quarta-feira, 27 de maio de 2015

Cansado das palavras [022]




Cansado das palavras,
saí da tua pintura e abracei-te.
Puxaste-me para ti,
espaço esmaltado num pedestal
que ansiava descer para o meu.

Para trás, nesse preciso momento,
ficou a construção,
traço a traço, dos alicerces
sobre os quais
hasteámos a nossa bandeira.

Hoje,
das janelas do nosso castelo altaneiro,
olhamos os frutos
de uma planície verde e sem nuvens,
uma tela feita de nós próprios.


3 comentários:

  1. As imagens dos seus poemas são geniais e lindas. Nossa...

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  2. Olá, Jaime!

    Nem me lembrava já, que o tinha comentado, sinceramente falando, mas fico muito honrada com a sua visita e promessa.

    Falar do que o Jaime escreve não é fácil, porque é mestre nestas lides.
    Este seu mais recente poema está de um realismo atroz, mas liricamente encantador. É evidente k nos cansamos só de palavras. Precisamos sair das molduras e deixarmos de ser seres inertes. As nossas vontades não se podem adiar. Depois, damo-nos e haverá frutos, que amamos, incondicionalmente.

    Bom fim de semana.
    Saudações.

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  3. Palavras por vezes cansam... melhor agir...

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