Nas
minhas mãos,
por
entre os néctares das chamas
acesas
na memória,
as saudades
da rosa do teu sacrário.
Se
estivesses comigo agora,
as
palavras teriam as nossas raízes
e eu
mostrava-te, nos dedos,
as
feridas das nossas incertezas.
Mas só
me chega a tua voz,
de
silêncio, que preencho
com água
inquinada pela saudade,
oásis
onde os apátridas matam a sede.
Jaime Portela, Setembro de 2021