de-semana.:)

Lídia disse...

Já cá estou Jaime

O seu poema cheio de verdades causticas do ontem hoje e por mal de todos de um amanhã gostei, também tenho algumas coisas dentro das mesmas ideias por aqui publicadas nos meus blogues.

Também estarei seguindo com interesse o seu espaço.

1 bom fim de semana

Lídia

Manuel Veiga disse...

é sempre um prazer descobrir um novo poeta. agradeço por isso a visita que receberei sempre como um privilégio.

noto que escreves com qualidade literária. e as tua palavras não são "inocentes" - o que vai sendo coisa rara.

grato. abraço

Manuel Veiga disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Gracita disse...

Olá Jaime
Obrigada pela visita e carinhoso comentário. Estou muito feliz em conhecer você e seu blog.
Os desmandos dos governantes com seu terrorismo imoral é a causa do sofrimento do povo que vive na linha da miséria. Belo poema
Sempre que puder volte. Será um prazer receber você para uma dedo de prosa poética
Um abraço e um ótimo final de semana

Suzete Brainer disse...

Caro Jaime,

Fiquei encantada com a sua grandeza poética;
uma arte poética inspirada, profunda e
de uma beleza inspiradora.
Muito grata pela sua gentil visita e
comentário (generoso) ao meu espaço (blog)
e me proporcionar a oportunidade de
conhecer o seu espaço, um momento
precioso de leitura...
Voltarei sempre!
Saudações poéticas!

Fá menor disse...

Dias de incerteza...

(grata pelas visitas)

São disse...

Excelente !

Também me lembro de muito...

Bom fim de semana

Olinda Melo disse...


Olá, Jaime

Eis um poema que nos diz muito do passado e do presente com um sentido crítico muito apurado.

Muito obrigada pela sua visita.

Abraço

Olinda

Graça Pires disse...

Muito obrigada, Jaime pelas palavras deixadas no meu "Ortografia". Passarei aqui outras vezes.
Um abraço

Maré Viva disse...

Há tanta que nunca vamos esquecer! E dizê-lo, assim, em verso, é uma arte!
Obrigada pela visita e pelas palavras que vou usar como incentivo para voltar ao "activo"...tenho andado tão preguiçosa!
Um abraço.

Maria Luisa Adães disse...

Jaime, era o nome de meu pai!...

Me seduziu sua presença e suas palavras!

Aderi como seguidora sem promessas futuras,
pois para mim, o presente é suficiente!

Por vezes estou muito tempo sem escrever e como natural, sou esquecida,
por minha culpa, minha grande culpa!

E seu poema é muito belo e traduz o sofrimento de um povo, que neste momento
agoniza, por aqui e por ali.

O entendo e o acompanho!

Com ternura,

Maria luísa "os7degraus"

Marta Vinhais disse...

Há sempre "chicos espertos" que "matam" tudo o que tocam...
Um poema interessante; um retrato actual de um País que se afunda.
Muito obrigada pela visita; espero que continue a visitar-me...
Beijos e abraços
Marta

Shirley Brunelli disse...

Sei bem do que você fala, Jaime.
Aqui também, impotentes, vamos empurrando o hoje...
Parabéns!
Beijos!

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Um poema actual que de tão real até magoa.
A tua veia poética continua em alta.
Obrigada!
beijinhos
:)

PS:Muitos anos a ler-te mas ainda não tinha passado por aqui!

beijos

Parapeito disse...

" uma dieta de chicos espertos à la carte,
para da sua síntese arrancar alguma côdea
que nos mate a fome
que o terrorismo financeiro nos causa."

É preciso, não esquecer!
Grata pela sua passagem no Parapeito.
Brisas doces ****

SOL da Esteva disse...

O ontem, foi o que foi.
O hoje, é bem pior.
O amanhã é que dói,
Que a vida não é melhor.


Um bom Poema de intervenção.
Gostei.


Abraços


SOL

Labirinto de Emoções disse...

Olá Jaime
Grata pela visita e pelas simpaticas palavras.:-))) apareça sempre que lhe apetecer a porta está sempre aberta.
O seu poema é o mais acertivo possivel.
Um resto de bom fim de semana
Um beijinho
Teresa

CÉU disse...

Olá, Jaime!

Agradeço a sua passagem pelo meu blogue, embora de forma "silenciosa" mas foi agradável, na mesma.
E ainda dizem que a memória dos homens é curta!
A sua escrita é bem extensa e intensa.

Boa semana. Abraço.

PS: não tenho novidades no meu blogue, mas a "casa" está aberta 24h por dia e a "porta" não tem chave.

Lu Nogfer disse...

Oi Jaime

Passando para agradecer a tua visita.(Respondi teu comentário, ok?)
Lendo estes teus sóbrios versos, tenho a impressão de ter te lido muitas vezes. Excelente espaço poético tu tens. Estou levando o teu link para em breve voltar.

Um abraço, caro poeta!

Ana Tapadas disse...

Obrigada pelo comentário no Rara Avis.

Grata por se revelar...mais um poeta em que a palavra se escreve de vida!
bj

By Me disse...

Olá,

foi um prazer ler o seu comentário e saber que é meu fiel seguidor.Farei o mesmo em relação à sua veia poética burilada e gosto requintado.

Em tudo adequado, " Não me esqueci" às problemáticas actuais! As memórias ficam, para avivar o que de bom houve e o que de mau nos rasgou por dentro...

O meu apreço sincero por esse "Rio sem margens "

Saudações com sabor poético. :)

Emília Pinto disse...

Antes de mais quero agradecer a visita que fizeste ao Começar de Novo. Espero que tenhas gostado e voltes sempre. E" em nome da pátria " também a minha família viu um filho partir e outras tantas ficaram sem eles; na minha aldeia homens partiam para outros mundos na esperança de conseguirem o suficiente para a sua casinha, enquanto que as mulheres ficavam trabalhando nos campos para ajudar na educação dos filhos, nessa época sempre em grande número. Vida difícil que, pensavamos, não mais voltaria; engano nosso....hoje uns " chicos espertos" aparecem por todos os lados fazendo com que " à nossa volta só haja olhares de risos amargos " A mudança chegou, mas a miséria voltou a visitar muitos lares do nosso país Gostei muito do teu poema, amigo! É um grito de revolta pela situação a que o nosso (des)governo nos colocou. Obrigada pela partilha. Um beijinho e até breve.
Emília

GarçaReal disse...


Magnifico este poema, repleto de actualidade e profundidade.

Vivemos realmente momentos incertos.

Obrigada pela visita e uma boa semana

Bjgrande do Lago

helia disse...

Gostei muito do seu excelente Poema e agradeço a sua
visita ao meu blog .
Uma boa semana

Mirtes Stolze. disse...

Boa noite Jaime
Feliz em conhecer um belo poeta e seu lindo blog, muito realista a sua poesia. Os políticos mal conduzindo o governo, causando sofrimento diversos a população. Uma abençoada semana. Abraços.

Ruthia disse...

Olá amigo Jaime, venho agradecer e retribuir a sua amável visita ao meu cantinho. Gostei dos seus versos. Infelizmente, falam de uma realidade que se renova todos os dias, só que agora os emigrantes não vão a salto, enchem os voos low-cost, em vez de uma mala de cartão, transportam os seus canudos universitários... só a desesperança é a mesma.
Já me registei como seguidora (obercodomundo, sem avatar), virei visitá-lo mais vezes.
Um abraço
Ruthia d'O Berço do Mundo

Crista disse...

Da saudade...não sei...
Só sei que daqui para frente,se sumires,morrerei de saudades de tu...ksksksksksks...
Para não te perder,estou te seguindo...assim te persigo melhor!!!!!!
Obrigada pela visita e por também não querer te perder de mim,me segues!

Aninha Ferreira disse...

boa tarde sr jaime...
(antes deste comentario escrevi um outro mas penso que nao foi enviado pois a pagina deu erro por isso aqui vou eu escrever de novo)

desde ja agradeço os seus comentarios.
reparei que tem cohecimento dos meus 3 blogs e que reparei que todos eles andam parados. é verdade...
a faculdade, aulas e exames nao deixam tempo nenhum e a imaginação tambem nao tem ajudado muito. o feedback tambem é pouco e por isso nunca sei se devo continuar a escrever ou nao, se vao gostar ou nao, se o que escrevo tem algum interesse...

o blog que mais utilizo agora e o "diario de desabafos" (http://diario-de-desabafos.blogspot.pt/) e mesmo assim nao anda muito ativo. tal como o nome indica e uma especie de diario, onde escrevo tudo o que me encomoda ou ate mesmo o que me alegra. vou escrevendo conforme vai surgindo alguma coisa.

o blog "palavras sonhadas" (http://poesias-aninha-ferreira.blogspot.pt) onde apresento os meus poemas e o que esta parado a mais tempo, pois surgiu quando andava no 12 ano e davamos poemas, o gosto apareceu e fui escrevendo "rascunhos" nada de especial... com o tempo os poemas passaram a textos corridos que agora os apresento no blog mencionado anteriormente.

o outro blog "sonhos felizes" (http://blog-dos-sonhos-felizes.blogspot.pt/) ficou parado so mesmo por causa do tempo que nao tinha para me dedicar a ele.

contudo nos ultimos dias tenho andado a pensar no assunto, e os seus comentarios tambem ajudaram a motivar, e gostava de voltar a "reabrir" os blogs, ou por menos ser mais ativa num deles.
tou so a espera que a epoca de exames acabe para me sentir um pouco mais livre, ando a procura de temas para escrever e depois sim espero voltar a escrita...

um aparte, nao sei se e usuario do facebook, mas como ja deve ter reparado nos meus blogs, tenho uma pagina sobre os blogs onde publico sempre que escrevo alguma coisa, se quiser seguir para ficar a par de qualqer novidade que possa surgir aqui fica o link https://www.facebook.com/pages/Blogs-da-Aninha-Ferreira/222361564487041

Unknown disse...

Jaime,
Fiquei muito feliz que você gostou do meu blog, vim conhecer o seu também. O seus poemas são lindos! Beijo Gabriela

Vera Lúcia disse...


Olá Jaime,

Um poema forte de indignação e insurgimento e muito bem construído.
Desolador quando "o essencial é empurrar o hoje".

Grata pela sua amável visita.

Abraço.

manuela barroso disse...

Uma panorâmica admirávelmente bem conseguida, painel de um tempo que foi. Porém, outra tela. Todas tão sem luz!
Admirável.

Obrigada, Jaime, pela sua amabilidade.
Ótima semana!

Helena disse...

Jaime, percorri o teu blog e me encantei com os teus poemas. Sente-se que tens trânsito livre no mundo da Poesia, que estendes as mãos e os versos vão se aninhando na sua palma como doces frutos, que tens a generosidade de nos trazer para nos encantar o olhar, florir a alma e perfumar o coração. Frutos de uma pródiga imaginação de alguém que nos chega como uma dádiva, para nos fazer degustar em doce deleite os versos colhidos com tanta dedicação.
Gostei demais de conhecer o teu recanto e, com toda a certeza, estarei aqui sempre que puder.
Quero agradecer tua visita ao meu cantinho, as palavras afetuosas, e espero vê-lo outras vezes por lá, pois a visita de um grande poeta muito me honra e gratifica.
Deixo sorrisos a brincar entre as estrelas para enfeitar as horas dos teus dias.
Com carinho,
Helena

Pedro Luso de Carvalho disse...

Um poema com fundo social para nos fazer pensar.
Abraço.

José María Souza Costa disse...


Olá, Jaime Portela.

Retribuir seguindo
Abraços do Brazil.

Smareis disse...

Olá Jaime!
Fiquei feliz com sua presença. Obrigada!
Um excelente poema! Gostei muito da sua forma de poetizar.

Fiquei ausente por algumas semanas, mais nos próximos dias creio que estarei de volta.
Deixo um abraço!
Até breve!
Voltarei!

Luma Rosa disse...

Oi, Jaime!
Apesar de, temos boas lembranças...
Pensar em um futuro incerto oprime, mas o que seria de nós se não fossem os sonhos?
:)
Beijus,

Teresa Almeida disse...

Pela amostra tenho a certeza que valerá a pena voltar.
Não estive na guerra, mas senti-a.
Da actualidade sabemos com dói.
De sardinhas gosto imenso.
Abraço de amizade.
Obrigada.

Arte & Emoções disse...

Olá Jaime! Fiquei muito feliz com a tua visita e gentil comentário deixado no nosso humilde espaço. Espero que voltes mais vezes, pois será sempre um prazer renovado. Eu, particularmente, aqui voltarei mais vezes, pois, além de teres um espaço interessante e bastante aconchegante, tomei a liberdade de me tornar teu seguidor, isso até quando permitires, é claro.

Quanto ao post, Belo e profundo poema, porém de cunho social e, sobre o qual, permita-me não comentar, por desconhecer o tema.

Abraços,

Furtado.

Victoria disse...

Es un placer su visita y su cariñoso comentario..Su blog reaspira versos de libertad,,donde el alma y el corazón se unen para escribir

Gracias por seguir mi blog..Le uno a mis amig"s
Con cariño Victoria

saudade disse...

Ola querido Jaime.
E que belas poesias se encontram por aqui....
Saudade....

MEU DOCE AMOR disse...

Olá:

Belo poema que tanto nos diz.

Empurremos o hoje...com força.

Beijinho doce e muito obrigada pela visita aos meus cantinhos:)

MEU DOCE AMOR disse...

Estive a ler os poemas.São lindos demais.Como pode um ser humano "brincar"assim com as palavras?É mesmo um dom,acho eu.

beijinho doce

rosa-branca disse...

Meu amigo, um poema para ler, reler e pensar. Duro de roer, mas tão verdadeiro. Um abraço com carinho

Odete Ferreira disse...

Andei um pouco ausente; como escrevi numa postagem, precisei de um tempo de arejo...
Ao percorrer o teu espaço, parei neste poema: uma problemática que me é cara e, atualmente, até pela partida forçada de tantos dos nossos jovens e, sobre a qual já escrevi, quer em prosa (a narrativa está já publicada numa coletânea designada "Ei-los que partem"), quer em verso.
Este teu poema, além de bom, é uma homenagem a tantos que partiram, partem e partirão.
Afinal, por cá, haverá sempre cabos de tormento.
Bjo, amigo António