Viajamos
confinados
na
cauda de um cometa em extinção
a
queimar laços que tombam apagados
para
a negra vertigem do nada.
Sentimos
as mãos a enferrujar
no
amanhecer das lágrimas,
delgado
rio a estilhaçar margens
em
sossego de aquário.
Somos
filhos incógnitos de um querer
estrangulado
pelo inamovível asceta
que
persiste de mãos atadas no peito.
© Jaime Portela, Outubro de 2020
É! Assim estamos..Viajantes confinados... Linda poesia,Jaime! abraços, chica, feliz OUTUBRO!
ResponderEliminarExcelente poema amigo Portela.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
"" Somos filhos incógnitos de um querer ""
ResponderEliminarEstá tudo dito. Um verso maravilhoso, arrebatador, que nos eleva e transporta em direção ao alto mais belo da existência. Amei o poema. Simplesmente lindíssimo
Abraço glorioso
De facto, no momento, viajamos todos entre vontades adiadas, expectativas alteradas, entre incertezas, e amarguras, medindo as distâncias, escondendo sorrisos, esquivando-nos dos afectos... mas no fim desta viagem... duvido que o mundo tenha aprendido a lição... e compre bilhete para uma próxima... na qual idênticos erros se repetirão...
ResponderEliminarComo sempre, uma admirável viagem, a este seu universo poético, Jaime... que é sempre um gosto e um privilégio imenso, poder apreciar...
Beijinho! Continuação de uma feliz semana!
Ana
pois é nao esta facil e por aqui cada dia piore que venham dias melhores desejo tudo de bom saude bjs
ResponderEliminarEstamos perdidos, escondidos e temos medo de atravessar as margens...
ResponderEliminarMas é lá que está a resposta....mesmo que seja fácil....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
... E cada vez mais impotentes nos vimos...
ResponderEliminarMas querer é poder: não nos deixemos vergar.
Beijinhos, amigo Jaime.
Olá, querido amigo, Jaime, um intrigante poema que me faz pensar.
ResponderEliminarAchei lindo:
"...a queimar laços que tombam apagados para a negra vertigem do nada."
Faz parte da viagem do ser humano queimar laços, alguns presentes que não abrimos, cada um por seus próprias razões em determinado tempo no espaço onde as coisas acontecem.
Pior mesmo é estarmos nas mãos de ditadores insensíveis disfarçados de "gente do bem"...É estarmos socialmente a caminho do nada como humanidade.
Adorei a leitura e reflexões como sempre, poeta!
Abração e bom final de semana!
Viajamos obrigatoriamente confinados...
ResponderEliminarAlento, só na poesia.
Jaime, gostei do que li.
Beijo, saúde.
Boa tarde de lá, Jaime!
ResponderEliminarVamos viajando nas asas do coração, é só o que podemos...
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
Bom dia de sábado, amigo Jaime!
EliminarVocê está aqui:
https://espiritual-marazul.blogspot.com/
Abraços fraternos de gratidão
Há sempre uma incógnita a bater-nos à porta!
ResponderEliminarFantástico, como sempre, Jaime
Continuação de boa semana
que poema tremendo Jaime!
ResponderEliminarEstos versos...Sentimos las manos oxidándose
en el amanecer de las lágrimas,...me han conmovido profundamente!
Asi estamos, bastante desconcertados frente a todo lo que se sale de control y perturba nuestras vidas cotidianas. Una poesia muy bella sobre una realidad que preocupa, pero que hay que afrontar con actitud positiva y esperanza. Mi abrazo en la distancia, y siempre un placer leerlo!
Um poema que diz tanto do dia a dia. Adorei o poema!:)
ResponderEliminar-
Um colo que oferece o seu carinho... |Blogue; Com Amor|
-
Beijos, e uma excelente noite!
Olá, amigo Jaime, tudo tão real e tão triste... Assim estamos e não sabemos muito bem as curvas do caminho! Aguardemos!
ResponderEliminarLindo poema apesar de triste e preocupante, meu amigo.
Aplausos!
Beijo, um bom fim de semana.
Viajamos confinados, mas não podemos confinar a imaginação. Só ela nos pode libertar.
ResponderEliminarExcelente poema.
Abraço e saúde
Bom dia Amigo Jaime!
ResponderEliminarConfinados viajaremos enquanto a nossa mente nos deixar
e o ego da alma não nos perturbar. Hoje viver é um mistério, é uma incógnita.
Amei o teu poema amigo Jaime. Obrigada e Parabéns pela tua inimaginável inspiração poética.
Hoje estou no "Café Poético" da amiga Gracita, se puderes passar ficarei feliz.
Beijinhos Jaime e fica bem.
Luisa
Great story poem.. Have a nice weekend
ResponderEliminar"De mãos atadas no peito". Por isso nos negamos os abraços neste tempo de uma tragédia sem fim... Muito belo, meu Amigo Jaime.
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Um beijo.
Olá, meu!
ResponderEliminarVivemos confinados, até quando?
Talvez até nós próprios sermos ... finados...
Bom fim de semana!
Jaime, as aflições e tormentos que nos assolam são do conhecimento de todos, já que por todos vivenciados. Mas aplaudo você, pois seus versos mostram a realidade com riqueza de colocações. Gostei demais!!! Abraço.
ResponderEliminarviajaremos confinados como num rio sem margens
ResponderEliminarBelo poema
abraço
Viajamos confinados, temos medo de nós mesmos. Excelente poema amigo. Bom fim de semana. Beijinhos
ResponderEliminarEm caminhos estreitos não podemos vacilar. É só seguir em frente com os cuidados que a Vida nos abre.
ResponderEliminarBelo Poema. Parabéns, Jaime.
Abraço
SOL
E quando se esperava um mundo novo (cumo siempre) viajamos na cauda do cometa. Nem tiros, nem lírios, nem ...
ResponderEliminarCaro amigo Jaime, o olhar é - por vezes - este de alma que pintas no teu poema.
Beijo.
Jaime,
ResponderEliminarEstamos confinados
e presos de uma situação
mas nossa mente
nos faz livres e
nos dá a alegria
da poesia.
Lindos versos
Bjins de sábado
CatiahoAlc.
É sempre um prazer descobrir mais um companheiro de ofício, Jaime.
ResponderEliminarFaltam-me tempo, acuidade visual e condições físicas para visitar mais do que os três ou quatro blogs que diariamente visito, mas farei por cá voltar!
Abraço
Poesia de fino recorte literário.
ResponderEliminarCativa o leitor.
Gostei e também já deixei gosto no blog
Indesmentivel esta viagem que por mais imaginativa que seja nos controla , nos estiola
ResponderEliminarMas, deixa que os olhos vagueiem , que sejam ciganos em viagem nómada . Enquanto houver um aceno, libertamos as mãos da prisão na alegria de um “ à bientôt “ .
Um beijo, sempre😘
Fantástico poema! "Viajamos confinados"
ResponderEliminarBom fim de semana
Bjs
Viajamos confinados e aimda mais estamos nos confinando....
ResponderEliminarPOeta , abraço amigo
E ainda sem perspectivas de melhor
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
JP
ResponderEliminartempos estranhos, vivemos asssustados, presos e com enorme desalento.
o seu poema traduz isso tudo.
boa semana com saúde!
se cuide!
beijinhos
:)
Não poderia haver melhor descrição do que o teu lindo poema, meu querido amigo Jaime!
ResponderEliminarComeça a haver um certo cansaço, até entre os mais pacientes, mas... temos que nos resignar e aguardar por melhores dias.
Desejo uma semana feliz
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Bonitas palavras!
ResponderEliminarAproveito para desejar uma boa semana!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
esse teu poema abre margens para tantas interpretações, Jaime, que nem sei direito o que comentar, às vezes certas palavras não ficam à altura da intenção do poeta, apesar de que sei que há sempre uma curiosidade pelo retorno de quem nos lê. um abraço!
ResponderEliminarIntenso poema amigo Jaime, saludos a la distancia.
ResponderEliminarOlá querido amigo Jaime,
ResponderEliminarFico deliciada com as suas palavras, tão bem escolhidas e escritas de maneira tão inteligente.
Gostei desta passagem:
"Somos filhos incógnitos de um querer
estrangulado pelo inamovível asceta
que persiste de mãos atadas no peito."
Fique bem, beijinho!
Um poema belo feito de matéria interligada. E se o medo ocupa
ResponderEliminarespaços, que seja transitório
no vazio de cada momento.
Não podemos viver desse medo.
Sei que o tempo não é o mesmo,
mas aprenderemos a viagem. A
Natureza será sempre nossa mãe.
Um abraço, Poeta.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarPoema magistral, caro amigo Jaime Portela
ResponderEliminargostei muito.
grande abraço. parabéns.
É assim que me sinto.. / aprisionada/ numa viagem na cauda de um cometa em extinção... mas tenho esperança que esta negra vertigem se dilua e possamos todos voltar a viver sem medos, sem gatinhos, sem algemas...
ResponderEliminarMaravilha de poema!! Beijinho
O menino não é sensível o tema da Fome e Miséria?!
ResponderEliminarAinda está aberto...
Vem Vivenciar a Vida, Jaime.
Sorrsssss...
Tudo pelo melhor
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