quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Desfolhada [045]


A espiga que te dei, vermelha,
não foi trazida de casa, foi encontrada, por acaso,
no caos da palha do milho,
em braçados de cantares de verde tinto,
enquanto sacudias as barbas
das espigas dos teus olhos de sonhos desfolhados.
 
Submersos,
na dança de um vira picado no folhelho,
encontrámos o caminho e saímos da realidade
que nos matava o canto ao desafio
de concertinas desfeitas
nas borras das malgas do vinho emborcado.
 
O beijo que te dei, meu amor,
foi o mesmo que me deste, soube ao mesmo milho-rei.

60 comentários:

  1. Lindíssimo!!!!!!!!!!! Abençoado dia, Jaime!!!!!!!! Abraços

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  2. Olá Jaime :)
    Muito bom ler suas postagens, pois você
    consegue alinhar delicadamente cada verso.
    Amei ler mais essa obra poética!
    Beijos!

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  3. Uma bela desfolhada que acaba num beijo com sabor a milho -rei!
    Um poema com sabor a verde tinto, a vira, a canto ao desafio acompanhado de concertinas. Um poema de amor com saber e sabor a Minho.
    Parabéns, Jaime. Uma poesia sempre a re-inventar-se!
    xx

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  4. Que bom, Jaime, trazeres aqui um poema repleto de tradição e de magia. Excelente, meu amigo.
    Beijo.

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  5. Lindo demais.
    Sempre nos presenteando com tuas inspirações!
    Tudo de bom Jaime.
    Abraços,
    Mariangela

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  6. Reviver o passado em cantares de sabor tradicional.
    Maravilha este milho rei que trazia a magia do beijo.
    O branco e o tinto era suave e distinto no paladar de todos os que faziam a roda da desfolhada.

    Gratas recordações

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  7. Um lindo poema falando sobre os encantos do amor e suas magias.
    Gostei muito Jaime.
    Bjs e obrigada pela visita e comentário.
    Carmen Lúcia.

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  8. Lindas palavras, Jaime!
    Tradição... saberes... sabores... e amores... num mix incrível, num fantástico poema... trazendo ao de cima, a essência do nosso Portugal mais profundo...
    Adorei!!!
    Abraço! Desejando-lhe a continuação de uma excelente semana...
    Ana

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  9. A alegria de outrora... Cheiros, risos, cantos aos desafio.... e a partilha de tudo...
    Gostei muito..
    Beijos e abraços
    Marta

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  10. Jaime,

    Um oferecimento encontrado no caos, proveniente de sonhos desfolhados... Realidade, desafio, vinho...
    Uma entrega linda, imagens perfeitas, parabéns pelo texto, belíssimo.

    Um abraço e uma ótima semana.

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  11. Olá Jaime
    São tão bonitas as nossas tradições, infelizmente vão-se perdendo cada vez mais, o que é uma pena.
    O poema está muito giro. Sinceramente gostei.
    Um beijinho
    Teresa

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  12. Belo poema, Jaime, e mais bonito ficou por acabar num doce beijo...
    Abraços, Boa noite!

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  13. Fantástico, adorei!

    r: Vou a Viana com alguma regularidade e também adoro! Estive no Santuário há coisa de dois anos e é incrível.
    Obrigada e igualmente*

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  14. Desfolhada - lembrei-me da canção de Simone de Oliveira, cujo conteúdo e objetivo eram diferentes destes.

    Aqui há Minho, milho, tradições populares, arraiais, beijos e muitas coisas mais.

    Boa sexta e melhor fim de semana.

    Abraços.

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  15. OI JAIME!
    CONTAS AÍ, UM POUCO DA TRADIÇÃO DO TEU PAÍS E NÃO HÁ NADA MAIS BONITO QUE O AMOR E O RESPEITO POR NOSSO CHÃO DE NASCIMENTO.
    LINDO, AMIGO.
    ABRÇS

    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  16. Assim vivida em forma de poema,aí está uma bela desfolhada,gostei bastante,passei também por aqui para ver as novidades e desejar um excelente fim-de-semana,fica bem e muitos beijinhos!!
    http://mundoteenagerofsophia.blogs.sapo.pt

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  17. Oi Jaime,
    Uma linda poesia com rimas a contento e que num todo me encantou.
    Beijos no coração
    Lua Singular

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  18. Metáforas sintonizadas a cantares, ampliam aquele amor sensual e magnifico do autor onde ricamente vivia com sua grande amada1
    Nos dias de hoje só vive este amor quem sabe viver o natural e banhar-se num infinito universo!


    Lindo demais meu amigo.

    Cristal

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  19. Um belo poema com música de baile mandado que sabe a terra mãe para esquecer os cansaços.
    Um beijo.

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  20. Ah! Que bela criação poética em torno de uma tradição tão alegre e interessante.
    E que mágico este beijo proporcionado pelo milho-rei.

    Maravilhoso, Jaime.

    Antes de falar aqui, fui até o google assistir a um vídeo a respeito. Muito bacana.

    Feliz semana.

    Abraço.

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  21. O Beijo do Milho Rei. A grande conquista da desfolhada.
    Um belo e delicioso Poema, Jaime.

    Abraço
    SOL

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  22. Que ternura de poema, relembrando o encanto das tradições do passado.
    Um abraço
    Maria

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  23. excelente!

    o grande Poeta, Pedro Homem de Mello, não desdenharia o teu poema

    parabéns. forte abraço.

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  24. R: O meu cabelo é castanho escuro. Acho que vou seguir o seu conselho e pintar o meu cabelo no paint ou photoshop e mostrar à cabeleireira ahah

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  25. a embriaguez do momento do baile e do beijo!
    tudo em partilha!
    um momento excelente de inspiração!

    saudações poéticas!

    bom fim de semana.

    beijinho

    :9

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  26. Respondendo ao último comentário que me fizeste no meu blogue mundoteenagerofsophia,fico contente por teres gostado das fotografias e,quanto ao nascer do sol,isso é coisa que eu não consigo fazer,dado,que,raramente consigo acordar quando o sol nasce,é muito difícil. Beijinhos fofinhos,feliz fim-de-semana e volta ao meu blogue quando quiseres!!

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  27. Olá mais uma vez,obrigada por dizeres que a Patrícia Tavares é bonita,se queres conhecer um pouco mais do trabalho dela,é uma questão de ficares atento às próximas postagens do blogue http://wellbythestarscarolinablanco.blogs.sapo.pt que faço juntamente com a minha amiga CarolinaBlanco!! Beijinhos,fico-te agradecida pelos teus comentários nos meus blogues!!

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  28. Olá mais uma vez querido amigo Jaime,obrigada por dizeres que a Patrícia Tavares é bonita,embora não conheças a actriz,mas olha,se quiseres ficar a conhecer melhor esta actriz,basta ficares atento às próximas postagens do blogue http://wellbythestarscarolinablanco.blogs.sapo.pt que faço juntamente com a minha amiga CarolinaBlanco!! Muito obrigada pela tua visita e pelos teus comentários nos meus blogues!! Beijinhos fofinhos,tudo de bom!!

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  29. ~~~
    ~~~~~~~ B e l í s s i m o !

    ~ Tradição e lirismo encantadores.

    ~~~~~~ Parabéns pelo dom.

    ~~~~~~~~ Dias felizes.
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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  30. Bela maneira de recordar a tradição, esta sim, para conservar!

    Caro amigo, bom fim de semana :)

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  31. O seu rio tem mesmo margens, Jaime, bem delineadas e adubadas de afectos...

    Um abraço

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  32. Mais um excelente poema teu, com uma rica
    imagética a nos pintar nos olhos, a rica
    cena com cores, sentires, aromas e melodia...

    Adorei, Poeta!
    Bom final de semana, caro Jaime.
    Abraço.

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  33. Querido amigo Jaime...sempre mergulhando fundo nas emoções..adorei!
    abraços meus.

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  34. Sonhos desfolhados,espigas e vinho.
    Que finalizou com um beijo ao milho-rei.
    Lindo poema.
    Parabéns! Adorei.
    Beijos,e um ótimo fim de semana.

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  35. Mais um belo texto meu amigo poeta! E que inspiração hein!!!!

    Bom final de semana pra você!

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  36. Surpreendida e curiosa penso:
    Quem será o querido "velho" amigo Jaime Portela?
    ...

    Muito obrigado pela visita e palavras de apoio.
    São uma benção nestes momentos.

    Imagino como terá sido bom:
    encontrámos o caminho e saímos da realidade
    O beijo que deram, selado por um grande amor.

    Um abraço da Tulipa.

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  37. Bons tempos! No calor da desfolhada
    quantos encontros e reencontros!
    Tempo de comunhão e magia.

    Abraço
    Olinda

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  38. Maravilhoso texto.
    Que lindo poeta,amei.
    Beijos.

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  39. Olá, Jaime!

    Está bem? Aqui, tudo satisfatório.

    Qdo acedi ao seu blogue, o k não foi, de todo, fácil, não entendendo eu o motivo, mas a net e a blogosfera estão um tanto esquisitas e paradas, estava convencidíssima que já haveria novo poema seu publicado, aqui, na passada 5ª feira. O tempo, por vezes, é rápido, e outras, tão lento! É esta a sensação que me invade, neste fim de semana. Isto, se calhar é por não ser teenager, mas qdo o fui, era tão consciente e tinha tanto conteúdo. Entende-me, Jorge? Desculpe as abreviaturas k faço, mas a minha mão dta, de tanto escrever, está uma lástima.

    Então, vamos falar de quê? Cabelos, estética, cores, moda, hum, e se fosse do tempo, que é aquilo de k costumamos falar, qdo não há assunto mais interessante, ou qdo nos esquecemos de comentar o seu poema, pois é, distração, que até causa pena.

    Em Lisboa está frio e o sol, tímido, espreita de qdo em vez, portanto notre maison c' est le paradis. No Norte costuma estar mais frio, mas certezas absolutas não as temos. Possuímos as relativas, que já não é nada mau.

    Desejo-lhe um domingo bom, apesar do tempo.

    Abraço afetuoso.

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  40. Boa tarde
    Antes de mais venho agradecer o seu carinho e lindas palavras ao meu cantinho.

    Depois este poema tão belo que me fez recuar uns bons anos que me deixam saudades. As desfolhadas.

    Muito obrigada

    Beijo e um bom Domingo.

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  41. Gostei desta saída da realidade, no milheiral...
    Beijinhos, bom Domingo.

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  42. Tradição, alegria, cores...sentimento. E um final encantado para seus ricos versos. Parabéns!!!! Abraço.

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  43. Descendente de quatro avós portugueses, tenho encontrado na poesia portuguesa o que de mais lindo se lê em nosso idioma. A tua poesia, Portela, é exemplo disso. É uma honra poder segui-lo e me satisfazer com tua letras. Obrigado pela visita.

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  44. Quantas desfolhadas acabavam assim com um beijo de amor. Muito bonito o poema.
    Um abraço e uma boa semana

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  45. Um dia vou encontrar milho-rei!
    Lindo o poema.
    Bjs

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  46. Que lindo, adorei.
    Quando os olhos se encontram
    desfolhados, somente carinho
    pode trazer de volta.
    Beijo

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  47. Olá Jaime! Devido a um problema ocorrido no meu computador, fiquei ausente por uns dias, mas graças a DEUS o problema foi solucionado e aqui estou para apreciar mais uma das tuas belas criações.

    Abraços,

    Furtado.

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  48. Todas as flores se desfolham

    até as rosas
    Abraço

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  49. Todas as flores se desfolham

    até as rosas

    Abraço

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  50. Milho rei... Milho rei... Milho rei! Presente das antigas desfolhadas, agora tão bem recordadas no belo e oportuno poema de recordação.
    Foi tempo de recordar as bonitas e festivas noites de luar, com parabéns.
    Abraços

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  51. Beijos com sabor a milho-rei numa desfolhada de sentires. Amei demais Jaime. Boa semana e beijos com carinho

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  52. O amor impregnado daquele bucolismo que ainda se vai mantendo quando se conservam algumas tradições. Lembrei-me de alguns romances de Júlio Dinis... :) - Lindo!
    (li as tuas últimas postagens: gosto da tua poética, aprecio a forma como vais construindo a mensagem, sendo fechada,praticamente, nos últimos versos; é uma poesia de crescendo, para mim. Gostava de ser mais assídua, mas sei que não me é possível. Foste muito generoso no comentário que deixaste na postagem "Credos na Boca". Obg.)
    Bjo, amigo :)

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  53. Às vezes a tradição ainda é o que era!

    Continuação de boa semana:)

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  54. Magnifico recordar poético
    das caladas noites de lua cheia.
    A espaços, no firmamento azul
    corria um pano de algodão e então,
    à luz coada, apartada a barba
    crescia delicadamente da folhagem
    a espiga-rei, vermelha, vermelha,
    como eu sei.

    Abraço

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  55. OI JAIME!
    RELENDO E TE DEIXANDO MEUS VOTOS DE UMA GRANDE SEMANA.
    ABRÇS
    -
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  56. Belo poema amigo Jaime.

    O amor descrito com tão belas palavras...
    Adorei!

    Abraço e boa semana.

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  57. Belo, fresco e muitíssimo bem escrito.

    Quem tem o dom da escrita, tem sempre o poder de encantar.

    Obrigada pela partilha e por este momento trigueiro de milho-rei.

    Bom resto de semana

    Bjgrande do lago

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  58. Caros amigos
    Obrigado pelos vossos comentários. Voltem sempre.
    Entretanto, acabei de publicar novo poema. Espero que gostem.
    Continuação de boa semana para todos.
    Saudações poéticas.

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  59. ...soube ao mesmos milho-rei.
    Gostei, como sempre gosto da sua poesia.
    Aproveito, para lhe desejar e a sua Família
    um Feliz Natal.
    Abraço, amigo.
    Irene Alves

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