Estamos zangados com a lua,
com o céu
e com o que se passa na rua.
Andamos com esta desavença
na mala onde guardamos
as inutilidades que conquistamos,
mas a nossa alma é a mesma:
é uma liga de inferno e paraíso
caldeada pela luz
e pelas trevas do que somos.
E somos apenas a convulsão
de uma coisa que não dominamos.
Mas vivemos,
porque somos génios da ambiguidade
entre o grande e o elementar,
engrenados na imperfeição
das rodas dentadas humanas.
© Jaime
Portela, Maio de 2022
Posturas dee espécie dominante
ResponderEliminar☺️
Um poema muito, muito interessante.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Um excelente poema de que gostei.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
" Calamos o que sentimos " umas vezes, por assim se fazer necessário, outras por cobardia e muitas porque sabemos da nossa pequenez perante o que se passa no mu do. Podemos até gritar que ninguém nos escutas. Aprendi, com o passar dos anos que, com determinadas pessoas e em certas circunstâncias, o melhor é guardar dentro de mim o que sinto, embora isso me cause uma certa tristeza; não gosto de guardar aquilo que , sei, deveria dizer, mas...enfim...guardo. Estamos a atravessar momentos preocupantes, onde vemos atrocidades inimagináveis cometidas por seres que se dizem humanos. Começamos a ficar zangados com a lua, com o sol e com as demais divindades que, apesar das rezas, dos pedidos, das energias positvas, não acodem ao choro das crianças, ao desespero de mulheres e homens que se veem obrigados a fugire dos misseis que caiem a toda a hora e em todo o lugar. Não têm direito sequer de olhar a lua, pois o escuro dos fumos a cobre por inteiro e, se ao amanhecer, o sol raiar, também ele se esconde imediatamente por trás das cortinas enegrecidas. Pobre gente, a que morre, a que foge, a que combate e também pobre daqueles que não têm o minimo de respeito pela vida humana. E nós, Jaime? Pobres de nós que, por mais indignados e zangados, temos de calar, pois ninguém quer saber da nossa mágoa. Nem mesmo a lua. Um beijinho, Amigo e desculpa a minha ausência. Ser avó é uma delicia, mas, de vez em quando, essa função torna-se mais exigente.
ResponderEliminarEmilia
Bom dia, Jaime
ResponderEliminarAndamos zangados, e nem sabemos bem o que queremos. E seguimos desconsoladamente pela vida, vegetando e não vivendo. Somos criaturas interessantes...
Gostei muito! Bom poema. Beijinhos:)
Lindo poema e por vezes as pessoas não sabem com quem se indignar, o fazem até com a pobre lua,rs...abraços, chica
ResponderEliminarSuper interessante! Deixou-me a pensar.
ResponderEliminarUm feliz dia
Olá, caro amigo Jaime,
ResponderEliminarEsta constante inquietação faz parte da natureza humana. Nunca sabemos o que queremos, nem o que não queremos. E nesta ambiguidade e contradição, lá vamos caminhando...
Excelente poema!
Gostei muito.
Continuação de boa semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Porque somos genios de la ambigüedad entre lo grande y lo elemental, si lo he entendido bien, es un resumen genial de lo que somos. Así nos van las cosas pero de esta dualidad hemos crecido y, con ella a cuestas, hemos logrado un desarrollo asombroso: nuestra creatividad humana no tiene límites. Me ha gustado mucho este enfoque poético, saludos muy afectuosos y cordiales.
ResponderEliminarA lua, sempre ela a espiar-nos, nesse silêncio tão seu.
ResponderEliminarMas é um bom elemento para a inspiraçõ.
Belo, aquilo que expressas em verso.
Os nossos movimentos lá vão ingrenando.
Forte abraço de vida
Andamos zangados, por vezes, temos vontade de gritar, mas acabamos por não o fazer....
ResponderEliminarRefilamos com o tempo, com a Lua, até com o Mar....talvez porque não sabemos como ninguém nos escuta, fechados que estão nas suas próprias desavenças.
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
... "mas a nossa alma é a mesma: é uma liga de inferno e paraíso caldeada pela luz
ResponderEliminare pelas trevas do que somos." - destaco esses versos , porque me chamou a atenção pela coerência do que Gustav Jung estabeleceu em seus estudos da psique de que o homem traz em si: a luz e a sombra.
Quando a Lua nos inspira poesia, estamos luz. Quando nos zangados com ela, estamos sombra. Fantástico!! Mil parabéns poeta, por tua criatividade, talento e perspicácia. Adorei.
Beijo de luz.
Splendida poesia, molto veritiera. Complimenti Jaime, buona serata.
ResponderEliminarBoa tarde Jaime,
ResponderEliminarOutro poema que revela a alma inquieta do Poeta!
Somos por norma insatisfeitos e tudo ou quase nos desagrada.
A vida pode ser bela se apreciarmos as coisas mais simples que nos oferece. E é tanto!
Beijinhos,
Ailime
Poema lírico muito agradável de ler. Intenso, profundo, reflexivo. Gostei muito
ResponderEliminarCumprimentos.
Asim somos, como bem dis, imperfectos, debaténdo noss sempre entre dualismos, atesourando o inservibel o que não podemos levar com noss ao final.
ResponderEliminarGosto de poemas que fazem reflectir.
Meu abraço
Estamos zangados com a lua, com o mundo mas o mundo também somos nós.
ResponderEliminarOlá, adorei o poema.
ResponderEliminarQuando estamos zangados, o mundo é sempre o primeiro que paga, porque ficamos tristes com tudo e todos.
Beijinhos.
Gostei muito do poema. Obrigada pela partilha!
ResponderEliminar-
Soltam-se os versos nas asas do destino
Beijos, boa noite!
Olá caro Jaime.
ResponderEliminarEu não me zango com a lua, nem com o céu, nem com a luz e o calor do sol, mas posso me zangar com o ser humano.
Bom resto de semana.
Beijo!
Boa noite, nobre poeta !
ResponderEliminarGostei demais do seu espaço e da forma como escreve, e por aqui ficarei. Sua poesia é de uma interessante realidade, parabéns !
Deixo meu abraço fraterno, e a certeza de dias melhores.
Dan
https://gagopoetico.blogspot.com/2022/05/a-mesma-alma.html
Olá, amigo Jaime,
ResponderEliminarquando o Poeta diz estar zangado com a Lua, certamente
tem boas razões para isso.
Fico a pensar o que farão os poetas sem o brilho da Lua?
Um bom final de semana, amigo Jaime.
Grande abraço.
Profundo poema que te hace reflexionar. Te mando un beso.
ResponderEliminarAqui estamos zangados com o sol.
ResponderEliminarO sacana desapareceu há uma data de dias.
Abraço, bfds
you depict human "greedy" brilliantly...
ResponderEliminar# Have a wonderful day
Os tempos estão propícios às zangas...
ResponderEliminarE já não sei se vivemos ou se vamos sobrevivendo...
Beijinhos e siga a vida!
Não me consigo zangar com a lua... já com outros elementos 🤭... 👏👏👏 Bom fim-de-semana 🙏
ResponderEliminarOlá, caro amigo Jaime,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um Feliz fim de semana, com muita saúde.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Me ha gustado un montón ♥
ResponderEliminarInteressante! Também concordo. Estarmos zangados com o que nos rodeia e não se ajusta ao nosso ser.
ResponderEliminarMagnifico, Jaime.
Parabéns.
Abraço
SOL da Esteva
Cada quien a su modo aprende a sobrevivir esta vida
ResponderEliminarque es solo responsabilidad nuestra saber como vivirla y que al final de los días
no nos encuentre vacíos...
Un abrazo.
Boa tarde JP
ResponderEliminarUm poema muito interessante e descncertante.
Acho que andamos zangados não é com a Lua é com outras coisas!
Continuação de um domingo Feliz.
Boa semana com muita saúde e harmonia.
Um beijo.
:)
Reflexivo poema amigo Jaime. Saludos. Un placer leerte.
ResponderEliminarQuerido Amigo Jaime, esplêndido este seu poema!
ResponderEliminarMuito profundo, faz-nos reflectir. Gostei muito.
Tenha uma excelente semana, beijinho!