A cada dia que passa tudo acorda mais velho
e a esperança vai escurecendo
conforme nos soterrarmos em convenções.
O ser vai caminhando para fora e,
para ser visto,
sai pelos poros da pele e passa a envolver-nos
como a água dos rios faz às pedras.
Impulsionado pelo vórtice da Via Láctea
oriundo da hipocrisia,
agita-se como as previsíveis ondas do mar,
confunde-se com os outros e passa a ser global.
Habitamos um tanque infetado
que paulatinamente vai sendo tingido gota a
gota.
O remédio é deitar a lixívia da verdade lá dentro.
© Jaime Portela, Setembro de 2023
Vivemos mesmo num tanque infetado. Uma verdade indesmentível. Cada gota (pessoa) só não passa por cima de outra gota (pessoa) a fim de atingir os seus fins. Infelizmente é mesmo assim
ResponderEliminar.
Saudações poéticas. Feliz semana.
.
Bom dia de paz, amigo Jaime!
ResponderEliminarA hipocrisia tomou conta do planeta. Quiçá em outro mundo podemos encontrar transparência em todos os níveis.
Meu pai amado dizia: "o que não tem remédio, remediado está".
Tenha uma nova semana!
Beijinhos
Lixivia da verdade.
ResponderEliminarOra ai está um conceito que eu nunca tinha pensado, acho
🙂
Gostei jaime
Abraço
Olá talentoso Jaime,
ResponderEliminarBrilhante poema que, como quem nem quer a coisa, põe muitos pontos nos "is".
Adorei a intelectualidade com que foi escrito.
Um ótima semana para si! 🤗
Vivemos uma época em que a regra é não haver regras.
ResponderEliminarUm abraço.
Sim, meu Amigo Jaime, o mundo que habitamos está cheio de parasitas, de gente infetada pelo mal. Talvez fizesse bem uma boa barrela.
ResponderEliminarTudo de bom.
Uma boa semana.
Um beijo.
Straordinaria! L'idea di pulire quella vasca infetta che è la società con la candeggina della verità è un pensiero davvero super!!!!!
ResponderEliminarDifficile il percorso della vita fra inganni e ipocrisie....bisognerebbe ripulire tutto per un cammino armonioso...
ResponderEliminarEstamos parados... sem rumo...desinteressados...
ResponderEliminarComo sempre, um poema poderoso...
Beijos e abraços
Marta
Lixívia da verdade para branquear esta vida escura e cinzenta.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Bom dia, Jaime
ResponderEliminarO tempo voa, que possamos aproveitá-lo com sabedoria, poema reflexivo, desejo uma ótima semana, abraços.
Muy grato saludarte y disfrutar de tu buen poema.
ResponderEliminarExcelentes tus letras.
Feliz semana.
Un abrazo.
Nada mais verdadeiro, caro amigo Jaime.
ResponderEliminarVivemos tempos de enorme complexidade e confusão. Onde somos diáriamente intoxicados com conversa da treta.
Gostei muito.
Votos de uma excelente semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Mais uma vez a poesia de Jaime Portela prima pela apologia da autenticidade. Esta é uma caraterística que gosto na sua poesia e julgo que será uma marca da sociedade minhota, e ainda mais do seu litoral — com quem felizmente, convivi com frequência. É como diz: nos dia de hoje (globalização) o bem e o mal espalham-se a uma velocidade e com uma abrangência bastante grande. E o pior é que muitas vezes o mal vai se disseminando subrepticiamente, ora disfarçado, ora em pequenas doses, mas intensivas e constantes. Tudo isso está neste poema e no sentimento e preocupação do poeta. A literatura não é apenas para entreter autores e leitores, muito longe disso. São marcas sensíveis e muitas vezes perenes de uma época ou de um lugar. Este poema ficará para memória futura de uma forma massiva de comunicar, onde recetor e emissor estão cada vez mais distantes, onde se vai perdendo a autenticidade dos olhos-nos-olhos. Boa semana, amigo Jaime. A minha será terrível, cheia de aulas para e já me vai faltando as forças e o alento. Abraço.
ResponderEliminarParabéns! Lucida e profunda poesia, encantador versejar. Abraço e uma ótima semana.
ResponderEliminarO remédio é derramar nele o alvejante da verdade." ... > sim. O alvejante da verdade é a cura para todas as doenças malignas.
ResponderEliminarÁgua, sabão e lexívia branqueiam a roupa, mas não lavam consciências nem pecados. Se assim fosse metíamos no tanque da vida, infestado de corruptos e malvados e talvez as sociedades fossem limpas de verdade.
ResponderEliminarUtopia, utopia, que bom isso seria... :)
Beijinhos e boa semana, amigo Jaime.
"O remédio é deitar a lixívia da verdade lá dentro."
ResponderEliminarTus letras tienen mucha certeza. Así es la vida, así es el mundo.
Me gustó volver a leerte.
Un gran abrazo.
Malania
Cupoleno.com
Olá caro Jaime.
ResponderEliminarGostei do seu poema
É para se pensar...
Boa noite e feliz semana, que seja suave.
Abraço!
Profundo poema el humano va su destrucción por su falta de valores. Te mando un beso.
ResponderEliminarBeste momento, meu amigo necessitamos de uma imensidão de lixívia !!
ResponderEliminarBoa semana e um abraço, meu amigo Poeta.
Even though time is merciless, it only ages poets, not their poetry.
ResponderEliminar(ꈍᴗꈍ) Poetic and cinematic greetings.
Se fosse assim tão fácil a lixívia produzir o efeito desejado...
ResponderEliminarA globalização tira-nos a essência e arrasta tudo por igual para aquilo que não deveria ser. Estamos tão mal!
Beijinhos
Embora em sentido figurado era bem capaz
ResponderEliminarde dar bom resultado. Para isso é que
existem figuras de estilo, que nos permitem
encontrar soluções viáveis ainda que difíceis
de concretizar.
O mundo vai aos trambolhões e parece que cada
dia que passa mais se aproxima do abismo.
Os espertos é que tiram disso proveito.
Um poema de respeito, caro Jaime. Sempre a
focar o que vai mal. A poesia ao serviço da
da sociedade.
Um abraço
Olinda
Sentimo-nos mais confortáveis quando estamos por dentro da verdade.
ResponderEliminarNão podemos viver com premissas falsas.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Olá, Jaime
ResponderEliminarGostei da imagem da lixívia. Na verdade, quem dela não precise que atire as primeiras gotas!
Um abraço
Meu caro Jaime, quando se pode falar em justiça e verdade, é bom, mas em alguns lugares isso não é permitido. Deixa quieto.
ResponderEliminarSobre a ideia do livro do Bruno Ítalo, aqueles quadros são exclusivos e depois vão virar um livro digital, mas ele lançou este mês o primeiro livro chamado Exsicata. Eu escrevi a introdução do segundo livro, que achava que ia ser o primeiro, mas as coisas mudaram... Ele é muito bom! Se você tiver Instagram, vale a pena olhar as coisas diferentes que ele inventa.
Um abraço
Bom dia, caro amigo, Jaime! O seu poema é uma reflexão sobre a perda de identidade e de sentido na vida moderna, usando imagens e metáforas que contrastam a luz e a escuridão, o cósmico e o terreno, o individual e o coletivo. Uma grande verdade, crua e nua. Gostei imenso. Estou voltando, aos poucos, com o meu blog. Seria um prazer tê-lo por lá, um grande abraço!
ResponderEliminarJP
ResponderEliminarum poema pertinente e que achei muito oportuno.
vivemos num meio mesmo decadente e precisando ser desinfectado.
será que haverá lixívia que chegue?!
boa semana
:)
Vejo pelos comentários que todos sabemos como estamos infectados
ResponderEliminar_ e quem somos todos? estamos fazendo nosso papel? se estamos
já é meio caminho andado_ não vamos confundir-nos ou envolver-nos
"como a água dos rios faz às pedras" ... Sejamos proativos!
Um forte abraço, Jaime
Viver nunca foi fácil!
ResponderEliminarViver com dignidade está cada vez mais difícil!
Bom fim-de-semana 😘
Olá, caro amigo Jaime,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um Feliz fim de semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Olá, amigo Jaime,
ResponderEliminarmeus parabéns por mais essa excelente criação poética.
O seu poema A LIXÍVIA DA VERDADE é um poema com grande
força poética, que gostei muito de ler.
Aplausos, poeta!
Votos de um ótimo final de semana.
Grande abraço.
É pertinente manter as lixívias de modo a branquearem e a tornarem transparentes os "procederes".
ResponderEliminarIntervenção impagável, Jaime.
Parabéns.
Abraço
SOL da Esteva
Boa noite Jaime,
ResponderEliminarUma enorme criação poética numa critica muito bem construída sobre os males da nossa sociedade e para os quais não se vê solução à vista.
Só uma desinfeção teria o efeito desejado e mesmo assim, ainda haveria quem escapasse.
Gostei imenso deste excelente poema.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
Es desolador saber que la hipocresía se extiende como una mancha de aceite, que los que nos legislan confunden el servicio al pueblo por el servicio a si mismo...
ResponderEliminarDemasiado triste esta realidad
Leerte ha sido hermoso
Un abrazo
ResponderEliminarA cada dia que passa tudo acorda mais velho
e a esperança vai escurecendo...OH se vai...
Habitamos um tanque infetado...bem verdade!
Pois é amigo Jaime, que versejar tão verdadeiro o teu
Parabéns!
Excelente poema - reflexão sobre tudo e tanto!
Infelizmente caminhamos para pior...
Quando quiser visitar-me, há artigos novos aqui:
http://momentos-perfeitos.blogspot.com/
http://orientevsocidente.blogspot.com/
http://meusmomentosimples.blogspot.com/
Beijinhos e boa semana!
Um poema-reflexão muito necessário. Há momentos na História das civilizações em que a voz dos poetas tem que ser a lixívia do mundo.
ResponderEliminarBeijinho, meu amigo
Jaime,
ResponderEliminarSempre uma quimica
quando as palavras
dificeis se trasnofrmam
em poesia.
Lindos versos.
Bjins de noba semana
eficaz.
CatiahoAlc.
Bonito!
ResponderEliminarCláudia - eutambemtenhoumblog
O tanque global infectado... do parecer... sem se ser...
ResponderEliminarMais um poema notável, e acutilante, sobre a realidade deste nosso cada vez mais asséptico presente...
Um beijinho! Bom final de domingo!
Ana