Com este céu,
após tantas estrelas entretanto caladas,
a tua sombra dói e, com a inércia,
não há uma erva que cresça.
Que força
a um estado indolente me obriga
se o teu rosto me atrai e se,
nos meus ombros,
cavalgam lampejos de saudade?
Apenas vejo um ser que se verga
às mãos de um exorcismo de trevas
e de uma venda justiceira que cega,
um ser entre o vazio e o ficar
onde começa a ausência de futuro.
Serei um pássaro sem pio,
acomodado nos ramos,
que teme a saída do ninho?
© Jaime Portela, Fevereiro de 2020
Por vezes amar não chega... "Com a inércia, não há uma erva que cresça" e essa é a realidade. O ser humano gosta do que conhece e receia a mudança...
ResponderEliminarUm belo poema, a retratar a vida (parece-me) e os seus desafios
Abraço
Olá Jaime,
ResponderEliminarGosto muito da sua escrita, sempre elegante e romântica.
Mais um belo e sentido poema, adorei!!!
Resto de uma semana feliz,
Beijinhos
Fica a questão...
ResponderEliminarMaravilhosa sensibilidade caro amigo!
Um forte abraço com votos de saúde!
Rui
😉
Olhar D'Ouro - bLoG
Olhar D'Ouro - fAcEbOOk
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Muito lindo e sempre tão profundas tuas mensagens poéticas!Adorei! abraços, chica
ResponderEliminarOi Jaime,
ResponderEliminarQue lindos escritos poeta!
Já está prontinho para escrever um livro.
Já pensou nisso? Está nos seus planos? Eu comprarei um.
Usa de palavras muito cultas que só atingirá a uma população seleta e ávida de mais sonhos que, após ler o livro, esse ocupará um lugar especial na sua estante.
Tenho duas estantes abarrotada de livros. A leitura nos leva a sonhar, o difícil é ter que parar o sonho para viver uma realidade nua e crua.
Parabéns por compartilhar tamanha maravilha.
Boa sorte
Beijos no coração
Lua Singular
Mais um belo poema amigo Jaime, gostei.
ResponderEliminarContinuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
O que se teme na verdade?
ResponderEliminarBrilhante como sempre...
Beijos e abraços
Marta
A força da alma poética bem patente e eu aplaudo!!! Bj
ResponderEliminarA saudade torna se um fantasma que os persegue. Talvez por vezes seja necessário resgatar os fantasmas e ressussita los
ResponderEliminarExcelente, como sempre
Beijo
Muy hermoso.
ResponderEliminarFeliz jueves.
Jaime gosta-se sempre da tua poesia (confesso-me fã), mas quanto a mim haverá sempre futuro, vista que somos os portadores desse futuro, para os vindouros. Mais não seja pela poesia!
ResponderEliminarAbraço
Um poema que nos inquieta por dentro! Gostei imenso *-*
ResponderEliminarContinuação de boa semana
Um pássaro é um pássaro
ResponderEliminardesde que voe
mesmo nas palavras
Abraço
Beautiful piece and great read.Thank you for sharing.
ResponderEliminarMais um excelente poema!
ResponderEliminar-
Pensamento relaxante...
Beijo e uma excelente noite!
Amigo Jaime Portela,
ResponderEliminarSempre teu poema encanta
Por beleza tanta e tanta
Que chega e se nos revela
Como mensagem que zela
Pelo belo, pela santa
Doçura que acalanta
A alma por ser tão bela
A mensagem em poesia
Divinizante, que cria
Sentimentos de ternura.
Tu é fera! Eu te diria
Que esse poema é magia,
É amor, é literatura!
Grande abraço, amigo! Parabéns! Laerte.
ResponderEliminar"Serei um pássaro sem pio,
acomodado nos ramos,
que teme a saída do ninho?"
Tão real, tanta verdade nesse belo e sensível poema, Jaime!
Gostei muito da mensagem contida.
beijo, um bom fim de semana.
A saudade. O lugar "onde começa a ausência de futuro".
ResponderEliminarDesta vez um poema mais melancólico, mas belo como sempre.
Um bom fim de semana.
Um beijo.
A passar por cá para conhecer mais um bonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Buon fine settimana.
ResponderEliminarPoema/Mensagem muito profundos. Amei.
ResponderEliminarAbraço
SOL
A vida está cheia de contradições, e o ser humano usa e abusa delas...
ResponderEliminarUma certa dose de melancolia (desânimo?) neste lindo poema torna-o ainda mais belo, meu querido amigo Jaime.
Bom Fim-de-semana
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Quando queremos muito nada há a temer.
ResponderEliminarBeijo.
Bom fim-de-semana
Gostei muito, caro amigo Jaime, deste seu poema,
ResponderEliminarque se inicia com estes densos versos:
“Com este céu,
após tantas estrelas entretanto caladas,
a tua sombra dói e, com a inércia,
não há uma erva que cresça.”
Recomendo aos seus leitores que façam mais de uma leitura deste belo poema.
Um excelente final de semana, Jaime.
Um abraço
palavras sóbrias e musicais
ResponderEliminarnum poema muito expressivo
parabéns, amigo
grande abraço
Mais um lindo poema para nosso deleite.
ResponderEliminarParabéns pelo conjunto da sua obra!
Tenha um ótimo domingo, amigo Jaime.
Por vezes, ou quase sempre, a nostalgia instiga a inércia, o não saber que fazer, o fazer sem saber que o que desconhecemos tolhe o sentido do gesto... sem que haja "uma erva que cresça".
ResponderEliminarUm abraço, caro Jaime Portela.
Inquietações da alma... sublimemente expressas, com um cariz sempre envolvente e romântico!...
ResponderEliminarGostei imenso, Jaime! Mais um belíssimo momento poético, por aqui!
Beijinho
Ana
Olá Jaime! Lindo poema, como sempre. O final é de uma singular e extrema beleza. Grande abraço. Feliz semana.
ResponderEliminarme gusta mucho mucho como escribes tus poemas aunque creo que con la traducción de pierde bastante
ResponderEliminarUn abrazo poeta
Fiquei triste com o teu poema, não que não seja belo. É lindo, mas dói- me. Beijinhos com carinho
ResponderEliminar"Serei um pássaro sem pio,
ResponderEliminaracomodado nos ramos,
que teme a saída do ninho?"
Nem sem pio, nem acomodado. Nunca, poeta!
Meu amigo Jaime, estes versos são sérios: para ler e reler.
Beijo, boa semana.
Estimado Amigo.
ResponderEliminarÉ bom estar aninhado num lugar que nos faz feliz.
Já estar silencioso é uma fase transitória...
É inprescindível soltar o canto, poeta... Srrssssss...
Gostei do poema, Jaime.
Beijinho
~~~~
Amigo Jaime, um belo poema, que nos faz pensar sobre a vida.
ResponderEliminarQuantas vezes somos pássaros acomodados, com medo de abandonar o ninho?
Que jamais faltem os "solfejos" a dar as boas vindas ao novo dia.
Lindíssimo!
Beijo de luar
inquietaçoes de uma alma irriquieta
ResponderEliminarmas, mesmo pássaro sem pio, não importa porque terá sempre as asas...
gostei do poema!
beijinhos
:)
Por vezes a saudade pode aprisionar...
ResponderEliminarMas há que lutar pela libertação. Asas servem para voar.
Beijinhos.
Vim embriagar me das tuas palavras... É ver se mesmo assim consigo voar.
ResponderEliminarBoa semana amigo
Beijo
Um poema de amor e saudade, bem entrosado na natureza.
ResponderEliminarBeijinhos, caro Jaime.
Bom poema, como é de esperar dum 'Rio sem Margens".
ResponderEliminarDói ver um pássaro agarrado a uma mão
que conjuga o verbo em tempo passado.
Não há montada que se aventure romper
a fronteira de hoje em direcção ao ontem.
Este não existe.
O vácuo devora o amor na ilusão, no inferno.
Abraço.
A poesia pode trazer ao mesmo tempo a beleza e a dor, é o caso deste poema.
ResponderEliminarEntretanto, diante de determinadas decisões, cabe-nos o (in)fortuito poder de deliberar ou não se vamos sair da nossa zona de conforto, ou correr o risco de nos depararmos com situações inusitadas, inesperadas e quiçá cheias de boas surpresas.
Penso que sair do ninho, experimentar voar em novos horizontes deve ser mesmo desafiador.
Parabéns pelo texto!
:)