Por vezes, passo noites de sono
a lutar no meio de tumultos de giestas.
Elas esfolam-me, arranham-me,
aturdem-me os tímpanos, cegam-me.
Tento escapar a correr como um louco,
mas dou comigo, confuso e esbaforido,
no poço das feiticeiras,
sítio assombrado da meninice perdida.
A erva, alegre como um pardal, embala-me
a pele, que fica sarada, sem marcas,
ao som de um poema sinfónico de Strauss,
abraçado de imagens tão deslumbrantes
como as dos Cem Anos de Solidão.
Então, sinto a leveza dos teus poros,
ouço a tua cristalina voz, maviosa, e vejo
golfadas de luz brotando de ti.
Já sei, é tudo obra tua enquanto durmo,
minha feiticeira.
Uaaaaaau! Parabéns à sua musa feiticeira.
ResponderEliminarMúsica e poesia, conjugação perfeita.
ResponderEliminarBom fim-de-semana, amigo Jaime!