Sem pés de barro [041]
O barro de que és feita,
foi-se colando à minha pele.
Galgados os poros,
acariciou-me as quinas dos sentidos já dormentes.
O meu barro, por sua vez,
foi aderindo aos teus segredos
e aguou as tuas mágoas
para te moldares à mulher quase sem medo
dos medos de antigos sóis.
Modelámo-nos na roda de sol
do Verão da nossa fantasia de oleiros
e passámos a ser um querer
barrado pelo desejo
e pelo sabor agridoce da partilha de suores,
onde navegámos
em nuvens de algodão e barquinhos de papel.
Mas,
porque temos a força de dois oleiros em delírio,
vamos moldar de novo o nosso barro,
a quatro mãos,
nos corpos ardentes das nossas noites de Outono,
cozendo-o no altar, sem pés de barro,
da Primavera da vida.
Que lindo Jaime
ResponderEliminarBjocas
Uma vez poeta,sempre poeta.
ResponderEliminarLindísimo Jaime,adorei esse pequeno fragmento dos seus versos.
"Modelámo-nos na roda de sol
do Verão da nossa fantasia de oleiros
e passámos a ser um querer
barrado pelo desejo
e pelo sabor agridoce da partilha de suores,
onde navegámos
em nuvens de algodão e barquinhos de papel."
Abraços-Carmen Lúcia.
Somos moldados pelas mãos do nosso amado e fazemos o mesmo.
ResponderEliminarO barro que vos moldou,
ResponderEliminarTornou-se Obra perfeita.
É ouro e não secou
E não pode ser desfeita
P'la graça que Vos ligou.
Abraços
SOL
É um delírio de amor este poema com sabor a paixão...dos corpos ardentes em ebulição...
ResponderEliminarBjo e desde já te desejo um ótimo fim de semana que se aproxima
E viver toda essa paixão... partilhando corpos, almas, desejos e sonhos...
ResponderEliminarGostei muito...
Beijos e abraços
Marta
Oi Jaime, que lindo seu poema!
ResponderEliminarO amor quando é verdadeiro fica cada vez mais fortalecido a medida que o tempo passa, jamais perde o seu encanto!
Um ótimo final de semana!
Abraços,
Mariangela
Maravilhoso poema.
ResponderEliminarQue a primavera da vida prevaleça eternamente em todos os corações.
Beijinhos
Maria
Oi Jaime
ResponderEliminarUm belo poema
Deus nos moldou de barro, deu um sopro de vida e o homem moldou a mulher com seu toques apaixonados.
Beijos no coração
minicontista
Visita meu blog Lua Singular, é só para leitura
O barro que se cola à pele... O barro que se adere aos segredos... O barro moldado a quatro mãos...
ResponderEliminarComo pode do barro nascer poema tão lindo?
Só mesmo um grande poeta consegue ser oleiro para criar uma Primavera de tantas cores, sabores, sensualidade...
Lindo, meu querido, como todos os teus poemas.
Um terno beijo no meu carinho,
Helena
Oleiro ou Poeta? Ambos constroem, ambos sentem: um com as mãos no barro, outro com as mãos no papel. Depositam ambos no material os seus sentimentos, os seus sorrisos, as suas lágrimas e pesares.
ResponderEliminarExcelente poesia!
Um abraço.
Belíssimo!!!!!!! Abençoado final de semana!!!!!! Abraços
ResponderEliminarTodos somos o barro do oleiro em mãos que moldam enredos. Este é um enredo de amor, com um barro que se colou nas mãos do Poeta. E o poema ficou belo...
ResponderEliminarBeijo, Jaime.
Muito criativa essa metáfora dos dois oleiros, e de como o barro precisa de ser moldado, neste caso a quatro mãos.E de como com corpos ardentes, dois amantes fazem surgir no Outono uma plena Primavera.
ResponderEliminarMuito belo, e original! Os grandes poetas são assim. Até poderão escrever sempre o mesmo, mas fá-lo-ão sempre com imagens diferentes.
Parabéns, Jaime!
Bom fim de semana!
xx
E assim se moldam belas as palavras
ResponderEliminarnuma feira de barro
Abraço
Oi Jaime :)
ResponderEliminarEsse barro nas mãos de habilidosos e
apaixonados oleiros, só pode ter
um resultado satisfatório,
independente das estações...
Ótimo final de semana!
Beijos!
Jaime, moldam-se as palavras,os sentires, os sonhos, neste maravilhoso poema que adorei. Bom fim de semana e beijos com carinho
ResponderEliminarQuerido Jaime, pura inspiração...
ResponderEliminarBelíssimo!
Beijos!
Barro ou porcelana ?
ResponderEliminarDe finos fios é tecido todo o poema onde vagueei ao sabor do vento da imaginação . Mas sequei ao sol na inércia do outono. Ficaram as pétalas caídas das suas palavras
Beijinho, Jaime
ResponderEliminarMaravilhoso, Jaime.
Belíssima inspiração e poema.
Você é um poeta por excelência.
Parabéns!
Ótimo final de semana.
Abraço.
Bom dia, Amigo Jaime...
ResponderEliminarQue linda e perfeita poesia, dois oleiros, moldando-se mutuamente, descobrindo e desnudando cada consistência dos seus barros, agora envolvidos em um único barro, uma liga inseparável. Perfeito!
Amigo Jaime um ótimo fim de semana, beijo.
p.s. Texto novo lá no espelhos, acabou de sair do forno, quentinho...
Moldando palavras, sentimentos e sensibilidades... num magnífico turbilhão de emoções... no seu melhor, Jaime!
ResponderEliminarUma lindíssima poesia! Sem pés de barro... antes plena de chão pela frente...
Beijinho! Um óptimo fim de semana!
Ana
Uma Poesia muito bonita ! Molda-se não apenas o barro , mas também moldam-se as palavras , os sentimentos ! Deve-se aprender a moldar !
ResponderEliminarUma Poesia muito bonita ! Molda-se não apenas o barro , mas também moldam-se as palavras , os sentimentos ! Deve-se aprender a moldar !
ResponderEliminare modelando o "barro" se fazem belos poemas.
ResponderEliminarassim como este!
bom fim de semana.
beijo
:)
Os seus poemas tem "pés pra andar, palmilhar e continuar" e garanto-lhe que não são de barro. Gostei da inteligente e amorosa metáfora. É, apenas, Outono no calendário. Em vós, há Primaveras, que não necessitam de convite ou chamamento. É natural, como as vossas próprias sedes, embora a masculina seja mais aguçada, e a nossa mais permissiva.
ResponderEliminarAgradeço a sua visita e mais umas palavrinhas acerca do que escrevo, que considera sempre mto bom. Não, Jaime! Há poemas meus menos bem conseguidos. Qdo não gostar, diga-o, por favor, pke não perde nem a comentadora, nem a amiga virtual.
Bom domingo.
Afetuoso abraço!
Ola. Estava passeando pela blogosfera e vim parar aqui.
ResponderEliminarQue beleza é essa poesia de nos moldarmos ao outrl, às estações da vida porque ninguém consegue ser pedra dura com medo de mudar, porque até a pedra, já diria o ditado, se fura.
Parabéns.
beijos
Um poema belamente moldado, Jaime e sem pés de barro.
ResponderEliminarGostei muito.
Abraço.
Boa noite amigo Jaime! Foi um prazer visitar este cantinho de belíssimos poemas que desconhecia. Fiquei fã.
ResponderEliminarParabéns, pelos belos poemas que aqui nos delicia...
Abraço!
Mário
Para quem alem do barro molda palavras e faz poemas lindíssimos como este... Uma ótima semana. Beijo de...
ResponderEliminarSaudade
Que lindo Jaime.
ResponderEliminarA nossa alma é constantemente moldada. Gostei da ideia e da forma como VC a expôs.
Bom domingo pra VC e sua família.
Dois oleiros moldando o mesmo barro deu este poema lindo...
ResponderEliminarMeu caro Poeta, bom domingo
Lindo domingo!!!!!!!! Beijos
ResponderEliminarEliminando-se os pés de barro, tudo o mais ganha consistência. Um lindo trabalho de amor, realizado a dois, em função da felicidade. Abraço.
ResponderEliminarOlá:
ResponderEliminarMoldar o barro não é tarefa fácil.Há que ser um bom oleiro.Se temos algo de divino, talvez o ser humano consiga fazer algo...
Beijinho doce
Bela urdidura, Poeta.
ResponderEliminarA vida é barro moldado
sabor do tempo quando é tempo
sem equinócios nem solticios
que a lua sempre se levanta
para emergência do belo
na plasticidade do amor.
Oi Jaime
ResponderEliminarFico feliz que tenha gostado do meu blog, daqui a pouco vou me colocar de seguidora do outro blog que tem de tudo
Beijos no coração
minicontista
Bela obra de arte do amor em poesia!
ResponderEliminarBelas palavras Jaime.
Ótima semana recheada de belíssimas inspirações poéticas.
Abraços.
o amor quer-se bem "amassado", sem dúvida.
ResponderEliminare bem moldado como peça rara ... de oleiro.
belo. teu poema
abraço
Gostei bastante!
ResponderEliminarr: É mesmo*
Oi Jaime,
ResponderEliminarApesar de muita dor na sola dos pés, você conseguiu me fazer rir.
Você vai descobrir: Vá nos dois blogs, desça até o fim do lado direito irá ver a foto do meu segundo casamento, tinha na época 45 anos e ele 37anos. Depois você faz as contas, entra no minicontista vá até embaixo e vai encontrar no final outra foto e tira as suas conclusões.kkk
Beijos no coração
Lua Singular
O reafirmar dum manifesto de vida. Sempre bom ver isso.
ResponderEliminarTenha uma boa semana. :)
Oi Jaime, o amor tudo transforma.
ResponderEliminarE que bom ter o coração repleto dele!
Belíssimo poema!
Uma linda semana!
Mariangela
Moldar, cozer, aderir... formas para que se construa a textura do amor e sua escultura que se molda ao toque. Belo poema!
ResponderEliminarBoa semana!
Genny
Só assim o amor deve ser vivido.Partilhado e moldado a quatro mãos!
ResponderEliminarMagnífico poema.
Beijinhos.
R: Muito obrigada. Uma boa semana também para si.
ResponderEliminarOI JAIME!
ResponderEliminarO OLEIRO QUE CRIA A OBRA E POR ELA SE APAIXONA.
ACHEI LINDO DEMAIS.
ABRÇS
-http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Uauuuuuuu!!!! Gostei muito!
ResponderEliminarUm abraço!
http://marciagrega.blogspot.com.br/2015/10/cada-um-ama-como-pode.html
Sublime, adorei.
ResponderEliminarFoi um prazer deslizar por aqui.
Beijo carinhoso
Uma metáfora muito eficaz, afinal de pó ou barro somos feitos todos. Que saibamos modelar-nos com perícia e sabedoria. E se for com companhia, melhor um pouco.
ResponderEliminarAbraço
Ruthia d'O Berço do Mundo
obercodomundo.blogspot.pt
Olá amigo, tudo bem?
ResponderEliminarEu adoro poemas apaixonantes assim. Faz a gente recordar momentos incríveis como esse descrito no seu magnífico poema.
Obrigada pela sua visita.
Beijinhos.
Amigo Jaime, boa noite, vim olhar as novidades e acabei relendo seu belíssimo texto, cheguei a conclusão que o barro pode até ser a liga ideal, mas o amor, acaba sempre sendo, a liga perfeita. Mais uma vez, parabéns pelo texto.
ResponderEliminarQue tenhamos uma ótima semana, beijo.
p.s. O forno lá no espelhos, está trabalhando a 1000°... texto novo.
Caro Jaime,
ResponderEliminarA tua poesia navega pelo um mar de inspiração e
beleza de uma infinitude poética inalcançável...
Um privilégio te seguir!
Abraço, querido amigo.
Caros amigos
ResponderEliminarObrigado pelos vossos comentários. Voltem sempre.
Entretanto, acabei de publicar novo poema. Espero que gostem.
Continuação de boa semana para todos.
Saudações poéticas.