O peso do sono
em que vivemos há séculos
tem permitido que sejam derrubadas
muitas pontes.
Agora,
é difícil atravessar para a outra margem
e abrir acessos por entre ideias contrárias
sem levar um tiro.
E chegámos à babel
onde nenhum hábil violinista
é capaz de acompanhar uma orquestra,
porque todos os músicos
andam aos pontapés nas partituras
enquanto os maestros,
de batutas quebradas à solta,
procuram novos e velhos papéis.
Entretanto,
enquanto os extremos
se lavam dos mortos nas trevas dos deuses,
os cemitérios enchem-se de crianças.
© Jaime Portela, Novembro
de 2023
Fortíssimo poema
ResponderEliminarBom dia
Cláudia - eutambemtenhoumblog
Bom dia caro amigo, Jaime. Seu texto é de uma profundidade imensa e nos leva a uma introspecção reflexiva. Infelizmente, são as crianças que mais sofrem nas guerras, como vemos em notícias de conflitos ao redor do mundo onde elas são desproporcionalmente afetadas. Seu poema é muito intenso e evocativo. Ele parece refletir sobre a divisão e o conflito na sociedade contemporânea, sugerindo uma sensação de desesperança e desunião. Você conseguiu transmitir uma mensagem poderosa de uma maneira muito poética. Ótima semana e um grande abraço.
ResponderEliminarIo, di fronte ad un tale struggente capolavoro, mi inchino e mi onoro di essere apprezzato da un poeta del tuo valore.
ResponderEliminarBom dia Jaime,
ResponderEliminarComo é triste e de lamentar a realidade em que o mundo vive, com consequências desastrosas para os mais vulneráveis.
Magnífico poema que muito apreciei.
Beijinhos e uma boa semana.
Ailime
Una visione tristissima, d'una realtà palpabile, cui non vorremmo essere abituati..
ResponderEliminarVersi molto belli.
Buona settimana e un saluto.
Uma referência à tragedia de gaza
ResponderEliminarObrigado por isso jaime
“Cemitérios de crianças” é de uma actualidade e virtuosidade incrível.
ResponderEliminarEu choro por todas as crianças mortas, sejam elas israelitas ou palestinianas; ucranianas ou russas. Choro também pelas crianças que morrem de fome em África. Eu não tenho qualquer ideologia política, portanto choro por todas as crianças.
Abraço forte e solidário da amiga que admira a sua POESIA 🕊
We often sleep to forget our problems and when we wake up, the problems are there, climbing the Tower of Babel, becoming less and less understandable.
ResponderEliminar(ꈍᴗꈍ) Poetic and cinematographic greetings.
Um Mundo destruído, perdido de si e em si..
ResponderEliminarComo sempre, brilhante...
Beijos e abraços
Marta
Parece impossível que o mundo esteja assim: triste, desumano, violento.
ResponderEliminar"Mas as crianças, Senhor, por que lhes dais tanta dor", dizia o nosso poeta.
Um poema a envolver-nos em compaixão e revolta.
Tudo de bom, meu Amigo Jaime.
Uma boa semana.
Um beijo.
Triste realidade.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Os cemitérios de crianças multiplicam-se por todo o planeta, desgraçadamente.
ResponderEliminarNo caso palestiniano estamos assistindo em directo ao genocidio do futuro de um povo , ele próprio martirizado por uma colonização sionista impiedosa.
EUA e UE continuam a praticar uma vergonhosa duplicidade de critérios : aplicam sanções à Rússia , mas auxiliam Israel; existe um mandato de captura para Putin, mas não para Netanyahu.
Abraço , meu querido amigo
Enquanto os músicos
ResponderEliminarnão afinarem todos
pelo mesmo diapasão,
Não haverá paz
crianças felizes
saúde e pão.
Peço desculpa pela divagação, Jaime, mas não consigo falar em cemitérios de crianças nem de guerra.
Um beijinho.
Poignant.
ResponderEliminarwww.rsrue.blogspot.com
Um poema bem construído com imagens significativas do caos que temos hoje no mundo. As crianças... morrem sem se aperceberem da sua desdita.
ResponderEliminarUm abraço.
A história da humanidade em vertiginoso retrocesso... A matança dos inocentes... Como possível?
ResponderEliminarBeijinho, mais uma semana para resistir escrevendo
Boa tarde de paz, amigo Jaime!
ResponderEliminarA dor que está em nosso coração é demasiada.
Os cemitérios cheios de crianças inocentes e nosso lar cheio de tristeza.
Um poema realista de um mundo bem cruel.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos
Muy buen poema!!.
ResponderEliminarTe deseo una excelente semana.
Un abrazo.
Infelizmente, as crianças são as primeiras vítimas das guerras. Que como diz e bem o título do poema, são o cemitério das crianças.
ResponderEliminarExcelente e corrosivo poema, que muito gostei, caro amigo Jaime.
Votos de uma feliz semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Olá caro Jaime.
ResponderEliminarPoema verdade e triste.
Essa é a realidade
Pobre das crianças
Boa noite amigo poeta,
Boa semana.
Beijo!
Amigo, bello y triste poema y es una realidad que duele.
ResponderEliminarCariños y gracias por levantar tu vos en tus letras en defensa de tantos niños.
Profundo poema de una realidad tan dura. Te mando un beso.
ResponderEliminarQuando Guterres o afirmou era visível a emoção no rosto.
ResponderEliminarAbraço
ResponderEliminarCaro Jaime
As palavras com que construiu este poema trouxeram-me
lágrimas aos olhos. O meu coração sofre por tantas e
tantas crianças que, neste mundo de Cristo, não conhecem
a infância e partem sem saberem porquê...
Grande abraço
Olinda
Caríssimo poeta,
ResponderEliminartenho enorme alegria em
conhecer esse seu espaço cheio
da tranquilidade que a poesia
me trás.
Voltarei para beber mais
dessa fonte inspiradora.
Abraço do novato
ChapeSama
Olá, Jaime
ResponderEliminarPoema profundo. Muito triste ver a realidade de muitas crianças, quanto sofrimento, que Deus tenha misericórdia delas, um forte abraço.
JP
ResponderEliminarum poema profundo e que não deixa ninguém indiferente, para o tema em causa.
muito comovente e triste.
boa semana com saúde.
:(
Verdade, inquietante... :(
ResponderEliminarE outras nem direito a cemitério têm... :(
Beijinhos, amigo Jaime.
I bambini pagano l'odio dei grandi. Gli indifferenti osservano e contano i morti.
ResponderEliminarUm inspirado e comovente grito de revolta, Jaime.
ResponderEliminarA morte de crianças em guerras diabólicas envergonha a humanidade.
Beijo, boa semana.
Uma triste e horrível realidade, retratada de forma magistral, neste poderoso e sentido poema.
ResponderEliminarBeijinhos
Brilho radiante em sua postagem! Esclarecedor, bem articulado e um prazer de ler. Obrigado por compartilhar sua valiosa perspectiva.
ResponderEliminarEstou grato pela nova perspectiva que você trouxe para a mesa. Muito bem!
ResponderEliminarOlá, amigo Jaime,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este triste, mas belo poema que muito gostei, e desejar um bom fim de semana, com muita saúde e paz.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Maestros sem batuta e músicos sem pauta, de que valem os instrumentos?
ResponderEliminarJá as crianças...
Intervenção que merece o meu aplauso, Jaime.
Parabéns
Abraço
SOL da Esteva
Uma triste realidade que me dói muito. Um poema que é um grito de revolta e dor, mas os maestros só enchem as pautas do poder com tudo menos paz.
ResponderEliminarAmigo Jaime, Bom fim de semana e beijos com carinho
O mundo desagrega-se dia a dia, consequência de ambições. lutas pelo poder, ódios racistas, Falta de amor, do Homem, pelo Homem.
ResponderEliminarAbraço e saúde
São os novos mártires dos tempos modernos... crianças, mulheres, idosos, feridos... e noutros patamares... médicos, funcionários das organizações internacionais, e jornalistas, que tentam prestar ajuda, e dar a conhecer os cenários de guerra, com o grau de sofrimento, que se pudesse, nos seria ocultado... para que andássemos indiferentes, mais uns séculos...
ResponderEliminarMais um poema notável, Jaime, que nos traça um preciso enquadramento, das guerras de agora... que me causam uma revolta profunda, não tendo já adjectivos suficientes, para as qualificar... ou desqualificar, como será mais o caso!
Beijinhos! Continuação de um excelente e inspirado Novembro!
Ana
Poema lúcido, forte e necessário!
ResponderEliminarAbraço