quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Esta imensa e pouca Terra [149]




Esta imensa e pouca Terra,
que exaurimos
apressados como o comboio
que passa a engolir os carris
sem parar no apeadeiro para pensar,
está prestes a descarrilar.

Por fraudulentos limites,
ao lucro imediato não lhes dói,
nem os comove,
fazer tábua rasa das leis da Natureza,
onde nem tudo se transforma
como disse Lavoisier.

E o futuro que vemos,
ao olhar o presente
de prados já carcomidos, inseguro vive
pela virtuosa vista que mingua.      

 


Jaime Portela


41 comentários:

  1. Bom dia. Poema lindo de mais. Parabéns Poeta.

    Hoje temos:- {Meu olhar emudecido...}

    Bjos
    Boa Quinta-Feira

    ResponderEliminar
  2. Refletir,essa é a palavra exata para pensarmos o quanto nos desapegamos ao que se passa em volta de nós,começando pela Natureza que aos poucos está se transformando,não sabemos como será o futuro pelo que estamos passando agora no presente!!
    Belas palavras Jaime.
    Bjs e obrigada pela visita.
    Carmen Lúcia.

    ResponderEliminar
  3. Tudo está ficando crítico
    Juízo está a fazer-se pouco
    Todo o panorama politico
    Está cada vez, mais louco!

    Abraço

    ResponderEliminar
  4. Somos nós, os racionais, que a estamos a matar, Jaime Portela.
    Sem dó nem piedade.
    Aquele abraço, Bfds

    ResponderEliminar
  5. Caminhamos para o caos... ao desafiarmos tudo...

    Brilhante como sempre...

    Obrigada pela visita

    Beijos e abraços
    Marta

    ResponderEliminar
  6. Teu último verso cobre tudo das mais puras verdades: futuro incerto para muitos povos, cada um com suas peculiaridades, tendo na suas cúpulas as mais diversas falcatruas.
    Muito bom, Jaime, gosto muito de poemas sociais.
    Beijo, amigo!

    ResponderEliminar
  7. Boa tarde, Jaime. Infelizmente, vemos a corrupção como legado, um desgaste visível, só não podemos deixar de lutar.
    É inevitável viver com segurança numa situação dessa.
    Parabéns.
    Tudo de bom.
    Beijos na slma.

    ResponderEliminar
  8. Boa tarde, Jaime. Infelizmente, vemos a corrupção como legado, um desgaste visível, só não podemos deixar de lutar.
    É inevitável viver com segurança numa situação dessa.
    Parabéns.
    Tudo de bom.
    Beijos na alma.

    ResponderEliminar
  9. Foi dado uma imensa Terra para o homem desbravar.
    Mas ele transforma o presente em labaredas ardentes, aí mudou, pois num solo queimado fica estéril.
    Não adianta bombeiros que reagem a tal verdade.
    Linda poesia sofrida.
    Beijos
    Lua Singular

    ResponderEliminar
  10. " Não sabemos de onde vimos " dizes tu e muito bem; puseram-nos cá e nem sequer fomos ouvidos no assunto; para onde vamos, começamos a saber pouco depois de cá estarmos e, com o passar dos anos fomos tendo a certeza mais que absoluta do lugar que nos está destinado. Fomos também sabendo que nos foi dado o maior presente que algum ser vivente jamais imaginou receber e å medida que fomos caminhando fomos conhecendo melhor esse lindo planeta azul que foi colocado à nossa disposição para dele desfrutarmos; mas o que temos feito nós com essa dádiva maravilhosa? Usamos e estragamos, voltamos a usar e de novo a jogar para o lado; parecemos aquela criança que recebe um belo presente com um lindo laçarote e apressada, rasga o papel sem paciência; vendo o que está lá dentro, faz beicinho e imediatamente joga o brinquedo fora, sem sequer agradecer a quem lho deu. Terá com certeza outro brinquedo que talvez lhe agrade mais, mas nós, o que teremos? Com toda a certeza um planeta menos azul, onde o verde que dentro dele tem, se terá transformado em castanhos desbotados...emborratados ...completamente desolados. O teu rio, Jaime, sem margens, dizes tu, não terá, se calhar, nem a água que hoje nele corre. Aqui ela corre limpissima, mas naquele outro lá para as tuas bandas e neste por aqui, pelas minhas, a água é suja e mesmo assim podemos dizer que temos sorte por termos um. Gostei muito deste teu alerta a todos nós, amigo! Muito obrigada e um bom fim de semana.
    Beijinho
    Emilia

    ResponderEliminar
  11. Nesta terra que tudo cria,
    que nos há-de um dia consumir
    ninguém a ela consegue fugir
    nela tenhamos saúde e alegria!

    Tenha uma boa noite caro amigo Jaime Portela, um abraço,
    Eduardo.

    ResponderEliminar
  12. Recebemos do Criador o maior dos presentes: - a Vida - a Natureza - e tudo o que nela existe. Mas, não soubemos valorizar o quanto mereciam. Usufruímos sem nada devolver. Veio a cobrança. Alta e difícil conta a ser paga. Com nossa própria vida e a dos descendentes! Humanidade desumana.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  13. Concordo totalmente! Este poema transmite bem a realidade dos nossos dias

    r: Obrigada e igualmente :)

    ResponderEliminar
  14. Comparto completamente esa preocupación por nuestro medio ambiente y la comparto porque en todas partes se están dando estos abusos en nombre del desarrollo y hasta del turismo como fuente de ingresos. Saludos cordiales y muy afectuosos.

    ResponderEliminar
  15. Jaime que poema de despertar urgente para o que ocorre com a natureza. Gostei muito. Um abraço!

    ResponderEliminar
  16. E refletir sobre o assunto é urgente!!!
    Gostei de ler ... bj

    ResponderEliminar
  17. O mundo todo esta assim... vivemos dias dificeis... poema que retrata bem a realidade...

    Beijos...

    ResponderEliminar
  18. Que belo poema querido Jaime, repleto de reflexão e sentimento!
    Tenha um ótimo fim de semana.

    ResponderEliminar
  19. "O comboio a engolir os carris" é uma imagem literária muito sugestiva
    que define a realidade do sistema, que não pode parar, se não tomba!

    gostei muito. belo e lúcido poema
    e fui com prazer que fiquei a conhecer esta vertente da tu Poesia.

    forte abraço, amigo Jaime

    ResponderEliminar
  20. Querido amigo Jaime, mais um poema de «fazer pensar», porque; para bom entendedor, meia palavra basta.
    Despertar consciências, mentes, olhares e sentires, é urgente, ou, de facto, arriscamo-nos a ter uma"imensa pouca terra" sem cura, nem jeito.

    Belo poema, meu amigo. Um bom fim-de-semana.
    Beijo de luar

    ResponderEliminar
  21. Diz um cientista alemão
    Que o planeta está lotado,
    Nós vemos o resultado
    Na quase destruição

    Da natureza, e em vão
    Alguns lutam, outros de lado
    Olham alheios ao prado
    Transformado em construção.

    Não quero saltar da nave,
    Mas vejo a situação grave
    Sentido-me um pecador

    Entre os tantos que sem jeito
    Vivendo, levaram a efeito
    O mau feito sem pudor.

    Grande abraço. Laerte.

    ResponderEliminar
  22. Somos habitantes apressados deste planeta azul, que não sabemos cuidar...
    Belo e inquietante o teu poema, Jaime.
    Um bom fim de semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  23. Belas imagens de pressa, de insegurança e de receio. Oxalá os carris se aguentem!

    Mais um poema que li com muito prazer.

    Beijinho.

    ResponderEliminar
  24. JP

    um poema que é um grito poético

    vivemos tempos conturbados sem dúvida

    esperemos que tudo melhore

    bom fim de semana.

    beijinhos

    :)

    ResponderEliminar
  25. Bela reflexão muito actual e pertinente! Onde nos levará tamanha ganância?
    Beijinhos, bom domingo de chuva!

    ResponderEliminar
  26. Nossa, que poema excelente...
    As palavras na força de porta-voz de uma consciência
    altiva, no chamando de responsabilidade por este nosso
    Planeta que vive a nossa raça humana e coitadinho deste
    Planeta, destruído sem piedade no ato da maldade na
    contramão da generosidade da mãe natureza.

    Parabéns, caro Poeta.

    Um domingo feliz e na paz, amigo Jaime!
    Beijo.

    ResponderEliminar
  27. Tudo tem começo,meio e fim. Digamos que o enredo da historia deste planeta foi entregue a artistas que por falta de talento, caráter e princípios destruíram os cenários, mudaram a historia, roubaram cenas, guerrearam entre si, mataram, e nada aprenderam. O que restou está quase no fim, infelizmente.
    Mas seu poema é de uma beleza contundente, mais uma vez Parabéns.
    Abração e beijinhos, Léah

    ResponderEliminar
  28. Pelo menos aqui no Brasil, onde a pouca vergonha tomou conta dos políticos, temo pelas novas gerações. Belo poema Jaime.

    Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.

    Furtado

    ResponderEliminar
  29. Maravilhoso poema. Gostei demais
    .
    Hoje
    Límpidas Gotas de Amor em execução de Carência.
    .
    Deixando um abraço poético.
    Uma terça feira muito feliz. Boa tarde.
    .

    ResponderEliminar
  30. Um poema que nos dá imenso que pensar!
    Deixamos uma amarga herança, para as futuras gerações... por actualmente, não se respeitarem as leis da Natureza...
    Um poema, para despertar consciências... Gostei imenso, Jaime!
    Beijinho! Feliz e inspirada semana!
    Ana

    ResponderEliminar
  31. Um grito!
    Tantas gargantas sufocadas, num mundo que se nos afigura perdido.

    Façamos o nosso melhor.

    Beijinhos, amigo!

    ResponderEliminar
  32. Boa noite meu querido amigo Jaime

    Depois de um longa pausa (motivo de uma doença prologada,de um ente muito querido)aqui estou e durante esse tempo todo me lembrei sempre das tuas tão belas poesias...
    Um tema,preciso das tuas palavras...como sempre magnifico

    Bjo e tudo de bom para ti

    ResponderEliminar
  33. Amigo Jaime a Natureza precisa de cuidados, mas são poucos os que com ela se importam. Quem sabe essa também seja uma das missões do poeta.
    Um grande abraço.
    Pedro

    ResponderEliminar
  34. *******************************************************************************
    Caros amigos, obrigado pelos vossos comentários. Voltem sempre.
    Entretanto, acabei de publicar um novo poema. Espero que gostem.
    Continuação de boa semana.
    Saudações poéticas.
    *******************************************************************************

    ResponderEliminar
  35. Oi Jaime! Desculpe a demora, e nem sei se comentei esse reflexivo texto. Vida muito corrida meu caro. "Estamos tristonhos de dó, porém o sentimento é um só"... Parabéns pela sensibilidade ecológica do poeta. Grande abraço.

    ResponderEliminar
  36. O comboio a engolir os carris é uma perfeita imagem do tempo. Nós, presumindo ser senhores de tudo nem reparamos, que somos pontos da paisagem a andar para trás.
    Belo trabalho.

    Abraço.

    ResponderEliminar
  37. Esse velho, corrupto e indestrutível capitalismo e sias consequências.
    Abraços

    ResponderEliminar

Se não leu o poema, por favor não comente.
If you haven't read the poem, please don't comment.
Obrigado / Thank you