“Não
há dinheiro!
Qual
destas três palavras não percebem?”
Deixámos
de clamar por um emprego
porque
não eram empregadores,
por
subsídios, porque não eram um banco.
Gentinha
gastadora que não percebia
que
era a hora certa de emigrar…
“Não
há dinheiro!
Qual
destas três palavras não percebem?”
Só
um louco pensava
que
os direitos seriam eternos
já que
investiram muito dinheiro
para
nos mandar parar
de
pescar,
de
agricultar,
de
industriar…
E procurámos
trabalho lá fora
como
fizeram os nossos avós.
“Não há dinheiro!
Qual
destas três palavras não percebem?”
Desempregados,
não os queriam cá,
cambada
pobre do juízo e da carteira
com
sonhos excêntricos de reforma.
Que
fugíssemos enquanto era tempo,
porque
a fábrica de pobres
ainda
não chegara ao fim.
“Não
há dinheiro!
Qual
destas três palavras não percebem?”
Percebemos
e mandámo-los embora.
Afinal
nunca houve dinheiro
desde
o ouro do Brasil.
Mas
não ficámos à espera do Diabo
como
os dois velhos de Godot…
© Jaime Portela, Dezembro de 2019
Bem pertinente sua poesia... FELIZ NATAL... bj
ResponderEliminarUrgiu e tem urgido emigrar para muitos portugueses, que só assim veem uma forma de solucionar a sua vida.
ResponderEliminarPoema certeiro; eu não diria melhor!
Abraço!
Gostei da intensidade do tema tão bem trazido em poesia linda! abraços, lindo dia! chica
ResponderEliminarNão há dinheiro, é verdade... mas continuamos a manter esta insustentabilidade para manter altos quadros políticos no sector empresarial do Estado, uma boa maioria sem as competências adequadas e com valores bem mais próximos da média europeia...
ResponderEliminarmas, sim, não há dinheiro...
Talvez esteja na hora, de gastarem o que há de forma competente(sorrisos)
Grande parte da mão de obra que foi para fora era qualificada e estudou "À conta" do Estado, nas nossas Universidades Públicas... tanto para ser dito, mas não há dinheiro...
(sorrisos)
Muito bom... Boas festas!
Há palavras difíceis de entender.... para diversas pessoas meu querido amigo.
ResponderEliminarFantástico como sempre
Beijo
Tanta verdade e tristeza ao mesmo tempo. Excelente poesia, gostei bastante.
ResponderEliminarAgradeço e retribuo os votos de um Natal com saúde, muita paz, amor e partilha.
Beijinho grande
Gostei da istória! :)
ResponderEliminar-
Natal entre afectos reais e virtuais.| Interacção| O meu Natal.
.
Parabéns à Bruna- 15 anos.
FESTAS FELIZ PARA TODOS. BEIJOS
Uma boa crítica social e principalmente ao poder dos que querem tomar as decisões em suas mãos… Muito bom, meu Amigo Jaime.
ResponderEliminarUm Natal cheio de conforto e um ano de 2020 cheio de tudo o que deseja.
Um beijo.
Sim, o que aqui se passa é cada vez mais teatro de absurdo.
ResponderEliminarNão há dinheiro!
Mas o que há é cada vez um poço mais sem fundo
por onde se escoa o dinheiro que se deve, e que não parece haver meios de pagar, pelo menos por quem por ele vendeu a alma a esse tal de diabo,
e que hipotecou o futuro de quem nunca terá culpa disso.
Votos de um Feliz e Santo Natal!
Beijinhos.
Que poema tão pertinente! A crítica está no ponto
ResponderEliminarContinuação de boa semana
Não há dinheiro!
ResponderEliminarÉ o fim do recurso alheio!
O socialismo veio
Só para um companheiro?
Então, cadê o paradeiro
Do ouro? Isso ficou feio...
E Sócrates ter receio,
Nem parecia engenheiro...
Mas agora, Portugal
Vai se aprumando, afinal!
Resta ao povo português
Fazer como este Brasil
Com generais sem fuzil
Não se rouba, desta vez!
Desculpe minha filosofia de botequim para brincar com minha cabeça. Prezadíssimo amigo e colega engenheiro Jaime Portela, desejo a ti e aos teus um Feliz Nata e Próspero Ano Novo com muita saúde, paz, progresso e amor! Tudo de bom! Abraço fraterno! Laerte.
Tens toda razão ao expressar esses versos tão verdadeiros, não há dnheiro mesmo, o que há é ladrão em todos os segmentos da sociedade. Um grito com endereço certo.Aplausos!
ResponderEliminarAmigo Jaime, desejo a vc e toda sua família um Natal cheio de Paz e esperança.
Abraço de paz, deixo!
Uma crítica social forte... só mesmo um louco pensaria que as coisas seriam eternas...
ResponderEliminarNo entanto, gostaria de pensar que é possível mudar... Talvez esteja louca...
Obrigada pela visita; vou entrar em férias e resolvi dar novo " brilho" a outros poemas meus, um pouco esquecidos.
Boas Festas
Beijos e abraços
Marta
Um belo poema amigo Jaime, gostei.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Estão aí umas verdades....
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Jaime Portela, ai está algo que só a literatura, como a poesia pode abarcar. Gostei do modo como o fizeste, de facto não terá sido bem negociada a entrada no que hoje é a UE.
ResponderEliminarBom Natal, com abraço.
Não há dinheiro para quem?
ResponderEliminarOs banqueiros não se queixam
Dinheiro há
ResponderEliminarestá é mal repartido
Abraço
ResponderEliminar“Não há dinheiro!
Qual destas três palavras não percebem?”
POIS, AMIGO JAIME muito oportuno este teu poema!
Só um louco pensava
que os direitos seriam eternos
...
Nesse caso milhares de pessoas assim pensaram.
Venho agradecer a tua visita ao "COISAS SIMPLES DA VIDA"
Aproveito para te dizer que também alusivo ao Natal
acabei de fazer 2 posts nestes blogues,
gostaria que visses:
http://pensamentosimagens.blogspot.com/
http://momentos-perfeitos.blogspot.com/
Só volto depois do Natal, penso eu que a tempo de te desejar um BOM 2020
Agora, um bom fim de semana.
E um Feliz Natal.
Beijo da Tulipa
Gostei muitíssimo deste seu “Do Diabo e de Godot”, que matem ao longo do poema esta frase: “Do Diabo e de Godot!”. Li uma, duas vezes, Poeta! Vi, então, toda a força do tema social deste seu poema. Parabéns!
ResponderEliminarUm dia de Natal alegre, é o que desejo ao amigo e aos seus familiares. E um feliz Ano Novo!
Bom final de semana, amigo Jaime.
Grande abraço.
Pouco aprendemos com a História, meu amigo. Mas o seu poema é uma fina lâmina necessária.
ResponderEliminarBeijo e Festas Felizes.
Continuamos a manter a insustentabilidade porque não há dinheiro. A verdade até parece não existir porque quem a sustenta não é digno nem tem sentido de governar SÓ com o que há.
ResponderEliminarGostei deste Poema de intervenção.
Para o Amigo os meus Votos de Natal Feliz e pleno.
Abraço
SOL
Gostei muito do teu poema, meu amigo.
ResponderEliminarÉ um tema sempre pertinente.
Lamento não teres aparecido nos meus blogues...
Não são só poemas, também tenho música, festa e mensagens.
Boas festas de fim de ano e votos de ótimo 2020.
O meu abraço festivo.
~~~~~~~
Belo e reflexivo, Jaime. Bom, deveria haver muito dinheiro ai, pela grandiosa quantidade de ouro que levaram daqui. Rsrs ( Uma pequena descontração) . Belíssimo como sempre, caro poeta. Desejo-lhe um feliz natal e um 2020 repleto de excelentes inspirações como essa. Grande abraço! Feliz fim de semana!
ResponderEliminar“Não há dinheiro!
ResponderEliminarQual destas três palavras não percebem?”
Acontece que HÁ dinheiro, mas apenas para alguns!
Magnífico, Jaime! Com versos fizeste crítica social.
Gostei muito!
Agora... querido amigo desejo-te um NATAL ABENÇOADO e um NOVO ANO pleno de inspiração poética e felicidade.
Beijo. Até p'ró ano!
"Não há dinheiro" para minimizar as diferenças sociais, meu amigo!
ResponderEliminarSeu poema é um tapa na cara de muitos, altamente reflexivo...
Aqui no Brasil, bozo, o presidente rsrs, encarna Maria Antonieta: não tem carne, coma tainha e tubaína. Enquanto isso os generais sem fuzis colaboram com a política de extermínio de pobres, pretos, índios e todas as minorias. E há quem os admirem, pasme!!!
Boas Festas, a você e sua família e amigos.
É tudo verdade, neste formidável poema, Jaime... uma pertinente e assertiva retrospectiva... através dos tempos... que nos dá tanto que pensar...
ResponderEliminarE ainda assim... as famílias continuam a endividar-se... gastando o que não têm... tentando-se com as políticas de crédito fácil... para níveis muito semelhantes aos de 2009... antes da dita crise... que sempre houve para muitos... e que continua... disfarçada em ordenados baixos, e trabalho precário, estágios em que se paga, para fazer algo no mercado de trabalho, na sequência do que se estudou durante anos...
Enfim... a criatividade do povo português mesmo sem dinheiro, não pára... e mesmo sem dinheiro... lá se continua a sobreviver... a duras penas... mas... mesmo sem dinheiro... continuamos todos a pagar a nossa parte para bancos... bancos bons... bancos maus... bancos assim assim... falidos e a dois passos de falir... para gáudio e admiração da União Europeia... e temos um Orçamento que nem dá prejuízo... decididamente... este povo que não se governa nem se deixa governar, já dizia o Imperador Marco António... é mesmo um caso de estudo!... :-D
O Diabo ainda não veio... como afiançavam alguns políticos... mas a verdade é que muitos, continuam vivendo o mesmo Inferno... de sempre... e desde tempos imemoriais... mas se calhar... até já conseguiram adquirir o ultimo gadget da moda... com 5G... e vai-se lá entender isto?...
Termino deixando um beijinho, Jaime, e os meus votos de que passe um Feliz e Santo Natal, na companhia dos seus! Com muita saúde, amor e paz, que é sempre o fundamental!
Tudo de bom! Festas Felizes!
Ana
deixo dois abraços, caro amigo Jaime Portela:
ResponderEliminar. um forte abraço de parabéns, pelo extraordinário poema,
a quem tiro o chapéu;
. um abraço de amizade e grande consideração
desejando-te Boas Festas para ti e tua família
Manuel Veiga
.
Feliz Natal, boa mesa e em Família, Amigo Portela.
ResponderEliminarPois é, Jaime, muitas vezes há dinheiro, outras... nenhum dinheiro porque há mais ladrões do que dinheiro, como aconteceu aqui! Aos poucos estão achando os "dinheiros". Mas um dia tudo se ajeita, a verdade acaba aparecendo e descobrirão o porquê não há dinheiro. Essa é a sina dos povos.
ResponderEliminarMas que deu um belo poema, ah deu!
Beijo, um lindo Natal e um 2020 com mais paz, mais alegria e mais dinheiro!
ResponderEliminarVou-te confessar que, talvez por causa da proximidade do Natal e da festa maior que se vive em família, em que de certa forma andamos todos de coração mais "amolecido", mesmo sabendo-te agnóstico não esperava vir hoje aqui ler palavras tão duras.
Apesar do "choque", vim trazer-te o meu CARTÃO DE BOAS FESTAS e desejar-te tudo de bom 🎄
(por favor clica no link)
Beijinhos Natalícios
(^^)
JP
ResponderEliminarum poema forte e pertinente com uma critíca social muito real.
um poema grito que ficou muito bem.
aproveito e deixo meus votos de Feliz Natal.
Beijinhos
:)
ResponderEliminarOlá Jaime,
como é habitual no seu espaço, palavras para quê ?!
claro para evidenciar o absurdo, porque não?!
retratar as inverdades que recebemos em partilha
a partilha do Natal deveria ser outra
de verdades nas quais pudéssemos acreditar mesmo sem se verem
Votos de FELIZ NATAL
gosto deste menino Jesus irrequieto
de Fernando Pessoa
com a voz de Maria Bethânia
https://www.youtube.com/watch?v=gWI1gs0dJYk&t=44s
Poema do Menino Jesus
Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Haver, há... mas não é para quem mais precisa.
ResponderEliminarVotos de Feliz Natal
Um poema pertinente e lindo.
ResponderEliminarBoas Festas e um Ano Novo pleno de alegrias, saúde, sonhos realizados, paz e amor.
Beijinhos
Excelente poema, num canto a uma realidade que está aí, mais ainda nestes dias plenos de excessos.
ResponderEliminarBoas Festas e um feliz 2020.
Abraços de vida
O poema abre margens para muitas interpretações! Uma delas, que eu mesmo faço, dialoga diretamente com algumas questões sociais atuais daqui do meu país, que está ligado ao teu há centenas de anos.
ResponderEliminarNão sei qual o significado do Natal para ti, mas de qualquer forma espero que o Universo possa ser generoso contigo, Jaime, hoje e sempre. Um abraço.
Gostei de regressar aqui.
ResponderEliminarContinuação de Boas Festas.
Bjs
Muito bem Jaime.
ResponderEliminarNão há dinheiro para bife?
Comam entremeada...
pensa a elite iluninada
a transpirar Dior e rosbife