Pertenço
à multidão,
que
sei minoritária,
de
pássaros indiferentes aos ramos
cada
vez mais desusados,
já
sem a esperança de frutos.
Espero,
sereno, a migração sem retorno,
não
com a pressa da vida
mas
no passo ronceiro da lesma,
a
menos que venha a ser
subitamente
empurrado.
Enquanto
aguardo,
prefiro
o pousio de ave saciada
e
pensar-me perpétuo,
que
o perene germina
se
na demora do sabor o semeiam.
Optei
por ser um pássaro melódico
a
salvo do alvoroço do tempo,
na
esperança que isso seja a predição
de
uma alvorada permanente até ao fim.
Quero
ser vagarosamente eu.
© Jaime Portela, Fevereiro de 2019
Perfeito... quero ser, vagarosamente EU!
ResponderEliminarGostei de ler!!! Bj
É encantador ler os seus poemas. Gostei muito
ResponderEliminar.
Cumprimentos
.
** Pelo teu beijo me deixava morrer **
Olá amigo Jaime!
ResponderEliminarInteressante o seu poema, optar por ser pássaro voar ali e acolá... encantando com melodia
Eu também gostaria, mas ainda não se descobriu tal magia..
Gostei imenso da inspiração, parabéns!
Beijinho.
Luisa
Temos que ser nós...mas, às vezes, estamos tão envolvidos no todo, que é difícil voar sem destino...
ResponderEliminarInteressante...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Também quero pertencer a essa multidão, Jaime. Também "Quero ser vagarosamente eu" . Muito belo, o teu poema.
ResponderEliminarUm beijo.
Muito bonito! Amei!:) Voltei...
ResponderEliminarRendo-me ao dia que faz lá fora ...
Beijos e uma tarde feliz!
A genuinidade é uma qualidade a preservar. Não nos deixemos empurrar, sigamos o nosso rumo sem pressas desnecessárias, pois devagar se vai ao longe.
ResponderEliminarBeijinhos, amigo Jaime.
ResponderEliminarOlá Jaime
tem graça como começas o teu poema
pois penso muitas vezes que.
Já não pertenço a este Mundo!
Um Mundo que está pôdre...
de pessoas indiferentes aos outros
ao próximo,
à família do mesmo sangue!
Optei por ser um "ser solitário"
no meu cantinho
Quero ser vagarosamente eu.
LINDO!
OBRIGADA pela partilha.
Fevereiro passou a correr, mas...com outra ida à urgência...
enfim
Não tarda nada e estamos em Março.
O neto vai mudar o gesso e ouvir o veredicto da médica que o operou.
Não tenho tido muito tempo para vir visitar os blogues dos amigos
Posso adiantar que neste momento, tenho três artigos novos
fui fazendo conforme tinha uma aberta
se quiser visitar
aqui tem os links:
http://meusmomentosimples.blogspot.com/
COISAS SIMPLES DA VIDA
http://tempolivremundo.blogspot.com/
ADEUS...BULGÁRIA
http://momentos-perfeitos.blogspot.com/
mais um MOMENTO PERFEITO
Parece que a primavera, começa a espreitar...
Vou até outro blogue
Boa semana,
bjs da Tulipa
ResponderEliminarnós levados pelo destino, Jaime
sem retorno ?!
tem de ser, não é ?
mas devagar se for possível, sem pressa…
abraço
Angela
Que bela homenagem à fruição da vida!
ResponderEliminarAgradeço a visita.
Abraço
Porque me está dando problemas Google con la publicación de los comentarios, he vuelto a ver qué había pasado con el comentario que hice a los pocos minutos de publicarse este poema. Compruebo que no está y estoy suponiendo que puede volver a pasar.
ResponderEliminar«Quero ser vagarosamente eu», fossemos todos assim. Tivéssemos todos esta vontade de não seguir o rebanho!
ResponderEliminarAdorei o poema
Continuação de boa semana
Fizeste-me pensar no poema se Torga, “ São Leonardo de Galafura”. Não, não há semelhanças ou parafrases, apenas esse desejo de avançar devagar ...
ResponderEliminarGostei muito.
Beijinho
Estou dentro dessa linha de flutuação e também aguardo placidamente o transcurso do tempo, mas sem, como tu, deixar de criar novas rotas de entendimento. Como esta maravilha que tão bem dominas do VERSO.
ResponderEliminarAbraços de vida.
Que sensatez, Jaime!
ResponderEliminarMuito bom! Tenha um bom fim de semna.
Deliciosa Ilusão
Claro que pertences à multidão, eu pertenço também e assim acontece com todos os que ainda por cá andam, mas...ha sempre ums escolha a fazer, fazermos parte dessa multidão, querendo parecer aquilo que não somos, andar no meio em que estamos inseridos, sem vontade própria, ao sabor dos ventos e " de boca cosida " para sermos sempre bem -vistos e politicamente corretos. Com o passar do tempo, vamos aprendendo a navegar mais devagar, independentemente dos ventos, vamos aprendendo que, em determinadas situações vale mais a pens fechar a boca do que dizer aquilo que realmente pensamos, vamos aprendendo que um dia a vida quer partir e que o melhor para nós é esperar esse momento , calmamente, sem experimentar novos ' ramos ", tentando ser nós mesmos," vagarosamente"; já fomos pássaros inquietos, voando com pressa de árvore para árvore, já falamos com a boca totalmente descosida, já agimos como se fossemos eternos e tudo estivesse ao nosso alcance, mas, agora, Jaime, estamos numa fase em que devemos ter o direito de caminhar conforme a lesma, de ter a boca cosida ou então de abrir quando acharmos necessário,( sempre com muito respeito ) porque, sendo ou não minoria, sabem todos que o dia do último voo chegará , sem alvoroço e na maioria das vezes sem aviso. Aqui nos deixas a melhor opção de espera, amigo e eu vou tentar seguir o teu conselho; bem....já tenho a boca muito, muito mais cosida, o vento, às vezes" Tanto" só me arrasta quando eu estiver disposta, mais algumas coisitas também já aprendi Jaime e portanto não estou muito mal. Demorei um pouco a vir cá, , mas, cheguei, Obrigada por teres esperado! Assim, eu pude ler os poemas que me faltavam..
ResponderEliminarUm beijinho
Emilia
dia chegará e
Sermos nós próprios é a melhor decisão.
ResponderEliminarAquele abraço, bfds
Sempre publicando maravilhosos poemas! Me identifiquei com esse de hoje, Jaime, faz minha cabeça!
ResponderEliminarBjs!
Um belo poema meu amigo, gostei e aproveito para desejar um bom fim-de-semana.
ResponderEliminarAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Dije que me había gustado mucho este poema y pienso que muchos queremos salvarnos do alvoroço do tempo, también me gustaría ser "eu" hasta el fin de mis dias. Creo que el poema es un acierto.
ResponderEliminarUn abrazo.
carpe diem serenamente, caro Jaime Portela
ResponderEliminarsem sobressalto, nem pena...
excelente poema.
e grande sabedoria, meu amigo.
caloroso abraço
Um belo acalanto para aqueles que esperam o inevitável epílogo de uma vida lastreada por tantas certezas.
ResponderEliminarAbraços.
Jaime Portela sempre a beleza em poesia, a melodia está sempre presente, sempre como se fossem anjos na sua entoação.
ResponderEliminarAbraço
E vamos levando e vivendo a vida a passos lentos. Penso que caminhar, nos proporciona melhores paisagens, que correr. Lindo poema , Jaime. Sempre inspirador e sublime. Grande abraço. Feliz fim de semana.
ResponderEliminarOptar por ser vagarosamente eu não é fácil. mas é destas têmperas que se faz o mundo! Desejo sucesso ao eu poético nesse empreendimento.
ResponderEliminarBjo
Bom final de sexta.
Um poema muito bonito! Gostei de ler.
ResponderEliminarAgradeço a sua visita.
Bom fim de semana, extensivo a excelente carnaval.
Bjs
Vagaroso instante
ResponderEliminarBom fim de semana e bom carnaval
Abraço
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ResponderEliminarParabéns, caro amigo Jaime por este seu excelente poema, tanto na sua forma como no conteúdo. Este é poema para ser lido mais de uma vez, para que se capte as suas nuances.
ResponderEliminarUm ótimo final de semana.
Grande abraço.
Pedro
Boa Noite Jaime,
ResponderEliminarBelíssimo poema.
Devemos ser quem somos mesmo com a turbulência da vida, mesmo enfrentando a correria e obstáculos da vida, um exemplo em palavras.
Muito obrigada pela visita e comentário, seja sempre muito bem-vindo!
Um abraço e ótimo final de semana.
Cecilia
Metáforas de vida e de tempo. Que em mar calmo se norteia.
ResponderEliminar"...
Quero ser vagarosamente eu."
E é tão bom sê-lo. Estamos vivos e sonhamos.
Um abraço
Sejamos sim, apenas nós próprios.
ResponderEliminarBelíssimo poema
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Olá poeta!
ResponderEliminarBela poesia.
Como é difícil sermos vagarosamente nós mesmos, em meio à multidão frenética, que cegamente caminha feito bando para lá e para cá!
Tenha um belo final de semana,
Demoro um pouco na tua serenidade. Creio que não está ao alcance de todos.
ResponderEliminarTalvez um galho me baste.
Belíssimo poema, Meu amigo Jaime!
Beijos.
Manifestas e mostras chave de ouro da Vida: "(...) Quero ser vagarosamente eu."
ResponderEliminarParabéns, Jaime.
Abraço
SOL
Olá Jaime! mais uma vez, passando para apreciar mais um dos teus belos poemas, com ênfase para a estrofe abaixo:
ResponderEliminarEspero, sereno, a migração sem retorno,
não com a pressa da vida
mas no passo ronceiro da lesma,
a menos que venha a ser
subitamente empurrado.
A pressa é inimiga da perfeição. Rsrs.
Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Pertencer à multidão é ficar ao lado do coletivo. Valorizar essa gente e tudo o que dela emana. Belo poema, a lembrar antecipadamente a primavera. A segunda primavera!
ResponderEliminarAmigo JP, bom carnaval!
Beijo
Extraordinário!
ResponderEliminarAdorei este poema, que me remete para uma reflexão bem profunda.
Sei que não vais importar-te que o copie e guarde nos meus documentos favoritos...
Assim poderei relê-lo de vez em quando, como faço com os escritos de que gosto.
Bom Carnaval, amigo Jaime.
Desejo uma semana feliz
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Sejamos nós mesmos... até ao fim... da melhor forma, que saibamos ser, e que se possa ser... sem pensar muito no dia da partida... pois ela chega sem avisar... e não adianta, ocupar os nossos dias... a pensar no que nos reserva, o que estará para lá da curva do caminho... apreciemos cada passo, que se der... pois é sinal, que ainda por cá continuamos... a passeio... a apreciar o sol... e os frutos... mais doces ou mais amargos de cada dia... mas tudo vale a pena!...
ResponderEliminarUma notável inspiração, que nos faz pensar, na preciosidade da vida...
Adorei ler, Jaime! Beijinhos
Ana
ResponderEliminarE enquanto isso vamos beneficiando da sua inspiração
e talento. Muito belo poema, caro Jaime.
Abraço
Olinda
Querido amigo Jaime, mais um poema magnifico!
ResponderEliminarSe permitires, também eu "Quero ser vagarosamente eu."
Beijo.
Que poema bonito, Jaime! Acho que demonstra muito do teu talento para a poesia, e me identifico com alguns dos versos. Um abraço.
ResponderEliminarBom dia Jaime,
ResponderEliminarUm poema magnífico.
No meio do alvoroço do mundo atual faz toda a diferença quem sabe estar em paz consigo próprio desfrutando sabiamente da vida
Um beijinho.
Ailime
Também pertenço a essa multidão...
ResponderEliminarÉ indispensável cultivar o 'carpe diem'
e viver intensamente o milagre da vida,
num deslumbramento vagaroso...
Sem dor de dente... Sorrrrrsss...
Abraço, poeta amigo.
~~~
Olá Jaime!
ResponderEliminarOs seus poemas me encantam!
Gostei de ler, como sempre!
Parabéns poeta amigo...
Beijo Fraterno.
Tenha um lindo fim de semana...
de paz e bem!