quinta-feira, 5 de novembro de 2015

As palavras que eu te disse [043]



As palavras que eu te disse,
solistas no contraponto
de ventos insuflados de ternura,
são arbustos que cresceram no teu peito,
convertendo-se no denso arvoredo
do bosque dos nossos silêncios.
A ausência das tuas palavras,
num corpo boleado
de crenças em lenta combustão, há de ser
o espigar da embriaguez indecisa do teu ventre,
onde o sol reinventará
a tua alma de amante em lençóis de estrelas
enamoradas pela tua pele celeste.
Continuo a ver-te árvore,
mas corro o risco de te confundir com a floresta
que nos rodeia em chamas,
que te incendeia, que me queima,
devagar, neste Verão que tarda em acabar.
 
 

51 comentários:


  1. E quando o Verão tarda em acabar, é porque a luz continua a brilhar, o amor a florescer e o brilho da alma a alimentar a ternura dos momentos.

    Muitíssimo belo. Li e reli

    Bom resto de semana

    Bjgrande do Lago

    ResponderEliminar
  2. Magnífico!!!!!!!!! Abençoado dia!!!!! Beijos

    ResponderEliminar
  3. Jaime, boa tarde...

    Belíssima palavras, um texto repleto de imagens vibrantes, a combustão do ser, a embriaguez do corpo, o incendiar da alma com o desejo latente... Amigo, nos brindou com maravilhoso poema.
    Que tenhamos uma ótima semana, beijo.

    ResponderEliminar
  4. O brilho do amor jamais se apagará,
    Pois a ternura manterá acesa esta chama,
    Que só tende a crescer!
    Lindíssima inspiração Jaime.
    Abraços, e obrigada pelos teus comentários.
    Mariangela

    ResponderEliminar
  5. Existem verões que nunca se acabam... queimam para sempre... belissimo poema...

    ResponderEliminar
  6. Como toda a palavra moldada pela ternura
    pode criar um bosque de silêncio onde as
    palavras já não são necessárias, porque se confia!
    E com confiança no amor de alguém, o corpo pode
    arder e entregar-se. Neste caso não é de mau
    tom "confundir a árvore com a floresta".:-)
    Ambas em chamas.
    Maravilhoso poema, Jaime!
    xx

    ResponderEliminar
  7. Boa Tarde,

    Vou criar uma rúbrica no meu blogue, uma espécie de entrevista. Gostava que participasse.

    Se estiver interessada, envie-me o seu e-mail. Não aceitarei o comentário.

    Cumprimentos,
    Diana Fonseca.

    ResponderEliminar
  8. Ah! Que beleza, Jaime... Também quero cobrir minha cama com um lençol de estrelas.
    Beijos e muita Paz!!!

    ResponderEliminar
  9. E amar assim....É brilhar como as estrelas...
    Lindo...
    Obrigada pela visita
    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
  10. Quanta sensibilidade e beleza!

    Beijinho para Viana

    ResponderEliminar
  11. Oi Jaime,
    Linda poesia
    Se cobrir minha cama de estrela eu me queimarei toda, mas eu adoro vê-las no céu brilhando a vida
    Beijos no coração
    Minicontista2

    ResponderEliminar
  12. Uma árvore.
    Folhas em suspiros pendurados no bosque onde a sombra descansará
    no vale de estrelas.
    E na clareira, o incêndio deste poema.
    Abraço, Jaime. *

    ResponderEliminar
  13. Nossa, sou sua fã.
    Poema muito belo, principalmente a primeira estrofe. Palavras que tornam-se árvores pot serem inefáveis.
    beijos.

    ResponderEliminar
  14. Bom dia
    Agradeço a tua presença em lidacoelho.
    Assim tive a sorte de conhecer este espaço encantado.
    Uma alma poética na busca do amor. Uma floresta quase em chamas que nunca se consomem. O amor é diferente dos outros incêndios que destroem.
    O amor encanta e constrói.

    ResponderEliminar
  15. Olá Jaime,lindas palavras que diz em seus versos
    para sua amada.
    Adorei ler.
    Bjs,obrigada pela visita e um lindo final de semana.
    Carmen Lúcia.

    ResponderEliminar
  16. As palavras em chamas no poema. Como se o corpo-árvore se transfigurasse em estrelas. Um poema muito belo, Jaime.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  17. Será esse queimar um mau prenúncio ou antes o desafogar total da paixão?

    ResponderEliminar
  18. Belo poema como tudo que escreves.
    obrigada Jaime pelo carinho e pela enorme consideração, UM DIA EU VOLTO!
    Beijos com carinho.

    Cecilia

    ResponderEliminar
  19. Mais um belíssimo e inspirado poema... que nos arrebata a atenção, da primeira à ultima palavra...
    Magnífico, Jaime!
    Abraço! Bom fim de semana!
    Ana

    ResponderEliminar
  20. Olá Jaime, palavras lindas, acesas num verão tardio. Um poema que amei demais. Bom fim de semana e beijos com carinho

    ResponderEliminar
  21. Tão forte como o sol de verão... e tão sublime como pétalas que esvoaçam em manhãs de primavera...

    Gostei muito!!

    ResponderEliminar
  22. Poema triste, mas muito belo.Gostei muito.

    Beijinho.

    ResponderEliminar

  23. Belíssimo, Jaime.
    "...ventos insuflados de ternura"...
    "...alma de amante em lençóis de estrelas..."
    Construções poéticas encantadoras. Inspiradíssimo poema.

    Quando o verão tarda em acabar é porque as chamas da paixão permanecem intensamente acesas.

    Ótimo final de semana.

    Abraço.

    ResponderEliminar
  24. Está fantástico! Adorei.

    r: Muito obrigada.
    Bom fim de semana*

    ResponderEliminar
  25. Olá Jaime,
    Postagem encantadora que demonstra toda a inspiração
    de um poeta sensível e apaixonado!
    Que este verão quente e intenso de amor, nunca se acabe...
    Beijos :)

    ResponderEliminar
  26. Jaime,
    O amor é mesmo assim: carece ser tratado, constantemente cuidado, por vezes reinventado...

    Um abraço

    ResponderEliminar
  27. Tudo que envolve este amor suave ferve de paixão durante o ato do querer. Belas letras amigo



    Cristal

    ResponderEliminar
  28. Faço minhas , se a autora e o Poeta assim permitirem, as justas palavras de Ana Freire.

    Abraço grande e bom final de semana :)

    ResponderEliminar
  29. Mais um lindo escrito meu amigo!
    Eu gosto de ler poesias assim, lindas mas não obvias... Assim a gente pensa e participa do texto!

    Parabéns.

    ResponderEliminar
  30. Pode até findar a história desse verão, mas será eternamente lembrando. Pois verões assim, carregados de tanto sentimento, não acabam. Pois a saudade não permitirá. Lindo o seu poema. Beijinhos.

    ResponderEliminar
  31. ...Jaime,
    esta casa encanta-me!

    Beijos

    ResponderEliminar
  32. Se a brisa souber o caminho
    os verões não se extinguem

    ResponderEliminar
  33. Gosto muito desta forma como descreves o amor, amigo Jaime.
    A leveza e ternura que cada palavra contém...é fabuloso!

    Parabéns!

    Votos de uma excelente semana!

    Abraço.

    ResponderEliminar
  34. Encaremos o final como o renascer de algo novo. De novas palavras, de uma nova árvore, de uma nova floresta, de um novo sentimento, de uma nova e maravilhosa poesia!!

    Abraço, meu amigo.

    ResponderEliminar
  35. Metáfora que "queima" do princípio ao fim.
    Boa semana. Abraço!

    ResponderEliminar
  36. há árvores assim - mais frondosas que as florestas.

    excelente. teu poema.

    abraço

    ResponderEliminar
  37. O Jaime
    O amor pode ser uma estrela quente que não queima nosso corpo, mas aquece a nossa alma que transporta para o nosso corpo grandes paixões.
    Beijos no coração
    Minicontista

    ResponderEliminar
  38. Querido amigo.
    Fico encantada com seus poemas em forma de natureza que nos dá o prazer da leitura!
    Muito obrigada pelo carinho de suas palavras, mas, aos poucos estou deixando meu cantinho de lado, mas cadê que conseguimos de repente né?
    Forte abraço e ótima semana.

    ResponderEliminar
  39. um poema em chamas e paixão.
    os lençóis de estrelas são uma boa definição.
    gostei muito!
    beijinho
    :)

    ResponderEliminar
  40. Em Amor assim, mesmo num monólogo, sempre são escutadas as palavras que não ardem num qualquer fogo.
    Poema muito belo, com uma mensagem significativa.
    Parabéns, Jaime.

    Abraço
    SOL

    ResponderEliminar
  41. Mas que árvore que se destaca nessa tua floresta de palavras entrelaçadas umas nas outras.
    Belíssimo....
    Beijo
    Saudade

    ResponderEliminar
  42. Que o fogo do amor permanece eternamente no coração de quem ama.
    Belíssimo poema.
    Um abraço
    Maria

    ResponderEliminar
  43. Este amigo Jaime é um mestre com as
    palavras, a magia da poesia no sentir,
    no dizer e no encanto...
    Belíssimo, Poeta!!
    Abraço de paz.

    ResponderEliminar
  44. OI JAIME!
    A TUA REPRESENTAÇÃO DE SENTIMENTOS ONDE ARDEM ÁRVORES E FLORESTAS, FICOU MUITO INTENSA, GOSTEI MUITO.
    ABRÇS
    -
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

    ResponderEliminar
  45. Por vezes somos assim, apenas uma árvore silenciosa numa floresta de sombras...

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  46. Chamas descritas com beleza, a dispensar palavras. Muito belo! Abraço.

    ResponderEliminar
  47. Caros amigos
    Obrigado pelos vossos comentários. Voltem sempre.
    Entretanto, acabei de publicar novo poema. Espero que gostem.
    Continuação de boa semana para todos.
    Saudações poéticas.

    ResponderEliminar
  48. Há Verões que acabam.. tudo passa nada fica... mas quando os mesmos se forem, permanece a brisa do vento que passa "acordando" nossos silêncios.
    Lindo poema Jaime. Bom dia.

    ResponderEliminar
  49. Olá Jaime!
    Ando em falta com minhas visitas e comentários.
    Minha vida tem sofrido mudanças. Chego aqui pela primeira vez, mas com a certeza de que há muito conheço estas letras. O estilo e a capacidade de envolver-nos é viciante. Seja neste verão ou em qualquer outra estação, seja árvore ou floresta, que bons ventos sempre tragam boas palavras!
    Um beijo!

    ResponderEliminar
  50. Hola gracias por pasar por el blog y dejar la huella de tu blog me gusta mucho tu poesia.
    Pasare mas amenudo.
    Besos

    ResponderEliminar

Se não leu o poema, por favor não comente.
If you haven't read the poem, please don't comment.
Obrigado / Thank you