Dançando no olhar,a força da palavra divide as coisas aos pares,e o nervo, narcotizado e incapazde perceber as diferenças num tempo lúcido,distrai-se a cada chamariz cintilanteem que tropeça.Numa batalha desordenadade bolsos furados,tentamos ver orifícios em portas esconsas,para enfiar chaves perdidasem caminhos erradosque não queremos saber se percorremos.Lembramo-nos piamente das vítimasexibidas nas montras que nos querem mostrare nem percebemosque pertencemos ao rebanho de cordeirosque se alimentam em prados de fast-food.Em fila indiana, somos aliciadoscomo gado manso que apenas abana a caudapara enxotar as moscas, elas sim,geneticamente habituadas a mudar de lugar.
Jaime Portela
Lool, maravilhoso, o seu poema. Amei Obrigada pela partilha
ResponderEliminarBeijo e um dia feliz
Se o gado fosse bravo
ResponderEliminarTal como deveria ser
Passariam mau bocado
Já é tempo de aprender!
Bom fim-de-semana
Um abraço
Um poema com uma mensagem poderosa! Adorei.
ResponderEliminarr: Sim, concordo plenamente. Ser-se assertivo é fundamental, caso contrário vamos acabar por referir coisas desnecessárias e que apenas contribuirão para causar mais danos.
Agradeço imenso o feedback *.*
Obrigada e igualmente*
Oi Jaime,
ResponderEliminarBem, os cordeiros no fast-food irão morrer primeiro que nós.
Nós iremos espantar as moscas como? Tenho horror a moscas.
Gostei
Lua Singular
O que dizer perante tal beleza?
ResponderEliminarBrilhante...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Olá Jaime, que bom voltar aqui e ler um poema assim... magnífico! Apreciei o cariz crítico, a sociedade atual é cada vez mais um rebanho e menos um bando, que está junto mas livre perante si e perante os outros.
ResponderEliminarBom final de semana, um beijinho!
Mas..."malgré tout"...lá vamos cantando e sacudindo moscas, enquanto no compasso de espera...ironizando a nossa sorte!
ResponderEliminarE sorri, Jaime!
Bejinho
Olá!!! :)
ResponderEliminarSe tens Facebook e queres dar a conhecer o teu blogue a mais pessoas, e conhecer outros também, adere a este grupo:
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Beijinhos,
Diana F.
Fez-me lembrar Pink Floyd e The Wall.
ResponderEliminarO filme e o vídeo de Another Brick in the Wall.
Aquele abraço, bfds
Belíssimo poema com tantas verdades,amigo Jaime.Uma pérola poética!
ResponderEliminarEncontrei seu blog na lista de leitura e o sigo.
Mas você nunca mais visitou ou comentou no meu.
Pensei que tinha excluído seu belo espaço.
Se puder,visite,comente e veja se ainda me segue,pois criei esse novo blog depois que o antigo desapareceu sem explicação.
Beijos sabor carinho e uma sexta_feira de paz
Donetzka
Blog Magia de Donetzka
Bom dia, Jaime Portela
ResponderEliminarFascínio de poema. Gostei bastante.
Bjos
Boa sexta-Feira
Já é tempo desse gado fazer seu protesto, não come mais enlatados açucarados mal feitos rs. Adorei seu poema!
ResponderEliminarUm abraço.
Muito interessante, refletivo!
ResponderEliminarAbraço
E teremos outra opção, Jaime? Ter, se calhar até temos, mas há sempre vozes muito mais altas que as nossas, poderes que nos abafam; a nossa amiga Graça, no seu " grito "também nos leva a reflectir no nosso papel na sociedade, mas...por mais que gritemos, nāo somos ouvidos. A " batalha é desordenada " é desigual; de um lado estão os poderosos onde os milhões abundam e do outro estão os desgraçados de " bolsos furados" que mal têm forças para andar, quanto mais para lutar . E nós, pior que moscas, ficamos de olhos " pregados nas " montras onde nos exibem constantemente a parte mais fraca nesta guerra de poderes. As moscas, não... elas não se prendem em frente às montras com aquele ar de espanto, antes, voam de um lado para o outro procurando paisagens diferente. Mas... porque paramos nós? Porque não trocamos o caminho ? É tão fácil!!? Mas, será que queremos? O espectáculo e gradioso, é cintilante, prende o olhar . A desgraça atrai, Jaime. Parabéns amigo e não desistas de te perder no amor, pois é muito melhor do que ficar a ver determinadas montras. Um bom fim de semana. Beijinhos
ResponderEliminarEmilia
Ah, las moscas esas traviesas golosas que se posan sobre todo y que son un modo de llevar enfermedades de un sitio a otro pero como criaturas tendrán algún sentido y sin duda alguna utilidad: a ustded le han servido para compararlas y hasta para enviadiar su libertad. Buena conclusión, sin duda alguna.
ResponderEliminarPerdona, mis comentarios son siempre algo largos y ya sabe que quien mucho habla mucho se equivoca. Saludos afectuosos y cordiales.¡Hasta la próxima semana! Franziska
Como canta o grande cantor: "Ei, vida de gado, povo marcado e povo feliz".
ResponderEliminarEu canto com o Zé Ramalho, mas também não faço nada. E me culpo por isso.
abraço
Lola
"Em fila indiana, somos aliciados
ResponderEliminarcomo gado manso que apenas abana a cauda
para enxotar as moscas, elas sim,
geneticamente habituadas a mudar de lugar."
Gostei muito, é para ler e pensar. Nasce pois uma reflexão do que somos e como agimos, e como nos guiam...
Beijo, Jaime!
Um bom fds.
Olá!!!
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Beijinhos, Diana.
Ora, Jaime,
ResponderEliminarWeb Summit!
IA!
A manada desclassificada
en_ca_mi nha - se,
mansamente!!!,
para a degola.
Lentamente...
A fralda humana é
malcheirosa?,
fatalmente plastificada?
Descartável, portanto.
Por tanto não é nada.
O tanto é um robot!
Gostei, deveras, do teu poema onde moscas não pousam, certamente.
Abraço.
Aqui refletindo em nós como gado manso em fila indiana... aceitando...aceitando... sem nenhuma reivindicação...
ResponderEliminarAbraço.
Carneiros, são como gente
ResponderEliminarQue,na fila, se alinha.
O pensamento dormente
Não os desperte ou atina.
Abraço
SOL
JP
ResponderEliminarpois é...
crítico e no entanto deveras reflexivo
e vamos "deixando andar"
gostei deveras
bom final de semana.
beijinhos
:)
Palavras bem verdadeiras Jaime!
ResponderEliminarAdorei o poema.
Bjs e obrigada pela visita.
Carmen Lúcia.
Excelente poema, amigo Jaime!
ResponderEliminarÉ bom espicaçar a carneirada. Interessante mesmo a imagem das moscas!
Beijinho.
Tenhamos a coragem de contrariar a manada!
ResponderEliminarBom fim-de-semana, amigo!
Bjos
Um retrato fiel da actualidade!
ResponderEliminar"Em fila indiana, somos aliciados
como gado manso que apenas abana a cauda
para enxotar as moscas, elas sim,
geneticamente habituadas a mudar de lugar."
E como mudam de lugar?!?!
Espantoso, esse teu poema, Jaime!
Bom fim de semana
Beijo
É mesmo! Vivemos organizados, como gado manso... sem questionar tantas coisas que nos querem vender... em função das tendências de uma época... desde o fast-food, ao gadget da moda... e fazem-nos crer... que se os obtivermos... somos gentes de sucesso... e almas felizes... e nós lá vamos caindo na esparrela... com os bolsos furados... aos apelos cintilantes, de um consumismo inútil... acumulando daquilo... que até as moscas questionam... se será ou não de boa qualidade...
ResponderEliminarUm belíssimo poema, que nos faz reflectir, também nas quadras festivas, que se avizinham... onde o ter... parece ser sempre a necessidade maior...
Gostei imenso, Jaime! Fantástica inspiração!
Beijinho! Bom fim de semana!
Ana
O estrume é o mesmo, as moscas é que são outras... Embora goste mais dos teus poemas de amor, também gostei deste tão actual. Jaime, bom fim de semana e beijos com carinho
ResponderEliminarabsolutamente absortos a olhar o vazio que reluz como (outrora) os fogos fátuos
ResponderEliminare absolutamente descartáveis como p papel celofane que nos venda os olhos.
excelente!
chapeau, caro Jaime
forte abraço
Ola Jaime,
ResponderEliminarLindo e profundo.
beijos
Podemos ser muito mais que um rebanho de cordeiros, mas quase sempre optamos por ficar no nosso canto a deixar que as coisas aconteçam...
ResponderEliminarUm poema com uma mensagem cheia de actualidade. Gostei imenso.
Uma boa semana.
Um beijo.
Olá Jaime, você tem razão.
ResponderEliminarAs crianças são calculistas.
Acho que faz parte.
Da poesia não comento, porque não entendo de poesias.
Se bem que ache que a vida, as vezes precisa de uma boa dose de poesia.
Um belo poema amigo! Um poema profundo e que retrata a importância de mudar quando preciso for. Abraços, tenha um inicio de semana com muita paz.
ResponderEliminar
ResponderEliminarUm poema profundo e realista, com muita reflexão.
Obrigada pelo comentário no Fragmentos Poéticos.
Um abraço
Boa tarde, Jaime. Aceitar sermos aliciados sem uma atitude para rompermos o que nos tortura, no mínimo é desumano.
ResponderEliminarNão podemos ser como "gado manso".
Parabéns.
Tenha uma excelente semana.
Beijos na alma.
Excelente meu caro
ResponderEliminarAbraço
Vaquinhas de presépio dizendo amém à tudo, até pq, dizer algo para quem ouvir?
ResponderEliminarVersos soberbos Jaime!
Desejo ótima semana e deixo um fraterno abraço!
É como diz o ditado: "Quem cala, consente" Belo e profundo o teu poema Jaime.
ResponderEliminarAbraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Reflexivo pensar. Parabéns pela poesia amigo poeta. Uma maravilhosa semana
ResponderEliminarBem reflexivo !!!
ResponderEliminarbjokas =)
Belo poema que cai bem em nossa realidade, somos soldados do próprio mundo em que vivemos, muitas vezes não podemos ser donos de nossas verdades. Bela reflexão.
ResponderEliminarNossa vida é uma eterna batalha. Vamos refletir.
Seja bem-vindo para conhecer meu Sintonize Cultura.
Que poema forte, meu amigo. Acordou o seu lado Aleixo? Mas gosto de poemas impactantes. Bravo!
ResponderEliminarAbraço e boa semana
Ruthia d'O Berço do Mundo
P.S. Nada tenho contra o peixe, só não como carne. Se me disser onde mora, quem sabe um dia não lhe bato à porta?
Li e reli. Uma palavra: BRILHANTE. Gostei muito do seu blogue onde a poesia é um fascínio. Fiquei seguidor
ResponderEliminar.
{ Suporta o coração a ilusão, o ódio, o desamor }
.
Deixo cumprimentos e os votos de uma Quarta-Feira muito feliz.
.
Um poema com uma profundidade visível e palpável. Há quem seja "carneiro a caminho do matadouro", vitima mansa e cordata de regras que nem sempre se entendem. Ainda assim, vão, vamos, cordatos e resignados, para um matadouro onde já nem as moscas mudam de lugar, mesmo que, geneticamente, habituadas a mudar.
ResponderEliminarBelo e profundo poema a "pôr o dedo na ferida" num tempo em que, parece, ninguém querer saber de nada - apenas que a vida escoe -, será?
Façamos como a formiga no carreiro de José Afonso: mudemos de rumo!
ResponderEliminarAbraço grande, meu caro amigo
Boa tarde Jaime
ResponderEliminarUma critica bem actual muito bem poetizada.
Gostei imenso!
Um beijinho.
Ailime
Oi Jaime! Obrigado pela vista caro amigo. Por enquanto não temos atualizações no Curvas, retas e esquinas. Como sempre amigo, você não se cabe... Sempre acho seus escritos, de grande bom gosto e de muita profundidade. Deixo um grande abraço!
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ResponderEliminarCaros amigos, obrigado pelos vossos comentários. Voltem sempre.
Entretanto, acabei de publicar um novo poema. Espero que gostem.
Continuação de boa semana.
Saudações poéticas.
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Uma crítica poética.
ResponderEliminarMuito bom!
Bj
Olá. Jaime. Vim te desejar boas festas e um ótimo 2018. Que a poesia possa ser o melhor em nossas vidas. Obrigada pelas visitas. Abraço
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