É no caminho que se rasgam teias,mas onde também se consomem asasnuma selva gorda em ruídose magra em primores de silêncios.A consistência dos passos que precisamos,pode ser imprecisa,mas é indispensável na amálgamade cruzadas em rotas de sincronia aparente.O peso da vontade é a resultantequase sempre proporcional à forçada importância que a sua essência confere,mas a espera da comunhãocom outros passos errantesé palha seca de acenos que ardese não a humedecemos com sonhos.Há temor e desejo pela curva cega da estrada,mesmo sabendo da incerteza posterior,como fado de uma pátriaque se procura perdendo-seem labirintos de vinho de castas perversase em populismos feitos a marteloque muitos bebem na raça.Deveria sentir medo, ou até pânico,mas rio quando me vejo ao espelhoa congeminar palavrões,dando graças não sei a quê.Jaime Portela
Dando graças à vida talvez Jaime
ResponderEliminarBjocas
bfs
Maravilhoso,o seu poema. Parabéns
ResponderEliminarBom fim de semana.
Beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Belo e mais que oportuno poema a suscitar a seguinte pergunta: porque os políticos não auscultam os poetas, para sentir as suas sensibilidades, já muito, para não dizer todos, em conjunto, são insenciveis.
ResponderEliminarReportando-me à descoberta do Brasil e posterior ocupação, se vista à luz da época é para orgulhar e muito o "nosso" povo, que além de expulsar os espanhóis, teve de expulsar os holandeses do Brasil, que começaram por os retaliar no Brasil, ainda na era do Filipes, após a saida do seu jugo na Europa.
Agradeço que veja, leia e comente BRASIL - O SORRISO DE DEUS.
ALAGOAS, A GUERRA COM OS HOLANDESES E O QUILOMBO DE PALMARES
Abraço
Há sempre curvas cegas na estrada e incertezas... Que temos que enfrentar, vencer... sem que o medo, o pânico nos domine...
ResponderEliminarE se estamos vivos, porque não dar graças por isso?
Obrigada pela visita...
Beijos e abraços
Marta
Meu querido amigo Jaime
ResponderEliminarO que é a vida sem sonhos! Dou-te graças à leveza e firmeza das palavras escritas com alma de Poeta...
Belo...
Bjo e desejo-te um final de semana feliz
oi Jaime, achei a primeira frase um primor.
ResponderEliminarDarmos graças por sermos como somos, distantes das castas perversas...
ResponderEliminarBeijos...
Pois é, de tão ruim e desenfreadas que estão as coisas, de tão decepcionados que estamos, acabaremos por dar graças por estarmos vivos!
ResponderEliminarLembrei, lendo seu belo poema, da canção de Mercedes Sosa quando canta "Gracias a la Vida" - Letra de Violeta Parra. Uma coisa puxou a outra...rs
Bjs, amigo Jaime!
Agradecemos sempre pela vida,por mais obstáculos que nos apareçam.
ResponderEliminarJaime,suas palavras nos levam para grandes reflexões!
Adorei.
Bjs,obrigada pela visita e um ótimo final de semana.
Carmen Lúcia.
Que óptima maneira de começar o fim-de-semana, Jaime Portela
ResponderEliminarAquele abraço, Bfds
Jaime: um poema que nos remete a uma reflexão sobre a vida e o seu sentido pleno.
ResponderEliminarAbraços carinhosos a ti querido amigo.
É a incerteza quanto aos rumos do mundo que inspira o poeta a caminhar sobre o fio da navalha, temendo a próxima curva, sob o domínio de governantes populistas ameaçando tolher a liberdade dos homens de bem!
ResponderEliminarA sua sensibilidade política neste poema, Jaime, fica clara diante da nossa impotência e você, ironicamente, encerra assim:" Deveria sentir medo, ou até pânico, mas rio quando me vejo ao espelho a congeminar palavrões, dando graças não sei a quê."
Abraços!
A vida é assim, incerta e a encher-nos de dúvidas. E damos graças à vida por podermos dizer como a Sophia: vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar...
ResponderEliminarUm bom fim de semana, Jaime.
Beijos.
A vida... esse não sei quê... tão pleno de incertezas, desilusões, sonhos, e mil e uma emoções...
ResponderEliminarMas que vale sempre a pena... pelo que haverá sempre um motivo para dar graças...
Uma brilhante reflexão sobre a vida, neste seu belíssimo poema, Jaime!
Beijinho! Bom fim de semana!
Ana
A vida que nos fazem trilhar
ResponderEliminarEm tempos de bons alunos (…)
Muitos nos andam a roubar
Mas chamando-nos, gatunos!
Muita coisa tem de ser rasgada para voltar a fazer de novo. Se ainda se for a tempo…
Bom fim-de-semana
Abraço
Sempre é melhor rir do que chorar...
ResponderEliminarPode ser que não seja assim tão mau...
Um desabafo poético...
Grande é o estro!
Beijinho, amigo.
~~~~~~~~~~~
Caro Jaimamigo
ResponderEliminarGostei, gostei muito e tanto que até transcrevo o passo que me encantou: como fado de uma pátria
que se procura perdendo-se
em labirintos de vinho de castas perversas
e em populismos feitos a martelo
que muitos bebem na raça.
======================= ATENÇÃO ====================
NA NOSSA TRAVESSA
UM FUNERAL Á MANEIRA
Publico hoje mais um artigo – o quarto – da SAGA DA ALZIRA com o título acima. Convido todas/os à sua leitura e comentários. Obrigado.
Agradeço igualmente a divulgação desta informação.
Henrique, o Leãozão
É nessa cenário que tentamos um viver mais digno, vivendo com a indignação da desigualdade que vemos. Espetáculo de poema. Parabéns pelo blog.
ResponderEliminarObrigada pela visita e leitura em meu blog.
Bom fim de semana e bela noite.
Boa noite Jaime,
ResponderEliminarA vida e as suas linhas curvas ou rectas ou ambas como um rio que desde a nascente torneia variadíssimos obstáculos até que o mar o abrace.
Há que ter esperança e dar graças pelo simples facto de podermos sentir, ouvir e olhar mesmo aquilo que não apreciamos!
Beijinhos e bom fim e semana.
Ailime
Maravilhoso poema!
ResponderEliminarBom domingo*
Jaime,
ResponderEliminarque lindo texto.
Muito bom vir aqui
ler e em encantar.
Bjins
Catiaho Alc.
Dando graças por ser diferente e ter plena consciência do que nos rodeia...e fazermos mais e melhor; é daqui que nasce a esperança!
ResponderEliminarUma construção poética magnífica!
Boa semana querido amigo JP
Beijo
O que mais nos indigna é a aparente força da dignidade que não se exprime pela violência; O que mais dói é sabermos isso e mantemos uma quase indiferença do que se passa na nossa vida.
ResponderEliminarUm grito de revolta contida.
Abraço
SOL
Gostei do texto caro Jaime :).
ResponderEliminarr: o que sentimentos é o que importa !
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O vinho feito a martelo, que mais parece veneno, e que -diga-se de passagem-, tantos glorificam como de "excelente casta", por ignorância ou por força das circunstâncias, é a beberagem dos perversos e ignóbeis.
ResponderEliminarMas há vozes, corações, almas e vontades férreas que não se calam: denunciam com palavras, actos e rebeldia a verdade no espelho da vida.
Jaime, acredita que dês graças À VIDA, à FORÇA e à GARRA.
Parabéns por mais um momento belo de poesia e "denuncia".
Beijo e boa semana
medo? de olhar ao espelho? ria i ria mt dizendo os palavroes q qiser i ria-se disso s e isso q qer... o importante e rir e n sentir medo
ResponderEliminarPoema reflexivo, muito pertinente.
ResponderEliminarDe facto, olhando ao nosso redor, com tantas calamidades acontecendo, é caso para perguntar: dar graças a quê?
Mas o sonho, esse sonho que faz o mundo avançar, não nos abandona nunca.
Acompanhado da Esperança, é ele que nos leva a dizer: Graças por me sentir vivo!
Gostei. MUITO!
Re: Há uma terceira parte, sim. Já está à vista... aguardando-te, amigo Jaime.
Votos de uma semana muito feliz.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Jaime, não sabia desta tua veia para a poesia, fiquei impressionado com alguns poemas que tive o cuidado de ler, este último, " Dando Graças a não sei a quê" Cito: A consistência dos passos que precisamos,
ResponderEliminarpode ser imprecisa,
mas é indispensável na amálgama
de cruzadas em rotas de sincronia aparente.] É, leva-nos a pensar várias situações na nossa vida!É sintomático! Gostei deste poema.
Alfa Bravo (abraço)
Sousa de Castro (SdC)
Um belo poema crítico, com um grito inconformado,
ResponderEliminargosto muito também destes teus poemas que abordam
a crítica, amigo Jaime.
Uma ótima semana, Poeta!
Beijo.
Grato abraço por este início de semana, meu amigo.
ResponderEliminarOlá Jaime! Belo e profundo o teu poema, com ênfase para a estrofe abaixo:
ResponderEliminarO peso da vontade é a resultante
quase sempre proporcional à força
da importância que a sua essência confere,
mas a espera da comunhão
com outros passos errantes
é palha seca de acenos que arde
se não a humedecemos com sonhos.
Geralmente a reação depende da ação.
Abraços,
Furtado
Diz-se sempre que a vida é bela e que devemos agradecer todos os dias pelo que ela nos dá, mas, infelizmente, não é bem assim; há pessoas que não podem dar graças à vida, pois esta só lhes dá sorimento. Estamos numa época, de muita festa, de luzes coloridas por todo o lado, de desenfreado consumismo para que naquela noite de consoada não falte nada, principalmente presentes. Mas....para muitos é uma época de muita, muita tristeza; as luzes fora piscam coloridas, mas dentro de algumas casas, a escuridão é grande, o frio muito e na mesa , se houver pão já é uma alegria.
ResponderEliminarNão há motivos para agradecer, há sim, temor " da incerteza" do dia seguinte, dos passos que terão de dar, muitas vezes em vão, para tentar que na mesa, além da toalha tenha pão. Jaime, obrigada por este momento, como sempre de bela poesia e desejo-te tudo de bom, principalmente saude. Um beijinho
Emilia
Muito bom caro amigo Jaime, parece uma inspiração cá do Sul com todas as suas mazelas e toda espécie de injustiça. A gente ri e às vezes se pergunta de onde vem esta ousadia de sorrir?
ResponderEliminarE nem mesmo os palavrões livram o sensíveis destas angustiantes inquietações.
Que a semana lhe seja leve e que a soma das forças do bem seja o resultado favorável que nos faz arrastar esta vida.
Meu terno abraço amigo.
Deveras muito bom, Jaime!
ResponderEliminarbjs
Boa tarde, nada é perfeito, o inesperado acontece, ultrapassar os obstáculos que surgem é necessário, o caminho continua sem deixarmos de ser o que somos, o poema é fantástico e objetivo.
ResponderEliminarContinuação de boa semana,
AG
Poema político-social, enfim, desabafos! Beijos.
ResponderEliminarMais um grito de revolta e com tantas castas perversas, populismos feitos a martelo e tantos passos errantes só tens que dar graças por não pertencer a essa linhagem e manteres a tua dignidade imaculada. Boa semana e beijos com carinho
ResponderEliminar============================================================
ResponderEliminarCaros amigos, obrigado pelos vossos comentários. Voltem sempre.
Entretanto, acabei de publicar um novo poema. Espero que gostem.
Continuação de boa semana para todos.
Saudações poéticas.
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JP
ResponderEliminarum poema pertinente e como um grito de revolta.
mas dando graças por ter o dom da vida, acho eu, ou pelo menos assim o interpretei.
beijinho
:)
" dar graças não sei a quê " , é a força maior de dar graças .
ResponderEliminarUm beijo ,
Maria
"... mas a espera da comunhão
ResponderEliminarcom outros passos errantes
é palha seca de acenos que arde
se não a humedecemos com sonhos."
Se não fossem os sonhos, quem seríamos?
Gostei de caminhar contigo.
Beijo.
Se os palavões tiverem graça...
ResponderEliminaralguém os receberá por graça.
Abraço.