domingo, 25 de janeiro de 2015

Reconstrução [004]


respirámos imagens esquecidas
da nossa adolescência
e a nossa primavera
já remota
ganhou novas cores e limites

na paisagem de aromas de pinho
escutei o teu som inquieto
o verdadeiro
escoltado por tons de maresia
na floresta onde os cantos
se escapavam até nós
por entre mil dunas de desejo

o sol até ali silencioso
proclamou a minha felicidade
fecundada no teu rosto

não te abandono e continuarei
a colar fragmentos de ti
persistirei em ver-te
em juntar-te em reconstruir-te
até que fiques inteira


4 comentários:

  1. Jaime,

    Que linda reconstrução... Levamos não só pedaços de que nos marcou dentro de nós, como continuamente, tentamos reconstruir e reviver esses pedaços, acho que a beleza, consiste no fato, do que esses fragmentos nos transformou, nessa ânsia de ser feliz... Beijo.

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  2. "não te abandono e continuarei
    a colar fragmentos de ti
    persistirei em ver-te
    em juntar-te em reconstruir-te
    até que fiques inteira"

    Essa parte me emocionou... tocou fundo... Lindo, Portela. Sem palavras...

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  3. Olá, Jaime.
    Memórias bonitas que justificam a perseverança de um querer.
    Uma construção de versos que traduzem a esperança na reconstrução do que foi um dia.

    *Obrigada por sua visita.

    abraço

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  4. 25 de janeiro, data deste post, é uma data memorável para mim, em que este teu poema assenta como uma luva! :)

    Beijinhos, amigo!

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