domingo, 28 de junho de 2015

À nossa volta [028]




À nossa volta
só há olhares de riso amargo,
onde o choro
é ingerido com espelhos quebrados
até nausear as entranhas
de vírus caseiros.

Continuamos a intoxicar-nos
da escassez de risos sérios
e de lágrimas claras.

Só pintarei sorrisos abertos
quando vir alguma alma
a perfurar os olhos
com rios de ferro e asas de fogo.

 



5 comentários:

  1. Uma beleza

    Como uma tela acabada de pintar

    E uma personagem pacifica
    a transformar a batalha deste povo
    Em ondas transparentes e doces!...

    Maria luísa Adães

    "os7degraus"

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  2. Gosto muito.
    Cada vez menos se sorri de alma aberta...
    Abraço e brisas doces ***

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  3. À minha volta vi um mar de belas palavras...
    Obg pela tua visita e saber que gostas

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  4. Olá Jaime,
    Grata pela visita!
    Vivemos uma época onde os
    'sorrisos abertos' e sinceros,
    estão cada vez mais raros...
    Que beleza de poema!
    Beijos :)

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  5. Actual!
    Mas não vale (a pena) furar olhos. Cegos já andamos.

    Beijinho.

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