quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Sem chave nem relógio [037]



Sem chave nem relógio,
fechamos o nosso tempo,
completamos o que ficou incompleto.
Mas viverei com esse tempo,
ainda que ele me habite inacabado.
Ficará guardado
no baú das minhas joias de corsário,
até agora estranhamente devoluto.
Predadores e presas,
fomos vencidos,
subjugados,
mas também tornados livres
para depois desse tempo viver outras virtudes,
porventura outros pecados.
A chave desse baú,
trago-a no bolso,
para o abrir no futuro
sempre que de saudade
me quiser encantar empanturrado.

49 comentários:

  1. O tempo ficará sempre inacabado... O ciclo repete-se - vencemos hoje, mas amanhã quem sabe?
    Vivemos de saudades....
    Lindo...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

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  2. que eficaz, mal posto o novo texto tenho logo um comentario seu... i eu que vinha aqui para ver o que havia de novo e informar do novo texto, parece que ja fui tarde :)

    noa precisamos de relogios, as vezes queremos ter amis tempo, mas o relogio limita-nos esse tempo, e outras queremos parar o tempo mas o relogio avança e mais e cada vez mais rapido...

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  3. Dentro desse báu!...são tantas as recordações e as memórias né!
    Livres...esta palavra nos,toca...
    A tua chave,bem guardada,para um futuro próspero...

    Escreves lindamente meu amigo Jaime
    Bjo e continuação de uma boa semana

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  4. Belo!!!!!!! Ótima tarde, Jaime!!!!!!! Abraços

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  5. Belíssimo poema, Jaime!
    Que bom a necessária existência desse baú, sempre reaberto quando a saudade se faz presente.
    Gostei muito! Maravilhosas metáforas.
    xx

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  6. Belíssimo poema, Jaime!
    Que bom a necessária existência desse baú, sempre reaberto quando a saudade se faz presente.
    Gostei muito! Maravilhosas metáforas.
    xx

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  7. O tempo... umas vezes a nosso favor... outras vezes contra nós...
    Ajudando-nos a vencer... ou subjugando-nos... à saudade...
    Poema lindíssimo, Jaime... o tempo será o que quisermos fazer dele... se aproveitarmos as oportunidades que ele nos traz... e essa possibilidade, fica mesmo em aberto, no baú das recordações e sentimentos, de cada um... e só cada um, saberá o que fazer com a sua chave...
    Abraço, Jaime! Um óptimo fim de semana!
    Ana

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  8. O tempo é inexorável.

    Boa noite, Jaime. :)

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  9. Jaime,
    Lindo texto, para cada tempo vivido, para cada momento sentido, um ciclo que vivemos e encerramos, guardado sim, no baú de nossas memórias, esses lindos momentos, que por vezes, saltam sobre nosso peito, em forma de saudades, como tão bem descrevestes, joias de corsário... "Fomos vencidos, subjugados, mas também tornados livres..." Perfeito!
    Uma ótima semana, adorei o texto, beijo.

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  10. Ter a chave do baú para abrir quando vier a saudade é uma preciosidade que o tempo não pode apagar e relógio algum pode comandar
    Um poema belíssimo Jaime.
    Obrigada pelas palavras lindas que você deixou no meu blog
    Fiquei extremamente feliz
    Um super abraço e uma feliz sexta feira amigo

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  11. Ah, meu amigo, a importância desse baú! A relevância de termos ali fechado a sete chaves o tesouro de uma época para a qual podemos volver pensamentos e, se necessário for, retirar fragmentos que apoiados em novas experiências nos darão melhores suportes no caminhar. Mas é importante deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
    E ao abrirmos um novo espaço na nossa vida, ao inaugurarmos uma nova etapa é necessário estarmos de coração livre para viver as experiências que o novo ciclo irá nos oferecer.
    É como bem disseste, meu amigo, nestes versos de extrema importância:
    "Predadores e presas,
    fomos vencidos,
    subjugados,
    mas também tornados livres
    para depois desse tempo viver outras virtudes,
    porventura outros pecados."
    Fica um beijo e o desejo de um final de semana de alegrias,
    Helena

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  12. Linda poesia!
    Meu coração transbordou de saudades dos meus pais, avô e irmão que partiram.
    Bom final de semana, um abraço.

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  13. Oi Jaime no baú dos belos poemas; guardo os seus;
    Bom final de semana pra você também.
    Obrigada pela sua visita em nossa casa

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  14. Do seu baú de corsário saiu este excelente poema. O tempo faz e desfaz a manta de retalhos que é a vida. Gostei muito.
    Obrigada pelas palavras e pelo carinho.
    Um beijo.

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  15. Eu muitas vezes
    mando parar o tempo
    e eternizar o momento

    E ele obedece
    ao meu pedir!

    Mas nem sempre...

    Maria luísa

    p.s.Graças pela gentil visita
    aos "7degraus"

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  16. Muchas gracias por venir a visitar mi blog y dejar tus huellas, las que me traen hasta aquí, Jaime.

    Precioso tu poema, me ha encantado.

    Un beso dulce de seda.

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  17. Belo poema, Jaime, ricamente construído.

    Cada ciclo que se fecha, ainda que dele resulte algo inacabado, abre portas para outro ciclo, que poderá trazer novas venturas, felizes ou não. Certo é que o que se viveu nunca será esquecido. Fará parte deste valioso baú, o qual, a qualquer tempo, poderá ser revisitado. Isto o tempo não rouba.

    Ótimo final de semana.

    Abraço.

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  18. Oi Jaime,
    De vez em quando é bom
    abrir esse baú. Há preciosidades que
    só encontramos lá...
    Ótimo final de semana. Beijos!

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  19. Adorei o poema...
    Todos temos o nosso "Baú " muitas vezes tememos abri-lo...
    não sabendo o que sai...
    boas ou más recordações ?
    Então escondemos a chave, esperando uma boa ocasião...
    É que ás vezes está tão cheio...
    De saudades, lágrimas, amores,( e o relógio não para...)!

    Abraço, e um final de semana esplendido !

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  20. OI JAIME!
    TERMOS A CHAVE DE NOSSO "BAÚ" DO TEMPO E, DE QUANDO EM QUANDO, ABRI-LO, MATAR AS SAUDADES E FECHÁ-LO NOVAMENTE, TIRANDO DAÍ FORÇA PARA CONTINUARMOS A JORNADA.
    LINDO E PROFUNDO.
    ABRÇS
    -http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  21. Relógio...chave...objectos que aprisionam o tempo.
    Sem eles não há princípio nem fim. Apenas as nossas
    rugas testemunham a sua passagem e a saudade mora nela.
    Abraço
    Olinda

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  22. É bom que nunca se percam as chaves! :)

    Bjs

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  23. um belo poema. como todos que aqui se leem...

    abraço

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  24. Amigo Jaime, não sei se será boa ideia ir assim ao baú e re)mexer nas recordações. Acaba-se sempre por sofrer, mas claro se houver algo bom é sempre bom recordar. Adorei o poema. Bom fim de semana e beijos com carinho

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  25. Há "coisas" que não precisam de chave, nem de relógio.
    Inteligente poema. Gostei muito. Abraço e boa semana.

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  26. Nunca percas a chave do baú, pois se navegar por outros mares é preciso, recordar abrindo a porta à saudade, não o é menos.
    Uma boa tarde de Domingos.
    Beijo.

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  27. Oi amigo, é uma pena que o tempo não espera por ninguém, não é? kk
    Vim lhe desejar uma ótima semana, abraços e fique com Deus!!

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  28. Olá Jaime, belo poema. Gostei de passar por aqui. Feliz semana. Beijinhos

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  29. Na memória fica a beleza das palavras vivas,
    sempre renascendo na tua magnifica poesia...
    Guardei na memória esta preciosa leitura!
    Grande abraço, querido amigo Jaime.

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  30. Todos temos um baú onde colocamos nossos acertos e nossos erros. Dia virá em que precisamos, corajosamente, abri-lo, repensar e refazer parte do seu conteúdo.
    Muito bom!
    Beijos!

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  31. Belíssimo poema, Jaime.
    Os finais são sempre tristes, mas ficam as lembranças e a saudade.

    Um beijo.

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  32. É muito bom ter sempre a chave do baú na nossa mão...

    Boa semana :)

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  33. Sem chave, nem relógio, o baú do tempo, por tempo determinado, guardará as nossas recordações.
    Abraços

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  34. e do baú saiu este poema, excelente.
    que nunca percas a chave dele ( e da inspiração)
    boa semana.
    beijo
    :)

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  35. Gosto de abrir o baú das recordações, mas apenas para as boas, as más não vale a pena lembrar.
    Lindo poema
    Um abraço
    Maria

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  36. ...mas que belo baú encontro aqui!

    um baú de preciosidades tantas que é claro,
    tempo algum poderá destruí-las se a levarmos
    dentro do coração!

    obrigada, moço, pela visita e carinhosas
    palavras lá no Alma Nua!

    amei estar aqui e voltarei, com certeza!

    beijos, Jaime!

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  37. Às vezes, temos sede de baús para matar saudades
    Por vezes temos fome do baú para matar curiosidades. Esquecidas!
    Um poema com fechadura perfeita

    Para Si, Jaime,beijinho!*

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  38. Sempre que a noite cai, um tempo acaba, independentemente do relógio e ao raiar do dia não precisaremos de chave para abrir um novo tempo. A vida é uma roda viva que vai girando a seu tempo não se preocupando com o nosso. Muita coisa fizemos questão de guardar no baú da nossa memória, outras porém gostaríamos que de lá saíssem de tão doídas que são. Mas elas lá continuam porque fizeram parte de outro tempo nosso e que neste continuam por muito que isso nos custe; fechamo-las a " sete chaves " para que não nos atormentem, mas....somos sempre vencidos pelo ciclo normal da vida com tempos de " virtudes " de " pecados ", umas vezes presas, outras predadores; tantos tempos de subjugação, outros de liberdade e tantos outros de imensa saudade. E sem chave e muito menos relógio aqui estive a ler este teu magnífico poema tendo a certeza de que só tu sabes que chave usaste para abrir o teu baú. Ao ler-te também abri o meu baú com a chave que é só minha e que guardo preciosamente. Obrigada, amigo, por este " desabafo " que é só teu e que só tu podes explicar. Nós amigos, só podemos admirar. Um beijinho
    Emília

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  39. O tempo, numa ampulheta,
    Esvai-se a cada momento.
    Dizer que pode ser treta
    Não trás mais contentamento.

    Bela Poesia.

    Abraços
    SOL

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  40. Por vezes o tempo não nos dá tempo de encontrar a chave para abrir o que tanto desejamos...
    Mais um belo poema...
    Beijos de....
    Saudade

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  41. Bem dito, Jaime.

    Se o tempo escorre
    numa só direcção
    guarde-se o ouro dia a dia
    no baú da memória
    deite-se a chave fora
    não vá aparecer o ladráo

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  42. Caros amigos
    Obrigado pelos vossos comentários.
    Voltem sempre.
    Entretanto, acabei de publicar novo poema.
    Espero que gostem.
    Saudações poéticas.

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  43. Os ciclos se fecham, mas o que foi vivido dentro dele nos pertence. Podemos abri-los, vez ou outra, mas apenas no baú das lembranças. Tenho que o tempo acabado se completa com seu fim, ou não estaria fechado. Abraço.

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  44. Estas chaves...
    E este relógio...

    Nos prendemos por demais!!

    Gosto de ver
    Coragens
    Que querem desprender...

    Um grande abraço!
    Também gostei muito, muito do teu cantinho.
    Obrigada pelo carinho.

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  45. Bravo! Bravíssimo!

    Linda composição, amigo Jaime!

    Abraço afetuoso!

    Luz e Paz!

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  46. Sem data marcada se vão encerrando os ciclos da nossa viagem por este mundo...
    Resta-nos a saudade e ... quiçá " a chave desse baú ..."
    Lindo !!!
    Sempre tão profundos e lindos os teus poemas.
    Parabéns pela sensibilidade e arte.
    Felicidades.

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