Não quero o teu corpo comprado
numa cama limpa, sem vida, sem beijos.
Do teu sangue, não sentiria a desordem,
apenas o ruído equivalente.
Nem da tua carne beberia a sede
ou o galope de corcel desenfreado.
Serias virgem em chamas simuladas
não ateadas pelo meu fogo real.
Serias atriz cronometrada
enquanto eu,
artista principal,
te possuía com um papel secundário.
Tal como tu,
Tal como tu,
não te quero. Nem te conheço...
E, mesmo assim, eu gosto de ti.
Eu sei, não podes ser diferente.
Nem serias prostituta
com tanto homem na mente…
© Jaime Portela, Outubro de 2018
Boa tarde:- BRILHANTE
ResponderEliminar.
* Palavras escritas no silêncio do coração *
.
Deixando cumprimentos
Não, não se deve viver assim o amor...
ResponderEliminarComo sempre, brilhante, poderoso...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Que intenso! Adorei o poema *-*
ResponderEliminarr: É uma autora que consegue despoletar opiniões contraditórias. Mas entendo que não se tenha identificado, faz parte também
Muito obrigada por esse elogio tão bom
Igualmente*
Não respeito minimamente os homens (assim, com minúscula) que pagam por sexo.
ResponderEliminarSeres muito tristes.
Aquele abraço, bfds
Um poema repleto de sensibilidade !!! Bj
ResponderEliminarMaravilhoso poema, como sempre!! Amei!!
ResponderEliminarBeijos. Bom fim de semana!
Um poema a mostrar o lado oposto ao amor. Aquele lado em que só o sexo conta…
ResponderEliminarMuito bom, Jaime.
Um bom fim de semana.
Um beijo.
Quanto esquecimento de si nas cabeças das profissionais do sexo...
ResponderEliminarQuanto anseio por amor, talvez...
Bom fim de semana.
grande classe, Jaime!
ResponderEliminarum poema que sugere mais do que diz...
e quando a vida nos proporciona enganos é necessário saber sair com elegância, compreendendo e sendo tolerante. afinal, mesmo uma prostituta têm perfume de Mulher
forte abraço.
ResponderEliminarJaime,
o tal poema que nos fere a alma, sim o mundo pode ser cruel,
porquê calha essa vida a um grande número de mulheres,
e claro o homem "não quer isto, não quer aquilo,
...gosta delas, mas existem os outros…" e são os homens que transforma essas mulheres em criaturas de negação…
assim entendo o poemas,
bom fim de semana,
Angela
deixo o meu Sol dourado !
https://poesiesenportugais.blogspot.com/
Só existe prostituição porque há quem a compre...
ResponderEliminarTristes realidades.
Beijos, amigo Jaime!
Fora do comum, mas tremendamente fabuloso!
ResponderEliminarAcredite meu amigo que estou maravilhado!
Os meus parabéns.
Abraço e bom fim de semana.
Olhar d'Ouro - bLoG
Olhar d'Ouro - fAcEbOOk
Olhar d'Ouro – yOutUbE * Visitem & subcrevam
Jaime,
ResponderEliminarAs palavras traduzem
tão claramente.
E cada um colhe o que deseja
de cada poesia composta.
Amo quando as Palavras servem
a cada ocasião.
Bjins
CatiahoAlc.
Que poema bem escrito.
ResponderEliminarBom dia, Rui!
ResponderEliminarUm poema real para muitos, pelo que saiba, que não consigo ter ideia do fato de se ter que pagar por um sentimento tão nobre, Ah! A este, não se consegue comprar ninguém... ele nos alcança gratuitamente.
Entretanto há que se admitir que é um belo poema que retrata fielmente uma dura realidade de ambas as partes...
Deus o abençoe muito!
Abraços fraternos de paz e bem
Palavras intensas e de grande sensibilidade.
ResponderEliminarQue tristes são as pessoas que pagam para ter sexo.
Um poema espectacular.
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
A maioria interessa-se por dinheiro, ou fazem-no por vício e gozo , ou por necessidade!
ResponderEliminarA uma prostituta diferente?! Com tanto homem na mente?
Gosto de poemas que nos fazem pensar, os teus são autênticos desafios labirintícos à mente!
Seja qual for a temática, absorvem!
Boa semana, JP.
Beijo
ResponderEliminarBoa noite, Jaime
Um tema forte e corajoso. Sabe-se lá o que levará uma mulher a não apostar no amor correspondido? Poderá haver mil e um motivos. O ser humano com a sua complexidade acaba por seguir caminhos obscuros, sabendo de antemão que vai colher abrolhos em vez rosas.
Abraço
Olinda
Jaime Portela, por leituras várias, conhecer conhecedor, de como actuam as meretrizes, o poema me parece bem enquadrado, no meio, além de que me parece bem conseguido.
ResponderEliminarAbraço
A aproximação e a distância a uma realidade social. A análise assertiva. Um poema brilhante.
ResponderEliminarBeijo, Jaime Portela.
Em 1957/58, conheci uma senhora viúva de um amigo do meu irmão mais velho (filho do primeiro casamento do meu pai), que foi tirada de um prostíbulo, casou e viveu com ele até a sus morte, vestiu luto e o respeitou até a própria morte. A escolha do caminho a seguir, na maioria das vezes depende da vontade ou da necessidade. Não estou, com este meu posicionamento, querendo fazer apologia à prostituição.
ResponderEliminarBelo poema amigo Jaime.
Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
A poesia corre-te nas veias, por isso é fluída e ritmada, rica de conteúdo e de mensagens. Parabéns!
ResponderEliminarUm abraço.
Gostei deste poema, Jaime e muito, sabes porquê? Porque acho que as prostitutas merecem todo o nosso respeito; a maioria delas escolhe essa vida por necessidade, para pôr pão na mesa para os filhos. Sei que há as outras, as " acompanhantes de luxo " que levam essa vida para poder viver no luxo e comprar roupas de marca, joias, etc, etc, mas essas, não merecem que tenhamos consideração por elas; vendem o corpo por opção, por nāo estarem satisfeitas com o que têm e, creio, nāo sentem necessidade de serem amadas. Penso nas outras que sofrem por ter de fingir um prazer que nāo sentem, que se deitam com aqueles que nem sequer lhes veem o rosto, não sabem o nome e não se importam com as lágrimas que muitas vezes lhes caem rosto abaixo; não as querem, nas a conhecem, não as respeitam, mas usam-nas como se fossem objectos; amanhã, se calhar outras procuram, com o mesmo desinteresse, sem as quererem, sem saberem o nome, sem beijos, sem um até logo sequer, deixando antes de sair, algumas notas na cama em desalinho. E assim, continuará a prostituição, Jaime, segundo dizem, a profissão mais antiga do mundo e que, como qualquer outra, continuará, enquanto houver interessados nela. Interessante o teu poema de hoje, amigo! Gostei muito! Beijinhos
ResponderEliminarEmilia
ResponderEliminarNão quero o teu corpo comprado
numa cama limpa, sem vida, sem beijos.
não te quero. Nem te conheço...
QUE MAIS DIZER?
Que tristes são as pessoas que pagam para ter sexo.
MAS...
nós nunca sabemos de que razões vivem
não há que criticar, talvez...
Hoje ofereço Marrocos num dos meus blogues
...fiz um post e tem mais um lugar para CONHECER
(curioso?...)
através do meu olhar
um lugar que deixou uma sensação tão bela pela serenidade e tudo o que vi
Espero que veja e que goste
Convido a visitar, aqui:
http://meusmomentosimples.blogspot.com/
Bjs e continuação de boa semana.
Tulipa
Jaime, que bonito é este teu poema sobre um tema permeado de preconceitos e tabus, mas que tu tratas com extrema delicadeza.
ResponderEliminar“Serias virgem em chamas simuladas
Não ateadas pelo fogo real.
Serias atriz cronometrada
Enquanto eu,
Artista principal,
Te possuía com um papel secundário.”
Como não quero avaliar protagonistas nem julgar ninguém fico-me por um aplauso efusivo ao poeta – aqui, o artista principal.
Beijo, meu amigo, e uma excelente semana.
Sentimento contraditório que nos toma de assalto em uma relação que se cerca de promiscuidade e desejo carnal, bem como da incompletude dessa entrega. Belo texto.
ResponderEliminarAbraços.
Um poema muito interessante. Um tema que também já poetizei,embora sem o seu talento.
ResponderEliminarAbraço
Um poema em que exaltas , e de que forma, o amor que não pode nunca ser comparado
ResponderEliminarGenial, Jaime
Beijinho
Que dizer deste teu poema.... tanta coisa e nada. Apenas que admiro a tua maneira de pensar e principalmente de expressares os teus sentimentos em relação ás coisas que acontecem à volta de todos nós...
ResponderEliminarBeijo de...
Saudade
Amigo Jaime, um poema que li e reli.
ResponderEliminarE fiquei sem palavras!
O outro lado do amor, um corpo por um corpo; tal como dizes, "actriz cronometrada", e não actriz principal de um acto do mais belo que existe.
Um poema intenso, mostrando uma realidade que nem sempre encaramos de frente.
"E, mesmo assim, eu gosto de ti" - um gesto de amor por uma alma que, quem sabe, não pode, mesmo, ser diferente...
Adorei. Um poema lindíssimo e tocante. Parabéns, querido amigo.
Resto de boa semana.
Beijo de luar
Com toda a sinceridade te digo, Jaime, que acho este poema, no mínimo... perturbador.
ResponderEliminarPosso ter entendido mal... mas parece-me haver aqui um certo (grande?) repúdio pela mulher prostituta...
Um tema, quanto a mim, bastante controverso (não haveria prostituição se não houvesse consumidores e, mais grave ainda, exploradores que à custa dele enriquecem...) permitiu-te a construção dum poema que merece "uma segunda leitura".
Gostei do poema.
RE: Eu publico só no primeiro dia de cada mês, sim. Portanto... 1 episódio por mês. Achas pouco???
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Boa noite Jaime,
ResponderEliminarUm poema muito bem feito e que aborda o tema da prostituição de uma forma que não choca.
Apenas faz pensar.
Beijinhos e continuação de boa semana.
Ailime
MARIAZITA: Não há qualquer espécie de repúdio em relação às prostitutas, principalmente daquelas que o fazem por necessidade ou manipuladas por proxenetas (excluo aquelas que o fazem para terem acesso a um nível de vida luxuoso). O que poderá ser entendido, de resto, quando digo "E, mesmo assim, eu gosto de ti". No essencial, o poema é o não perceber por que há homens que a elas recorrem, dado que é sexo sem amor. E, pior ainda, sem prazer da prostituta, que o fingem ter ("chamas simuladas", "actriz"...).
ResponderEliminarCada poema pode ter várias leituras e todas elas são legítimas. Assim, o meu comentário é apenas para que não fique com uma ideia errada de mim... É em legítima defesa...
Beijinhos, querida amiga.
Oi Jaime. Meio atrasado para o comentário, mas aqui estou lendo seu forte poema. Esse e´polemico, pelo que vejo, mas sem tirar de maneira alguma, a sensibilidade e o talento do poeta. Parabéns! Grande abraço, e excelente semana.
ResponderEliminarJAIME – Espero que não tenhas ficado ofendido com a minha sinceridade… mas na verdade pareceu-me haver como que uma “má vontade” contra essas pobres mulheres. Peço desculpa se interpretei mal, mas este tema é para mim muito sensível, não porque tenha privado com alguma pessoa relacionada com sexo pago, mas porque tenho lido muito a esse respeito, e penso que a maioria das pessoas têm, sobre o assunto, uma ideia errada. Li, entre outros, um livro escrito por uma francesa, sobre a prostituição infantil na Tailândia – arrepiante. Mais recentemente li outro, belíssimo (que aconselho) “UM ANO NO TRÁFICO DE MULHERES”, de António Salas - muito esclarecedor.
ResponderEliminarPara não me alongar mais… é claro que não fico com uma ideia errada a teu respeito. Para além de sabermos que a “liberdade poética” existe (e ainda bem!) a tua “legítima defesa” deu origem a este agradável papinho…
Obrigada por leres, ATENTAMENTE, os meus comentários.
Beijinhos, meu querido amigo
Um mundo em que o sentimentalismo, não tem lugar... pois a necessidade ou o interesse se sobrepõem a tal...
ResponderEliminarMais um belíssimo trabalho poético, que nos vem lembrar outras realidades... tranversais a classes sociais, muitas vezes... e aveludadas por vezes, com outras designações...
Beijinho! Bom feriado!
Ana