Por
mais que as minhas mãos o investiguem,
não
conheço o tamanho dos meus bolsos.
Sei
que eles mudam de feitio a cada dia,
mas
estou em crer que o que eu não sei,
sem todavia
o querer, é o justo alcance
das
minhas toscas mãos
e o
que elas podem ou não sabem perceber.
De
mãos atadas na pergunta,
ando
de bolsos vazios,
à
solta, enquanto não souber o que lá cabe
e o
que lá pode viver sem ficar asfixiado,
correndo
o risco de criar em cada bolso
um
endereço furado, sem respostas.
Nesse
reviralho de bolsos e mãos
a
abarrotar de incertezas,
sei
que há um vaivém preocupado
em
te perder, de pena vermelha à mão
de
tamanha indecisão
no
que te quero dizer, porque não sei
se a
tua brisa enche ou transborda
o
meu vazio a doer.
Só
sei que enlouqueço [se enlouqueço…]
ao
sentir o teu fogo a aquecer a vontade
sem
controlo que me invade de te querer.
© Jaime Portela, Julho de 2020
não sei
ResponderEliminarse a tua brisa enche ou transborda
o meu vazio a doer.
Boa tarde de paz, Jaime!
Tão bonito sentir e saber se expressar.
Muito profundo seu poetar.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos de paz e bem
Amigo Jaime, gostei do seu poema (“O tamanho dos meus bolsos”), que se inicia com os versos que seguem:
ResponderEliminar“Por mais que as minhas mãos o investiguem,
não conheço o tamanho dos meus bolsos.”
Como digo em algumas vezes, nenhum poema se destina a uma única leitura> Para que se possa entender bem a mensagem do poeta, duas leituras, pelo menos há que ser feita.
Um bom final de semana, Poeta.
Um abraço.
É um poeta exemplar em escrever poesia sem rimas. Tem a minha admiração e elogio.
ResponderEliminar.
Abraço
Como sempre uma beleza de poema Jaime.
ResponderEliminarBjs
BFS
Um poema fabuloso, Jaime. Como sempre! Impossível não ficarmos rendidos *-*
ResponderEliminar
ResponderEliminarMuito bom, peça para pensar..
Só podemos aplaudir mais e maai,Jaime! abraços, tudo de bom,chica
ResponderEliminarQue poema fantástico! Parabéns, Poeta Jaime!
ResponderEliminar:))
--
Beijos. Boa noite!
Amigo, Jaime, como trabalha lindamente com as palavras, que dom!!
ResponderEliminarSaber o que cabe nossos bolsos nem sempre é possível, mesmo quando nós mesmos o enchemos de livre e espontânea vontade. Nem sempre é prudente andar com as mãos nos bolsos, se tropeçamos não temos tempo de usar as mãos para nos proteger da queda.
Adorei o poema, parabéns!!
Boa noite, amigo poeta, seu poema"o tamanho dos meus bolsos",é valioso, pois gosto de ler e reler os poemas, confesso que na primeira leitura cada verso me passou um significado, já a segunda me deu a opção de outro modo de sentir cada verso, e se eu continuar a ler e reler vou encontrar múltiplas leituras, significa que escreveu um rico poema. Tenha uma boa noite. Abraço!
ResponderEliminarBoa noite amigo Jaime,
ResponderEliminarPassando para deixar meu abraço.
Li e reli seu grandioso poema, uma composição rica em detalhes ao jogar com as palavras, destaco a estrofe:
"De mãos atadas na pergunta,
ando de bolsos vazios,
à solta, enquanto não souber o que lá cabe
e o que lá pode viver sem ficar asfixiado,
correndo o risco de criar em cada bolso
um endereço furado, sem respostas."
.
Abraço!
Aplausos para os portentos versos
Olá, Jaime, adoro ver a criatividade dos poetas!
ResponderEliminar'O tamanho dos meus bolsos' está muito original, concordo com nossa amiga Marli, a cada leitura temos novas interpretações, é vero! Fiz duas leituras e tive duas interpretações.
Um bom fim de semana!
Beijo, meu amigo.
Poema de um homem apaixonado.
ResponderEliminarAquele abraço, bfds
Precioso y profundo poema. Saludos Jaime.
ResponderEliminarCaminhamos na palavra, com cautela, indagando ...
ResponderEliminarPor fim o fogo, o âmago do poema.
Como sempre, é um prazer desfrutar de tua talentosa escrita, caro amigo Jaime.
Um beijo matinal.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar"O tamanho dos meus bolsos" que poema lindo
ResponderEliminarAbraço
Perguntas sem resposta... o que doí ou não...
ResponderEliminarSó podemos mesmo enlouquecer....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Um belo querer poético... Bom fim_de_semana
ResponderEliminarUm belo poema amigo Jaime.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Excelente poema, brincar com as palavras e com a imaginação.... Fantástico.
ResponderEliminarBeijinhos
Such an amazing poem, Jaime...I have read, reread, and reread again...and with reach rereading comes an even deeper meaning than the one before.
ResponderEliminarAbsolute genius! You paint the most irresistible portrait in words...that has captured me by the heart.
I am there in your pocket...😊😊
Have a wonderful weekend, my friend.
Kisses xxx
Ciao Jaime, buon pomeriggio.
ResponderEliminarOlá Amigo Jaime,
ResponderEliminarUm poema profundo, com inúmeros significados e, como sempre, escrito de maneira muito inteligente!
Gostei especialmente desta passagem:
"De mãos atadas na pergunta,
ando de bolsos vazios,
à solta, enquanto não souber o que lá cabe
e o que lá pode viver sem ficar asfixiado,
correndo o risco de criar em cada bolso
um endereço furado, sem respostas."
Desejo-lhe um excelente fim-de-semana! Fique em segurança, beijinhos!
Estejam vazios os bolsos, mas o coração cheio... só de coisas boas!
ResponderEliminarBeijinhos, amigo Jaime!
Amigo Jaime; os teus bolsos não têm fundo, não podem ter, nem têm forma, não podem ter. Porque os sentimentos não se contentam com bolsos, nem em ficar amordaçados no escuro.
ResponderEliminarUm poema belíssimo, onde as "entrelinhas" nos fazem navegar por muitos mares, e viajar por muitos lugares.
Bom fim de semana. Cuida-te.
Beijo de luar
Ciao Jaime, buon fine settimana.
ResponderEliminarSe os teus bolsos sem fim
ResponderEliminarEscondem sonhos sem fundo,
Saberás que foi assim
Que se iniciou o Mundo.
Parabéns, Jaime
Abraço
SOL
Um abraço do tamanho do seu talento.
ResponderEliminarBom fim-de-semana
À medida que vamos lendo o poema as nossas mãos vão-se enchendo de promessas e de memórias. Lindo, o poema, Jaime.
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Um beijo.
Os bolsos onde nada se guarda a não ser a inquietação da memória dos dias e o anseio...
ResponderEliminarGostei muito.
Beijo
Nos bolsos guardam as crianças os seus mais preciosos bens. Um poeta é sempre uma criança de bolsos vazios, na ânsia de os preencher...
ResponderEliminarExcelente criatividade, pautada por esta metáfora originalíssima, caro Jaime.
Um bom fim-de-semana.
Olá amigo Jaime!
ResponderEliminarAplaudo o seu talento!
A descrição das mãos fascinante!
Um doce sorriso para o seu poetizar!💐🌈😀
Megy Maia🌈
Os nossos bolsos terá sempre a medida do nossa alma, pelo que os teus são enormes.
ResponderEliminarBeijinho, querido amigo.
JP
ResponderEliminarninguem conheçe o tamanho dos seus bolsos
são neles que guardamos os sonhos
belo o seu poema.
bom domingo
Beijinhos
:)
Palavras sentidas e apaixonadas.
ResponderEliminarBelíssimo poema.
Beijinhos
O tamanho dos meus bolsos são o desejo de te desejar uma excelente semana,dizer que o teu poema ficou lindíssimo,muitos beijinhos,fica bem,tudo de bom para ti!!
ResponderEliminarBoa tarde Jaime,
ResponderEliminarUm entrelaço de palavras e sentimentos entre os bolsos que asfixiam e o amor que se desata em fogosa paixão.
Lindo poema.
Beijinhos e boa semana, com saúde.
Ailime
Belo e um tanto metafórico o teu poema amigo Jaime. parabéns!
ResponderEliminarAbraços e uma ótima semana pR ti e para os teus.
Furtado
Li, reli com a maior atenção, e à medida que ia interiorizando, os meus "bolsos" interiores iam ficando repletos de beleza e prazer.
ResponderEliminarDizer mais do que isto... seria estragar este momento tão lindo!
Parabéns, meu querido amigo Jaime.
Feliz Terça-feira e uma boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
O tamanho dos meus bolsos, é um poema curioso. Se os bolsos estão vazios de mágoas não precisaria de tamanho pensei numa primeira leitura. Mas abarrotados de incertezas, indecisão e demais sentimentos, decerto serão bolsos muito profundos.
ResponderEliminarGostei de ler.
Abraço e saúde
Olá, boa tarde querido amigo Jaime!
ResponderEliminarO tamanho dos teus bolsos é um mistério!
Eu também não sei, nem tão pouco quero saber,mas tenho a certeza que são,
do tamanho de um gigantesco cérebro...que de magia transborda, uma paixão bué fogosa que um coração faz pulsar. lindo Jaime! Adorei a inspiração poética
desse teu sentimento magistral. Gostei muitíssimo.
Beijinhos
Luisa
Um poema fabuloso Jaime. Parabéns 👏👏
ResponderEliminarContinuação de boa semana
Bj
excelente criatividade a tua.
ResponderEliminargostei muito do poema, em especial,
da brilhante articulação das suas imagens poeticas
grande abraço. caro amigo Jaime Portela
De alma cheia e bolsos vazios... assim é o cíclico fado português... ao nosso melhor ano económico de sempre... segue-se um tão mau... este mesmo, de má memória... que não haverá bolsos que cheguem, para medir o tamanho do prejuízo... em breve os milhões da UE parecerão tostões, tal a profundidade do abismo económico, em que este vírus nos deixou a nós...e ao mundo...
ResponderEliminarMais um belo momento de profunda inspiração... apaixonante, e desafiante a várias leituras...
Beijinho! Desejando uma excelente semana...
Ana