Parte por parte, despiu-o numa meiguice febril,
Temperou-o ao seu sabor:
Pimenta, alho e cebola, sal, limão e Porto velho.
Na travessa, pôs-lhe salsa, rosmaninho atrás da orelha,
Mostrou-lhe o forno ardente, lume nos olhos, tições,
A queimar de tão acesos.
Na espera, de gestos prontos, adoçou unhas nervosas
Do frio abismo, sem fundo, onde esfriara lembranças,
Gazela triste, salgada,
Numa vigília sem estrelas de água-ardente de afetos.
No tempo certo, no preceito de toalha sem migalhas,
Branca e posta sem urgência de partida
Daquele caldo de amor, sem vacilar um talher,
Ela apostara sem medo todo o saber da cozinha.
Que singela meiguice,entre a cozinha,e o amor,a paixão...
ResponderEliminarMuito belo,uma delicia...
Bjo
E que todo o sabor tenha saber.
ResponderEliminarBeijos.