No silêncio dourado da gaiola estreita
o canário eremítico canta a sua poesia,
as asas ansiosas buscam a liberdade desfeita
só que estão aprisionadas numa cruel agonia.
O trinado é um lamento, uma súplica silente,
pedindo aos céus a graça de voar além,
mas o voo é contido e o ânimo é carente,
está preso nas grades que lhe deu alguém.
Pobre canário na gaiola, símbolo da tirania,
as suas penas amarelas sonham com o azul do
céu.
Que triste sina a sua, tamanha dor, tão fria,
cantar aprisionado, perdido num cativeiro
cruel.
Que um dia, a gaiola se abra de par em par,
e o canário, então livre, possa finalmente
voar.
© Jaime Portela, Agosto de 2024
O meu pai tem dezenas.
ResponderEliminarSe abrir a gaiola morrem rapidamente.
Não têm autonomia de voo.
Abraço, boa semana
Quem assim escreve, mostra o grande poeta que é. Simplesmente BRILHANTE.
ResponderEliminar.
Saudações cordiais. Feliz semana..
.
Linda poesia para um pobre canário que mesmo em dourada gaiola, preferiria cantar em liberdade!
ResponderEliminarabraços, linda semana, chica
Bom dia Jaime. Gosto de visitar seu blog na segunda-feira e ler um poema novo, principalmente quando esse poema me permite parar e pensar em suas palavras. Obrigado pelos poemas! Atenciosamente, tenha uma boa nova semana.
ResponderEliminarJaimamigo
ResponderEliminarCanários somos todos nós nas gaiolas que nos prendem e nos roubam a Liberdade. O «Que triste sina a sua, tamanha dor, tão fria, cantar aprisionado, perdido num cativeirocruel. Que um dia, a gaiola se abra de par em par, e o canário, então livre, possa livremente voar.»
Um soneto pleno de intenção para ser lido com todo o cuidado; não só pelos amantes da Poesia, ma por todos os cidadãos em busca da Liberdade.
Abração
Henrique
Olá, amigo Jaime!
ResponderEliminar"O voo é contido e o ânimo é carente,
está preso nas grades que lhe deu alguém."
Assim como canário preso em gaiolas, estivemos alguns de nós por certas situações dolorosas que já vivemos
Hoje, não mais...
Vida a liberdade bem vivida!
Um excelente poema nos ofertou uma vez mais.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos
Há sempre uma gaiola escondida na vida...por vezes, só voamos na imaginação...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
Subscrevo o comentário do nosso amigo Henrique.
ResponderEliminarLiteralmente, penso que deveria ser proibido por lei terem pássaros engaiolados, é uma crueldade.
Carinhoso abraço , boa semana, meu amigo.
E, para variar o estilo poético, o amigo Jaime surpreendeu-nos - eu fiquei agradavelmente surpreendida - com este belíssimo Soneto num apelo desesperado à liberdade.
ResponderEliminarFez-me lembrar o poema " O Melro" de Guerra Junqueiro:
«Meus filhos, a existência é boa
Só quando é livre. A liberdade é a Lei,
Prende-se a asa, mas a alma voa…
Ó filhos, voemos pelo azul!...Comei!»
Se quiser, confira a última parte aqui:
https://francis-janita.blogspot.com/2011/05/justos-e-pecadores.html
Excelente, amigo Jaime, excelente Soneto.
Gostei mesmo. Muito!
Beijinhos e uma boa semana.
O firmamento não tem porta nem grades. Os pássaros querem liberdade para que as suas asas não definhem. Gostei do seu inspirador poema.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Boa tarde Jaime ,
ResponderEliminarUm soneto lindíssimo que me fez pensar na vida do meu canário branco, que já deixou de cantar!
Os humanos gostam de liberdade e as aves ainda mais.
Um poema muito reflexivo.
Parabéns pela inspiração e lição a tirar.
Beijinhos e uma boa semana.
Emília
The silence that punishes caged birds, makes human beings distant from their true goals in life.
ResponderEliminar(ꈍᴗꈍ) Poetic and cinematic greetings.
Poema muito interessante. Por entre as metáforas bem aplicadas, está bem patente o martírio de muitos "Canários" presos na gaiola, sem poderem voar em liberdade.
ResponderEliminarExcelente, amigo Jaime! Gostei bastante.
Votos de uma ótima semana, com muita saúde e paz.
Abraço amigo.
Mário Margaride
Olá caroJaime.
ResponderEliminarÉ isso amigo, pássaros foram feitos para voar e não aprisionar.
Assim somos nós também...
Adorei seu poema caro poeta.
Boa semana meu amigo.
Beijos!
Olá, Jaime.
ResponderEliminarQue belo poema! Um ode à liberdade dos alados que não nasceram para estar em gaiolas.
Perdida no meio do pensamento, que o som da liberdade é o som mais maravilhoso que um canário produz em toda a sua existência, sofri com a solidão do canário em questão. Belo soneto que o Jaime escreveu, falando metaforicamente sobre a história da humanidade sem liberdade.
ResponderEliminarBoa noite 😘
Um dia será proibido manter animais em cativeiro.
ResponderEliminarUm abraço.
Querido Jaime, precioso poema.
ResponderEliminarEl egoísmo de la gente ve belleza en un pajarito en su jaula, ellos llegaron para volar los cielos libres y no se como muchos pueden disfrutar de verlos enjaulado.
Hay que tomar conciencia y dejarlos en libertad.
Me encanto tu post.
Abrazos y te dejo un besito, gracias por visitar mi blog, lo valoro mucho
Melancólico poema. Me da pena el canario. Te mando un beso.
ResponderEliminarMelancólico poema. Me da pena el canario. Te mando un beso.
ResponderEliminarMuchas veces somos prisioneros de neustras propias limitaciones, quien no se atrve a volar, no es necesario que lo coloquen en una jaula , porque ser libre se es aunque estés tras barrotes y eso lo han demostrado grandes de la historia.
ResponderEliminarPero en lo que es una jaula de pájaritos, eso nunca me ha gustado.
Linda semana.
Boa tarde JP
ResponderEliminarUm soneto sem falhas.
Um pouco triste, mas acho que todos nós, por vezes somos como os canários do seu soneto.
Todos precisamos de liberdade.
Há quem viva como os canários numa gaiola dourada.
Gostei da mensagem.
Boa semana.
:)
Que dizer, caro Jaime?
ResponderEliminarPoema perfeito nas suas rimas, na sua
métrica, no tema que desenvolve.
A Liberdade! Não só os passarinhos,
todos nós temos as nossas amarras
por vezes difíceis de desatar.
Gostei muito, meu amigo.
Boa semana.
Abraço
Olinda
Magnífico soneto em que li um " choro de súplica" pela liberdade.
ResponderEliminarBeijinho, Jaime. 😘
Uma liberdade tão desejada... 👏😘
ResponderEliminarMuito bom! Os meus parabéns!
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram
Olá talentoso Jaime!
ResponderEliminarNo Canário se podem, infelizmente, rever muitas pessoas! 🙁
Abraços e uma boa semana para si!
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ResponderEliminarEu tenho muita pena dos passarinhos
presos em gaiolas, eles foram feitos
pra voar, a liberdade é o sobrenome deles...!
Um abraço!
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Triste sina a do canário.
ResponderEliminarNostálgica e bela poesia.
Beijinhos
Um grito muito belo.
ResponderEliminarQuantas vezes não somos esse canário...
Beijinhos e tudo de bom!
Querido amigo te deseo un hermoso dia.
ResponderEliminarAbrazos y te dejo un beso
Olá querido Jaime!
ResponderEliminarQue bom poder voltar e encontrar esse canário aprisionado na gaiola... faço minhas as tuas palavras, tambem já me sentia como o canário aprisionado, precisei partir um pé e um dedo de uma mão para ficar um pouco livre, em repouso e matar as saudades dos amigos e amigas que comigo poetizaram e permanecem no meu coração. Gostei imensamente do poema.
Beijos e bom fim de semana
Luisa Fernandes
Solto, Jaime, dás asas ás asas e me surpreendes com este magnífico Soneto.
ResponderEliminarVoa, Amigo, que a liberdade de voar é só para quem tem asas.
Amei!
Parabéns.
Abraço,
SOL da Esteva
Muito lindo :D
ResponderEliminarCanário de liberdade roubada para gaudio de quem o aprisionou.
ResponderEliminarQuantos outros animais não estarão nas mesmas condições, sob o imperante domínio dos seres humanos.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Tentado pela forma clássica?!
ResponderEliminarA rima está ótima...
Penso que a gaiola e o canário é uma metáfora do soneto e o poeta...
Excelente, Poeta amigo.
Bom setembro. Beijinhos
~~~~~
Aqui é um canário que sofre, preso numa gaiola e, apesar de tudo, canta maravilhosamente bem. Assim são muitas pessoas, presas no seu infortúnio, mas que não perdem a alegria de viver, sempre com esperanças de, um dia viverem com o mínimo de dignidade. Todos nós, por um motivo ou outro, nos sentimos assim, aprisionadas pelos contratempos que a vida nos traz, mas nada é se pensarmos naqueles que se vêem perdidos no meio dos destroços provocados pelas guerras que estamos a ver todos os dias. Déspotas irracionais, nas suas mansões douradas, agarrados ao poder, matando todo o ser vivo que lhes apareça pela frente, crianças, mulheres, homens e nem os bichos ditos irracionais escapam. E as árvores, flores e plantas das mais variadas? Desaparecem também! Só resta terra queimada...Para todos estes inocentes seria bom que houvesse gaiolas capazes de os proteger de tanta insanidade, não é verdade, Amigo? Mas não há! Jaime, estou de volta, ou melhor, o começar de novo regressou das férias, pois eu mantive-se mais ou menos por aqui. Espero que estejas bem de saúde é obrigada por este belo poema que nos leva a reflectir nas várias prisões que por aí existem, algumas delas também provocadas por nós. Beijinhos
ResponderEliminarEmília
Belo poema Jaime, sempre bom ler-te
ResponderEliminarPobre canário preso nessa gaiola.
Faz me pensar a nos, que duma maneira mais subtil temos cada vez menos liberdade.
Beijinhos
Olá, amigo Jaime
ResponderEliminarPassando por aqui, para deixar os meus votos de uma feliz semana com tudo de bom.
Abraço amigo
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com