Não sei o que há nas bocas do mundo.
Vê-se rapidez e lentidão,
segurança e incerteza, tudo e nada.
Nelas, há ternuras irresistíveis
ou esgares que provocam sustos vivos
nas paredes das fronteiras
numa fúria impiedosa na pele de outra cor.
Há sempre bocas presentes
nas emoções que sobem da alma,
num salto, aos cumes da vida,
tal como nas tristezas
que gotejam lentamente até aos pés.
Mas também há apatia,
real e aparente,
de bocas bem desenhadas.
Há gravatas, há lenços,
adereços que dormem como livros
numa estante da sala,
batons irrelevantes para os lábios.
Não sei o que há nas bocas do mundo.
Mas sei que é vida, boa ou má,
o que se espalha, corpo a corpo,
a partir de qualquer boca.
© Jaime
Portela, Junho de 2023
Parece mesmo que a humanidade do dito ser humano está em " vias de extinção " e, apesar de haver quem tente " salvar a espécie ", ela continua no mesmo caminho. Eu também não sei explicar tanto desatino , mas sei que não terei tempo e muito menos esperança para ver qualquer mudança. Nota-se no povo o desalento, a impotência, o descrédito, apesar da animação nas festas populares que se realizam por toda a parte; como se costuma dizer, " nem só de pão vive o homem " e por isso , nesses dias de folia, canta-se e dança-se para atenuar a tristeza de pouco ter o que pôr na mesa. É assim, Jaime e valha-nos o sto António, s João e S Pedro que alegram as nossas cidades nestes tempos tão conturbados. Voltei, Amigo, mas a minha esperança de um mundo melhor não veio comigo e, se queres que te diga, nem sei onde ficou Beijinhos e que a vida te abençoe com saúde para ti e para os teus
ResponderEliminarEmilia
Ou seja: o mundo anda de pernas para o ar lol. Gostei muito de ler. Cumprimentos poéticos
ResponderEliminarNão saber pode ser a mais suprema manifestação de existir.
ResponderEliminarFaz-nos abraçar o belo.
Saber, é o inicio de entrarmos na ausência de beleza. É o que eu acho
Forte, amigo Jaime
A humanidade está em vias de extinção, nas mentes dessas personagens bem vestidas e mal formadas, como se o mundo apenas girasse à sua volta. Num egocentrismo nefasto e cruel, onde a humanidade não existe, no seu ego irracional.
ResponderEliminarExcelente poema, caro amigo Jaime!
Gostei muito. Parabéns!
Continuação de boa semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Não se sabe o que há... Há muita tristeza e desalento...mas continuo a acreditar que há também esperança...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
A POESIA do Jaime também por vezes nos inquieta, mais subtilmente do que a prosa ultrabrutal de Cormac McCarthy.
ResponderEliminarO desassossego é absolutamente a missão da literatura e da arte.
Continuação de boa semana, caro poeta.
Um abraço da aldeia do Düssel 🥵 onde o calor impera.
Gostei deste poema amigo Jaime.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Os mais antigos temiam cair nas bocas do mundo (outra significação, óbvio), mas agora o poema do Jaime deixou-me a pensar: terá o mundo pernas para andar? Sim, tenhamos esperança... ela será sempre a nossa primeira condição!
ResponderEliminarAbraço caro amigo, óptimo fim de semana
Un gran poema. Profundo y muy reflexivo.
ResponderEliminarNo perdamos la esperanza.
Un abrazo.
Gostei, mais um excelente poema!
ResponderEliminarCláudia - eutambemtenhoumblog
Que poema maravilhoso! Parabéns!
ResponderEliminar.
Coisas de uma Vida...
.
Beijos. boa tarde.
Talvez essa tremenda dúvida que o Jaime manifesta de forma poética, mas tão real, advenha do facto de hoje todas as bocas falarem e, quase sempre, contestam, reivindicam, gritam e pior, todas se acham com razão e falam ao mesmo tempo.
ResponderEliminarJá não há sossego nem palavras de entendimento.
E, esses de gravata, são os que mais a boca abrem...
Um forte abraço de apreço pelo seu norme talento poético.
PS- Quando puder, Jaime, dê um saltinho ao meu estaminé, ao post das masgaridas. 🙏
Olá, amigo Jaime!
ResponderEliminarBocas presentes e não omissas são as melhores se edificarem e usarem a fala para o bem comum.
Gostei dos questionamentos de todo tipo de pronunciamento.
Deus abençoe você e sua família!
Abraços fraternos
É verdade Jaime... mas sinceramente, acredito que assim tenha sido sempre! Bj
ResponderEliminar
ResponderEliminarAMIGO JAIME
infelizmente há muito tempo que me dei conta disso
sempre fui muito realista, já não me iludo
o que é isso de "ser humano" nesta selva em que vivemos?
Se dentro das nossas paredes há tantas mortes por violência doméstica, como querem que desconhecidos nos tenham amor ou carinho?
Por aqui, caso me queiras visitar há posts novos:
https://pensamentosimagens.blogspot.com/
http://tempolivremundo.blogspot.com/
Bom fim de semana, bjs
A versatilidade do mundo e o pulsar da vida.
ResponderEliminarUm abraço.
Olá, amigo Jaime, gostei muito deste seu inspirado poema,
ResponderEliminarque à boca dá relevo.
Tema bem explorado pelo amigo e talentoso poeta.
Votos de um bom final de semana, com paz.
Grande abraço.
Profundo poema. Te hace reflexionar sobre nuestro mundo . Te mando un beso
ResponderEliminarInfelizmente demasiadas vezes fel e ódio.
ResponderEliminarAbraço, bfds
In the mouth of the world there are kisses and arrows, my poet friend.
ResponderEliminarSo we continue to marvel at the beautiful things that life presents us with.
A good weekend to you!
ti posto qui ma è sufficiente che tu la legga per poi commentarla da me senza pubblicarla essendo off topic, la mia poesia di oggi poiché l'ho postata in video. Mi sembra corretto anche questa volta lasciarti il testo. La poesia riguarda un fatto di cronaca di un incidente d'auto dove ha perso la vita un bimbo di cinque anni, fatto accaduto in questi giorni in Italia, ma è lo spunto, vista la dinamica ed i colpevoli ossia degli youtber che si filmavano mentre facevano una sfida, per parlare anche del degrado dell'Italia.
ResponderEliminar"ERA UNO DI NOI"
Bandiere a mezz'asta
Sì ma per questo Paese
Dall'encefalogramma piatto
Senza più alcuna dignità
Ubriaco di follia ed arroganza
Strafatto e beota come il suo popolo
Suo specchio fedele
Suo Apostolo ineguagliabile
Bandiere a mezz'asta
Anzi proprio tolte del tutto
Per te bimbo di 5 anni
Che muori senza colpe.
Guardo il vostro video
E vedo un invasato
Eccitato da un'auto che ha solo noleggiato
Ma che sente come totalmente sua
Cinque teste di cazzo su una Lamborghini
Una sfida da documentare
50 ore ininterrotte alla guida
Dandosi il cambio.
È una sfida idiota
Non è nemmeno una prova di coraggio
Al massimo di resistenza
Ma parliamo di guidare una macchina
Non di sopravvivere nel deserto per un mese
Senza nulla.
Ok volete documentare questa ideona
E perchè noleggiare un bolide super lusso
E non fare questa sfida con una Panda
Intanto non è una gara di velocità
E 50 ore sono sempre 50 ore
Sia al volante di una Panda che di una Lamborghini
Perchè lo scopo non è la sfida
Ma essere alla guida proprio di un'auto inarrivabile
Fare audience on line mostrandovi su quel bolide
Come degli sfigati
Voi siete i responsabili di questo assassinio
Ma non sono da meno tutti quelli che vi hanno seguito
Chissà, forse, incitato a fare questa stupida bravata
E magari anche spronato ad andare più forte
Immagino già qualche commento
"Figa pigiate di più su quell'acceleratore
Siete su una Lamborghini mica su una Panda..."
E tu lo fai
Esaltato
Invasato
Drogato
E lui a soli 5 anni muore per causa tua
Vostra.
Ed a tutti voi
Che come me
Nemmeno sapevate
Della loro vuota esistenza
Vi chiedo di non cadere nel solito tranello
Li vedrete presto
Magari anche solo uno o due di loro
Pentirsi
Dire che non immaginavano
Che potesse accadere nulla del genere
Che non ci dormono la notte
Voi non abbiate nessuna pietà
Mentono
E se non mentono hanno un Q.I. di un'ameba
Perhè se guidi come un pazzo su un'auto sportiva
E non sei nemmeno così esperto al volante
E magari ti stai filmando alla guida
Beh non puoi non pensare
Che un incidente non possa succedere.
Quindi che mentano o siano sinceri
Non meritano la vostra compassione
Concedergliela vorrebbe dire
Uccidere quel bimbo una seconda volta
E ferire duramente ed ulteriormente sua madre.
Lutto nazionale
L'Italia è morta
E con essa
È morta anche un'ampia maggioranza del suo popolo
Arrogante, becero e superficiale.
Vuoto cosmico nel cervello
Aridità devastante nel cuore
E quei pochi che ancora
Un'anima ce l'hanno
La proteggano
Salvaguardandola
Dal marciume che abbiamo intorno
E non lascino mai
Che anche un solo dubbio li sfiori
L'essere una minoranza
Non vuol dire essere dalla parte del torto
Essere in minoranza
Non deve farci vacillare mai
I pazzi sono loro
E se
Tutti vi saranno sembrati rinsavire
Sull'onda emotiva del momento
Non illudetevi
Tempo dieci giorni
E nessuno ricorderà più nulla
E buona parte di questo gregge da tastiera
Tornerà a ridere o ad esaltarsi
Per altri video simili
Appassionandosi ad altre sfide.
E se vi venisse mai
Nonostante tutto
Un breve momento di incertezza
Ripensate a quel povero bimbo
Lui era innocente
Era minoranza
Era una speranza per il futuro
Cancellata in modo assurdo
Era uno di noi.
DANIELE VERZETTI ROCKPOETA®
Potrei scrivere un saggio su questo tuo capolavoro ma sarebbero parole non all'altezza di questa tua poesia. I dettagli che usi per indicare tante vite tante bocche che unite insieme fanno la bocca del mondo, sono fotogrammi che prendono vita nella mente di chi legge. Stupenda, bravissimo!!!
ResponderEliminarTem sempre um sabor especial quando não se sabe o que se imagina e quer saber.
ResponderEliminarPoema que amei ler
*
Fim de semana com Saúde, Paz e Amor.
*/*
Olá, caro amigo Jaime,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um Feliz fim de semana!
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
E pensar que muitas vezes não nos damos conta que fazemos
ResponderEliminarparte das bocas insensatas apáticas os batons irrelevantes e alguma ternura.
E como dizes a vida 'boa ou má' caminha ...
abraço Jaime um bom abraço
Pois, há de tudo. Mas falta tanto!
ResponderEliminarHá vida, mas também falta dela. E muitas vezes, as bocas não sabem o que dizem, nem o que dizer.
Beijnhos e bom fim-de-semana!
Olá! Prazer! Vi seu comentário em um blog e vim conhecer seu cantinho. Adorei e virei mais vezes, curti muito seu texto, a humanidade anda esquisita demais, mas acho que ninguém passou a ser, e sim sempre foi, apenas agora estão mostrando. Que as bocas sejam sempre portas de boas ações, boas verbalizações e de bons beijos. Ótimo final de semana!
ResponderEliminarBoa noite, Jaime. São tantas as palavras de bençãos e maldições, de ira e paz nesse mundo onde a humanidade é feita de corpo sangrento. O racismo é uma total falta de respeito e achismo superior ao outro. Como disse uma amiga, vivemos uma "escravidão socializada". Teu poema é rico em cada estrofe.
ResponderEliminarSaudades. Parabéns. Paz e luz. Beijos na alma e excelente fim de semana.♥️😘🙏🏼💯
O teu despertar a gente tem um sentido bom e útil. Há demasiados assuntos sem os pés no chão...
ResponderEliminarParabéns, Jaime.
Abraço
SOL da Esteva
Nas bocas do mundo há de tudo. O bom e o mau. Nos gataríamos de andar por lá... Sempre inspirado, meu Amigo Jaime.
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Um beijo.
En la boca del Jaime, mundo aunque nos duela hay de todo, desgraciadamente en los pasos fronterizos, vemos como la libertad se coarta impidiendo el paso, el trato entre una clase social y otras es en algunos casos vejatorio, unos pocos viven al margen del dolor de muchos, la ambición y la injusticia se tocan ..
ResponderEliminarTu poema es fuerte denuncia, ojalá y sirviera para reflexion
Un abrazo
Boa tarde Jaime,
ResponderEliminarUm poema magnífico!
Nas bocas do mundo podemos ler tantas coias, mas o que talvez ressalte é o que vai no coração de cada um.
E sabemos que a humanidade não atravessa um momento agradável, antes pelo contrário.
Beijinhos e um bom fim de semana.
Ailime
Olá caro Jaime
ResponderEliminarEu também não sei
O que sei que prefiro
Ouvir e sentir as bocas boas
Bonito poema.
Boa noite, feliz domingo.
Beijo!
Sabe, Jaime?
ResponderEliminarEste é dos poemas, seus, que mais gosto tive em ler. Diz de tudo, das bocas que se atiram ao ar, sem noção, sem responsabilidade e que tanto mal fazem. Um mundo que dá voltas e mais voltas e acaba no mesmo lugar de sempre. Sem crescimento, sem juízo.
Bom fim de semana.
Um abraço
Olinda
En este mundo todos lo reconstruimos cada día, con lo que hacemos a diario vamos por esos laberintos que nuestra mirada de vida nos hace caminar y en ello ojlá seamos siempre fieles a neustros principios...aquellos que abogan por la mejor vida de todos y no luchas vanas...
ResponderEliminarAbrazos.