Vai
de férias,
esquece
Berardos e Salgados,
os
naufrágios de imigrantes,
a
Faixa de Gaza e as greves.
Faz
a tua mente voar
mesmo
sem sair de casa,
leva
contigo o desejo
de
abraçar um fogo adolescente.
Põe
o cansaço a léguas
e
pendura o casaco das alegrias na alma,
despe
a saudade
e
faz tréguas com as mágoas.
Vai
de férias,
fecha
os olhos e sente,
até
a fazeres entrar no teu corpo,
a doçura
das águas,
dos
ventos e dos pássaros.
Vai
de férias e volta,
mas
não verás a paz
porque
raramente [ou nunca] prendem
os
que inventam a guerra.
© Jaime Portela, Agosto de 2019
Se eu pudesse, ia agora!
ResponderEliminarEsquecia tudo e ia. Voava com os pássaros e os sonhos...
Mas vai lá, amigo, vai!
"Vai de férias,
fecha os olhos e sente,
até a fazeres entrar no teu corpo,
a doçura das águas,
dos ventos e dos pássaros."
E volta revigorado, mesmo que a paz seja só uma miragem.
Boas férias!
Beijos.
... entre o real e o imaginário, segue a vida!
ResponderEliminarNo verso, o reverso, o doce/amargo que da dor ou mágoa ainda mantém alguma esperança.
E assim nos vamos movendo ou aquietamos, nos alegramos ou entristecemos
Poema de vida este com que nos brindas e nos fazes pensar
Um Abraço, Poeta
Teus poemas são perfeitos
ResponderEliminarComo este, bem composto!
A mensagem tem o gosto
Do gozo doce de eleitos.
Férias! Estamos sujeitos
A paz ao gozo disposto
À gente, mas tem o rosto
Do frenesi e outros jeitos
De ainda se ter mais trabalho
Porque nosso plano é falho
E não sabemos viver
O pleno, e buscando atalho
Se erra o caminho, e o malho
Desce à bigorna do ser!
Belíssimo poema, amigo Jaime! Parabéns! Abraço cordial e bom fim de semana! Laerte.
Gosto muito de tuas inspirações, sempre temas fortes e consegues maravilhas!
ResponderEliminarabraços, chica
Boa tarde de paz, Jaime!
ResponderEliminar"... pendura o casaco das alegrias na alma"...
Que verso entre tantas metáforas que você empregou em sua poesia!
Esse me tocou profundamente...
A alegria reveste nossa vida de ânimo e generosidade.
Tenha dias serenos e abençoados!
Abraços fraternos de paz e bem
Grata pelo conselho, Jaime!
ResponderEliminarVou tentar seguir as sensatas palavras com que construiu tão belo poema, e... irei de férias feliz, sem sair de casa... :)
Boas férias e um abraço com amizade.
O final do poema é um tanto inquietante, mas as férias servem para relaxar, nem que seja apenas durante uma semana!
ResponderEliminarMeu amigo Jaime, gostei muito desse poema, que bonito! Fala das emoções, da alma humana que precisa muito de trégua 'disso ou daquilo', pois conflitos fazem parte dos dias, da vida, mas muitas vezes são demasiados.
ResponderEliminarFérias é isso, dar uma trégua às emoções e conflitos internos, também.
Beijo!
"Põe o cansaço a léguas
e pendura o casaco das alegrias na alma,
despe a saudade
e faz tréguas com as mágoas."
Amigo Jaime,
ResponderEliminarBelo poema!
"Vai de férias", clama por tranquilidade aos cansaços do dia-a-dia.
E mesmo que os "senhores da guerra" nunca entrem de férias, a nossa vocação pelo bem e pela paz também não entram de férias jamais!
Um abraço!
E até breve!!!
Infelizmente há horrores que nunca vão de férias.
ResponderEliminarAquele abraço, bfds
Um estilo novo! Parece uma canção. Gostei muito! A mente voa sem sair de casa e frustra também. Sinto saudades das minhas viagens... mas é exatamente o que descreves no poema que deveríamos fazer. Ir de férias, a sério! Os que roubam a paz, a indústria da guerra, lamentavelmente vai existir para além de mim, para além de qualquer um de nós.
ResponderEliminarQuerido amigo JP, bom fim de semana.
Beijo
Há uma certa inquietude mas eu gosto... Bj
ResponderEliminarÉ deixar a mente voar e voar por entre as nuvens baixas, a chuva...
ResponderEliminarEsquecer tudo por momentos... porque o Mundo continua a girar egoísta....
Brilhante...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Olá Jaime!
ResponderEliminarUm magnífico poema e um excelente conselho para quem vai de férias.
Põe o cansaço a léguas
e pendura o casaco das alegrias na alma,
despe a saudade
e faz tréguas com as mágoas.
É muitíssimo interessante, mas nem sempre se desligam, quantas vezes teimam apoquentar. Olha gostei muitíssimo da sugestão, estou de acordo contigo, há que libertar todas as tensões. Parabéns pela inspiração poética.
Um beijo amigo e ótimas férias!
Luisa
Olá!
ResponderEliminarGostei muito do seu poema: original, mas falando de assuntos banais, como a guerra, que nunca deveria ser banal, nem extraordinária, simplesmente não deveria existir - o que, acho, é uma utopia.
Li os seus os seus poemas da frente para trás, por ordem decrescente de publicação, até 27 de junho. Amei todos eles, mas este tinha de comentar, pois o apelo ao descanso da alma é muito forte, apesar de existir uma certa inquietação.
Continue assim, a brindar-nos com os seus excelentes textos.
Eu tenho andado arredada de blogues e aos que leio - blogues mais comezinhos, de não tão elevada inspiração, nem sobre literatura - o "Xaile de Seda", da Olinda Melo; conhece? - não tenho feito comentários.Por isso, do que digo nesta última frase pode deduzir que não tenho escrito com regularidade. Falta a inspiração, e não me tenho forçado a escrever nada.
Até uma próxima, e olhe, amigo, "vá de férias" nessa sua tão bela cidade, que é "o brinquinho do Minho"!
Desculpe a ausência.
"pendura o casaco das alegrias na alma". Que ideia fantástica e bela, meu Amigo Jaime. É o que devemos fazer…
ResponderEliminarUm beijo.
Lindo!
ResponderEliminarHoje, apenas uma breve passagem para vos desejar um bom fim de semana.
Pequenos mas felizes... momentos inolvidáveis...
Beijos. Para a semana volto com mais tempo
Há algum tempo que pendurei o casaco e aposentei-me da minha carreira docente e da escravatura que contabiliza audiências...
ResponderEliminarGostei do poema, Amigo.
É um cansaço transversal a todos os géneros, classes, etnias, nacinalidades... Então as peripécias de Gaza que não têm fim...
Aproveita bem este Agosto que hoje teve uma chuvinha...
Abraço afetuoso.
~~~
É exactamente como o dizes na beleza da expressão poética!
ResponderEliminarFui de férias para um sítio em que comprovo o teu raciocínio...
«porque raramente [ou nunca] prendem
os que inventam a guerra.»
Beijo amigo.
Se não tivéssemos tantas consultas, tratamentos e exames médicos há mais de um mês que estava de férias.
ResponderEliminarAbraço e bom domingo
Uma chamada de atenção preciosa, em tempos tão conturbados: se, por um lado, é necessário distender o corpo e a alma, por outro lado convém não esquecer quão instável é a paz.
ResponderEliminarBom fim-de-semana, caro Jaime.
Belo Poema de intervenção. Vai de férias e na volta tudo será semelhantemente igual. Se não mudar para pior já é algo bom. Gostei do mote.
ResponderEliminarAbraço
SOL
Um belo poema e aproveito para desejar uma bom Domingo.
ResponderEliminarAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Há alturas em que é mesmo necessário ir e desligar
ResponderEliminarBom domingo*
JP
ResponderEliminarEM Agosto tudo vai de férias e eu deixo meus parabéns à sua inspiraçao de Poeta, escrever sobre as férias de uma maneira tão bela e tão poética.
Tem estrofes verdadeiramente lindas.
Beijinhos
:)
PS:-que nunca lhe falte essa maneira única de fazer poesia.
Vai de férias, mas volta sem demora... pena que esses que fazem a guerra estão em todo lugar!
ResponderEliminarUma boa semana< Jaime!
ResponderEliminarOlá, Jaime
Ir de férias, deixar o pensamento vogar, procurando esquecer um pouco
o ruído que nos rodeia, contudo, tendo presente os verdadeiros problemas
que assolam tanta gente.
E captei a essência do seu poema, amigo. Infelizmente, mesmo que consigamos
abstrair-nos, na volta, tudo estará na mesma.
Abraço
Olinda
Vai de férias e volta,
ResponderEliminarmas não verás a paz
porque raramente [ou nunca] prendem
os que inventam a guerra.
Pura realidade amigo. Acho que deveriam utilizar alguma coisa que impossibilitassem para sempre essas invenções. Belo poema Jaime.
Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Sei que não podemos ignorar o que se passa, mas será que o ser humano aguenta tanta atrocidade diariamente sem enlouquecer? Sim, talvez seja melhor ir de férias, mas pensar que dentro em breve serão eleições, iremos ao mesmo de sempre, à asneira de sempre (sou apartidária, ou antes, reservo para mim). E depois, com ou sem eleições, com ou sem férias? Um planeta morre lentamente, a Coreia do Norte brinca, o Brasil destrói a Amazónia, USA sai do pacto do Kyoto e diz que não há problema ambiental, nós brincamos e os nossos filhos ou netos não terão futuro. Sim, talvez seja melhor tirarem umas férias.
ResponderEliminar
ResponderEliminarMuitos fatos não terminam outros não dependem de nós, muitas coisas não saiem de nossa mente outras nos acompanham até nossa morte... precisamos no mínimo, viver em paz com nós mesmos.
Beijinhos, amigo.
Proseando num dia
"Faz a tua mente voar
ResponderEliminarmesmo sem sair de casa...", e a minha agora atravessou o Atlântico ao ler esse teu poema. Como é bom, e muitas vezes necessário, fazer a mente voar, é o que nos tira da linearidade de certos caminhos pelo chão. Gostei especialmente dos versos finais, Jaime, um abraço!
Vai de férias, mas volta com mais energia ainda...
ResponderEliminarBeijo
Ora aqui está um excelente conselho!
ResponderEliminarClaro que, no regresso, encontramos tudo na mesma... mas, "enquanto o pau vai e vem, folgam as costas".
A cada dia que passa a nossa realidade se torna mais... sufocante (e não é motivado pelo calor, que não nos tem afligido muito).
Gostei que tenhas transformado tantas verdades num lindo poema - torna-as menos pesadas.
Seguindo o teu conselho vou no próximo sábado gozar a segunda (e última) parte das minhas férias (deste ano), para a Ilha do Príncipe.
Desejo, querido amigo Jaime, que passes muito bem, dentro e/ou fora.
Feliz Terça-feira e uma boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Há quem mande na guerra e não desista. Aqui ou ali ela rebenta. Questão de negócio e barbárie.
ResponderEliminarMas, agora, vamos mergulhar na imensa tranquilidade. O mar existe por muitas razões. Até aos olhos faz bem.
Boas férias, Jaime!
Eu vou e venho.
ResponderEliminarVai de férias,
esquece Berardos e Salgados
Faz a tua mente voar
mesmo sem sair de casa
É ISSO MESMO, JAIME
como tu me entendes...
faço tantas vezes a minha mente VOAR
hoje em pensamento estive na Ilha de Santo Antão,
em CABO VERDE
TAL E QUAL...
fecha os olhos e sente!
AMIGO
óptimas férias
abracinho da Tulipa
Bom dia, Jaime.
ResponderEliminarQue belas e bem construídas metáforas, a imaginação nos leva a sair de férias mesmo que seja para ficar onde estamos,podemos procurar por outros momentos de emoção, tranquilidade e paz.
Temos condições de voar,de viajar para distantes paragens, basta querer. Grande abraço!
Há momentos em que o homem necessita de se abstrair da realidade, para manter a sanidade. A melhor forma de o fazer é a fuga, sem se sair fisicamente do mesmo lugar.
ResponderEliminarO poema está muito bem concebido e tem momentos que o elevam a bom nível "leva contigo o desejo de abraçar[...] ", "pendura o casaco[...] ".
Abraço e boas férias
Que interessante, gostei
ResponderEliminarOi Jaime! Sem desmerecer os tantos lindos poemas seus, mas esse e´lindo demais! Grande abraço , amigo.
ResponderEliminarAlguém dizia que " descansar não é NÃO FAZER NADA, é, sim, mudar de actividade e, por isso, jaime, é importante uma pausa para que, mesmo sentados no mesmo sofá de sempre, renovemos o nosso espirirto, " penduremos o casaco nas alegrias da alma e façamos tréguas com as mágoas " .Tempo para conversarmos com o nosso " eu ", com mais tempo, com calma, sem horários, é necessário para que conservemos a nossa saúde mental. Seja qual for o teu tipo de férias, aproveita-as bem, pois quando voltares só verás paz em ti mesmo e nos teus, o que já é muito bom ! O mundo, esse, continuará cheio de guerras. Um beijinho, amigo e até à tua volta
ResponderEliminarEmilia
Gostei do seu poema ("Vai de férias"), Poeta, que se inicia com esta inspirada (e inspiradora) estrofe:
ResponderEliminar"Vai de férias,
esquece Berardos e Salgados,
os naufrágios de imigrantes,
a Faixa de Gaza e as greves."
Um bom final de semana, amigo Jaime.
Pedro
Jaime magnífico poema de intervenção. Realmente, os que lançam a guerra, nem sabem o que fazem, ao ficarem nos bastidores e lançarem gente para para o conflito, lançando carne para canhão.
ResponderEliminarAbraço
Bom dia...
ResponderEliminarHoje, de uma forma mais rápida, de maneira a chegar a todos. Espero a compreensão de todos. Cheguei com:- Entregas-me uma rosa num ávido beijo. {Poetizando e Encantando}
Bjos
Votos de uma óptima Segunda-Feira.
Esse nosso instinto de sobrevivência, ganância e "lei do mais forte", estragam tudo.
ResponderEliminarAbraços.
Felizmente ainda nada nos prende o pensamento
ResponderEliminarBelo poema
Abraço
O belo canto à liberdade mas com reticencias. Que bem que escreves!
ResponderEliminarTem lógica, pois fica o regresso ao quotidiano e uma imensa dor... como custa!
Que riqueza de metáforas!... Gosto.
Abraços de vida, meu amigo.
Boa noite Jaime!
ResponderEliminarUm belo poema, assim como todos que li por aqui.
Boa férias!
Votos de ótima sexta-feira!
Beijos!
Boa noite Jaime,
ResponderEliminarMagnífico poema!
Por vezes necessitamos de um certo afastamento, sem nos alhearmos das situações.
Desejo que esteja a passar umas excelentes férias.
Beijinhos,
Ailime
Maravilha de versos com certeza para nos manter-mos
ResponderEliminarsóbrios precisamos de vôos e sonhos.
Até a volta.
abçs.
Estamos sentindo falta dos seus poemas, Jaime.
ResponderEliminarAbraços brasileiros!
gostei muito do poema, caro Jaime Portela
ResponderEliminarrepleto de belas imagens!
boa continuação de férias, se for o caso.
forte abraço
Que lindo!
ResponderEliminarE foi o que fiz.
Beijinho