Trôpegos,
caminhamos dúbios a rezar
por
um céu mais limpo e luzente,
somos
medíocres infalíveis
a
promover mediocridades
ou
andamos de rastos
na secura
do martírio transpirado
em
desalento coletivo.
A
postura, num modo desviante
e
desgraçado em tempos traiçoeiros,
porque
ficamos focados
nas
consequências da noite
à
luz de faróis invertidos
que
não iluminam as causas,
dobra-nos
a convicção pela espinha
e
não rompe o manto escuro
que
nos ata a crescença.
Humanos,
somos gente descuidada
sem
estrela nem rumo, que se lamenta
e
não se governa no barro da hipocrisia
onde
alegremente fervilha,
nem
se deixa governar no lamaçal
que sem o sentir o perfilha.
© Jaime Portela, Novembro de 2020
" somos gente descuidada
ResponderEliminarsem estrela nem rumo, que se lamenta
e não se governa no barro da hipocrisia
onde alegremente fervilha,
nem se deixa governar no lamaçal
que sem o sentir o perfilha."
Magnífico! Disseste tudo!
Beijinhos, amigo Jaime!
Somos mesmo isso tudo? Verdade?
ResponderEliminarPoema fascinante, maravilhoso, sabiamente bem escrito, usando palavras (versos) fortes, intensas, recheadas de poesia. Gostei muito de ler.
.
Abraço
Muito legal esse seu espaço. Estou adorando os textos e voltarei para ler os demais! um abraço!!
ResponderEliminarQuerido Amigo Jaime, vivemos tempos estranhos e loucos. Completamente trôpegos, como tão bem dizes.
ResponderEliminarUm poema, onde toda a "baralhada" que experienciamos está espelhada e magistralmente traduzida.
Como sempre, Amigo, a tua genialidade está bem patente.
Beijo de luar
Adorei o poema, palavras tão verdadeiras ditas duma forma bonita.
ResponderEliminarObrigada
Beijinhos
Infelizmente somos tudo isso.
ResponderEliminarEscrito desta forma parece algo de bom.
Beijo
wow great poem very profound
ResponderEliminarUm poema absolutamente fascinante!
ResponderEliminarContinuação de boa semana, Jaime
Um poema brilhante! :))
ResponderEliminar--
Pensamentos que ficam entre a saudade
-
Beijo e uma excelente noite :)
Poderoso
ResponderEliminarCom passagens altamente filosóficas e de uma profundidade assinalável
Gostei
Ainda que as causas fossem bem iluminadas, manteríamos os olhos fechados, Jaime. Somos humanos, frágeis e muito erramos, mesmo em momentos de desalento coletivo, como menciona. Uma apreciação poética brilhante. Abraço.
ResponderEliminarEstamos realmente perdidos e loucos à espera... que tudo acabe sem percebermos que temos que unir esforços.
ResponderEliminarBrilhante
Beijos e abraços
Marta
Um excelente poema.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Denso isso, meu amigo Jaime, mas é a pura realidade em palavras poéticas, muito bem elaboradas.
ResponderEliminarA verdade é que andamos mesmo de cabeças baixas, curvados e cegos, achando que preces resolverão e dando poder aos nossos algozes, uns sabendo o que fazem, outros não.
Mais um belo compartilhamento, parabéns!
Abraço e bom final de semana!
Olá, amigo Jaime, gostei muito desse seu poema, forte e denso que pode bem retratar os tempos árduos que estamos passando, em todos os quadrantes do mundo.
ResponderEliminarMeus parabéns, Poeta!
Grande abraço e um bom final de semana.
Por isso tudo que você narrou nesse excelente poema, mostrou como somos na verdade, desde os primórdios da civilização. Evoluímos sim, mas pouco em sentimentos, sem conscientização. A barbárie ainda muito presente. Estamos vivendo uma pandemia com muito a cuidar, pois muitas vidas já foram perdidas, muito sofrimento poderia ser evitado. Em muitos lugares ainda continua o descaso, pessoas sem máscaras, sem isolamento infectando outros.
ResponderEliminarPoema muito verdadeiro , denso.
Beijo, querido amigo poeta.
Bom dia!
ResponderEliminarUm poema forte!
A angústia da vivência humana refletida em alguma situações dececionantes, que nos deixam numa deriva instável.
ResponderEliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
Amanhã será outro dia
ResponderEliminarHá muito não se escrevem cartas de amor, mas também há muito a sociedade se esqueceu que há muito mais para além do correr em prol do ter. Há muito poderiamos ter abraçado mais, beijado mais, visitado mais aqueles que sabiamos preisar de companhia, mas não fizemos nada disso. Agora, " tropegos," caminhamos no meio " de uma " multidão de nadas" , trôpegos vamos nós por caminhos vazios de gente, escuros de meter medo; caminhamos trôpegos, mas também camuflados tentando assim que o virus não nos decubra; pode ser que a praga não nos descubra, mas, nem nós, somos capazes de reconhecer aquele grande Amigo que por nós acabou de passar, poque também ele se esconde para não ser apanhdo. Mas, será, que noutros tempos, nós já não passamos por esse Amigo e nem sequer o vimos tal era a correria, tanto dele quanto nossa? Com certeza que sim, Jaime. E agora? Será que algo mudará nas nossas atitudes quando tudo passar? Se o virus nos poupar, será que vamos pensar nas nossas carências afectivas de hoje e passar a dar-lhes o valor que sempre deveriam ter tido? Será?...será?...será?...
ResponderEliminarHoje só temos incertezas, Amigo! Uma coisa é certa...o teu poema retrata bem a situação em que nos encontramos. Um beijinho e SAÚDE para todos à tua vokta.
Emilia
A nossa evolução passa mais pelo Ter do que pelo Ser...
ResponderEliminarProfundo poema , este!
Beijinho, meu querido amigo, bom final de semana
Excelente mensagem poética.
ResponderEliminarBom fim de semana
Bj
Este tiempo que nos toco vivir es muy raro. Un poema profundo y bello. Saludos amigo Jaime.
ResponderEliminarO teu excelente Poema demonstra que ainda somos demasiado primitivos e aprendizes por conta própria; custará a aceitar que "[...] somos gente descuidada
ResponderEliminarsem estrela nem rumo, que se lamenta
e não se governa no barro da hipocrisia
onde alegremente fervilha[...]".
Um tempo virá... a tempo?
Parabéns, Jaime. É uma delícia ler-te.
Abraço
SOL
Somos realmente seres descuidados. E agora o desalento roubou-nos o sorriso e manietou-nos os braços. Um poema que é um grito de alarme, meu Amigo Jaime.
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Muita saúde.
Um beijo.
E ainda não se vê luz no fim do tùnel.Somente o seu poema dá consolo nesta tribulição
ResponderEliminarabraço
We have become careless people, haven't we!🙁
ResponderEliminarHaving, rather than being, has possessed our consciousness for too long now...maybe it is time to seek the spirit within and to heed it's council...before it is too late!
Another amazing poem...that carries a dire warning, my friend.
We would do well to heed it's message!
Have a great day!😊😊
Kisses xxx
Tempos difíceis e conturbados na sua poesia a merecer uma leitura atenta! Bj
ResponderEliminarUm raio x perfeito e contundente caro Jaime.
ResponderEliminarA estrutura bonita não esconde o furor de suas criticas,
com as palavras em efervescência. Somos esta mistura química,
somos este barro estruturado.
Belíssimo trabalho engenheiro das palavras.
Uma semana leve e alegre com todos os cuidados amigo.
Meu abraço de paz.
Um poema muito profundo e cheio da dura realidade!
ResponderEliminardestaco esta brilhante passagem:
"Humanos, somos gente descuidada
sem estrela nem rumo, que se lamenta"
Votos de uma semana feliz Querido Amigo Jaime!
"porque ficamos focados
ResponderEliminarnas consequências da noite
à luz de faróis invertidos
que não iluminam as causas,"
As tuas palavras são tão assertivas, caro Jaime! Vivemos num mundo contaminado e vai levar tempo e para sairmos do lodaçal. E os efeitos são de angustiante dimensão.
Beijo.
Maravilhoso poema,amigo Jaime. E tão atual pelo que vemos na política! Adorei!
ResponderEliminarObrigada pela visita e volta sempre.
Beijos sabor carinho e uma segunda_feira de paz
Donetzka
Blog Magia de Donetzka
JP
ResponderEliminarum pouco forte.
vivemos tempos estranhos e cheios de medos.
boa semana.
beijinhos
:)
O pior é que a irresponsabilidade e a inconsequência de uns acabam com a retidão de outros. Belo e profundo poema amigo Jaime.
ResponderEliminarAbraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
deixo um abraço, com votos de boa saúde, caro Jaime Portela
ResponderEliminargostei muito do poema.
muito bem escrito. parabéns!
Desde que o Homem se esqueceu do Ser e passou a viver em função do Ter, começamos a regredir enquanto humanidade.
ResponderEliminarAbraço saúde e boa semana
Bom dia de serenidade, amigo Jaime!
ResponderEliminarSomos seres mesquinhos muitas vezes, perdemos tempo com descuidos fatais em muitos sentidos.
Bonito e profundo alerta poético.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos de paz e bem
Oi Jaime? como vão as coisas desse lado de cá?
ResponderEliminarPor aqui o virus só aumenta, reclusão e mais reclusão.
Seu poema nos traduz que ainda temos muito a caminhar apesar
dos feitos ainda somos muito primitivos. É triste.
As vezes me pego pensando que com toda a tecnologia que temos a nossos
pés ainda caminhamos lentamente em muitas questões que diz respeito ao ser humano.
Abraços a ti e para os teus;
Continuação de uma boa semana.
Excelente poema, que, com muita elegância, nos põe a alma a nú.
ResponderEliminar"ou andamos de rastos
na secura do martírio transpirado
em desalento coletivo."
Estes versos, dizem como nos sentimos manietados e indefesos.
Um abraço.
Muito bonito dewejo muita saude bjs
ResponderEliminarBom dia Jaime,
ResponderEliminarUm poema magnífico, versando a atualidade, de que gostei bastante.
Um beijinho,
Ailime
Tempos difíceis com pessoas difíceis como todos nós! ;)
ResponderEliminarbeijos
https://ludantasmusica.blogspot.com/
Poema do desalento, querido amigo Jaime... 😥
ResponderEliminarSem dúvida, o mundo é muito imperfeito por culpa do Homem (humanidade, claro).
Ainda que não haja motivos para ter grandes esperanças em dias melhores, não podemos baixar os braços nem deixar que o desânimo nos domine.
Temos que ser fortes e, assim, venceremos!
Excelente poema.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Eu creio que este humanos tão pouco solidários, de pouca humanidade e empatia... até sentem o lamaçal, que criam para si mesmos... o problema... é nunca o admitirem...
ResponderEliminarDesde que se conhecem por gente... comunicam... mas o entendimento... parece não fazer parte dos caminhos que enveredam... a divisão em todas as matérias... segue-lhes os passos...
Um poema absolutamente notável, que não poderia traduzir melhor, a essência humana, na sua grande maioria... de pouca fé... e poucas causas...
Beijinhos! Bom fim de semana!
Ana
Pensar na que foi feito na destruição do planeta!
ResponderEliminarE para preservar algo criaram as zonas protegidas...
Um poema realista, atual e permanente. Magnífico!
Gostei muito, Jaime.
Boa semana. Abraço, amigo.
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Ps ~ Como não aparecias, logo calculei que por lapso
deveria ter esquecido algum comentário... Sorrisos.
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