A renúncia,
marcada
na areia dos dias
como
dunas a percorrer a pele,
a desenhar-se
nos poros.
A
distância,
ampliada
no olhar,
a
penetrar na voz
de
ouvidos metodicamente fechados.
O
sol,
a debelar-se
banal
à
luz da prece dispersa na noite,
de
mão retraída no brilho.
O
temer
que
para lá do fim
há
uma pedra na matéria,
um
nada, um muro,
alguma
terra invisível
e um
rio de silêncio sem retorno.
© Jaime Portela, Setembro de 2020
Excelente poema, gostei.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Olá, amigo Jaime!
ResponderEliminarQue no silêncio, deixemos vir o sol!
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
muito bonito este poema bjs
ResponderEliminar
ResponderEliminarCaro Jaime
Os muros de silêncio e pequenos-nadas que
se transformam em grandes obstáculos
emperram a vida e o desejo de
um viver tranquilo e com amor.
Belo Poema, muito expressivo, que adorei ler.
Obrigada, meu amigo.
Abraço
Olinda
O silêncio é bom, mas não quando forçado.
ResponderEliminarO poema? Lindo!
Beijinho, querido amigo
Um poema cheio de melancolia, meu Amigo Jaime, mas tão belo!
ResponderEliminarMuita saúde.
Um beijo.
Aplausos, muitos aplausos para o seu poema!! :))
ResponderEliminar-
Sonhava ser ...
.
Beijos, e um excelente dia :)
As dúvidas que nos invadem num silêncio dorido...
ResponderEliminarLindo....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Lindo demais,gostei muito! abraços, chica
ResponderEliminarO medo de que "para lá do fim" não haja nada, apenas vazio é constante, mas a vida não se faz só de medos, por isso há que avançar dedicando-nos ao que mais amamos.
ResponderEliminarAmei esta sua poesia, e "invejo" as suas tão belas e inteligentes palavras.
Fique bem querido amigo Jaime!
Beijinhos
Ola Jaime,
ResponderEliminarOs silêncios as vezes
doem mais que as palavras.
Belo poema. Vc como sempre
escorrendo poesia pelos dedos;
beijos
Brinca com o trocadilho das palavras como ninguém. O meu elogio e aplauso pela inspiração e criatividade poética.
ResponderEliminar.
Saudações poéticas
Lindo Jaime
ResponderEliminarBjs
Bfs
MARAVILHOSO POEMA!!👏👏 li e reli.
ResponderEliminarContinuação de boa semana
Bj
Ficou maravilhoso, Jaime!
ResponderEliminarContinuação de boa semana :)
As distâncias doem.
ResponderEliminarEsperamos sempre algum retorno,
mas quando este já é impossível, é como se algo nos fosse amputado no peito, e a dor é amplificada,
podendo ficar surda aos apelos do sol que teima em brilhar,
mas tantas vezes a noite nos é mais densa.
Contudo, haverá outros silêncios que nos falam se nos dispusermos a abrir um pouco os ouvidos.
Abraço, amigo Jaime.
O temer
ResponderEliminarque para lá do fim
há uma pedra na matéria,
um nada, um muro,
alguma terra invisível
e um rio de silêncio sem retorno.
Sabe que o meu pensamento saltou para aqueles campos de refugiados que se criam no nosso século XXI, homens, mulheres e crianças que possuem o nada
e a representação da "terra invisível" da pedra em cima do assunto, do rio de silêncio…
Muito lindo, meu amigo, Jaime, sempre me encanta com seus versos!
ResponderEliminarNada impede a areia do tempo e seu efeito em nós, que só cessa ao silêncio final.
Abração!
Un poema que encierra mucha tristeza y desesperanza frente a todo lo que acontece... Es muy muy bello.. Dios quiera que esas manos se alcen en oración y que el sol entibie nuestros corazones con certezas y esperanzas en un futuro prometedor... Mi abrazo y buenos deseos !!!
ResponderEliminarPoema de fim de férias?
ResponderEliminarAquele abraço, bfds
Também gosto muito 👏👏👏👏👏
ResponderEliminarO isolamento e o distanciamento social são necessários, mas o fato é que não pode ser preenchido com melancolia, pois há o que fazer para si e para os outros, nem que seja escrever poema e deixar a alma livre para dizer desses tempos de pandemia. Um abraço, Yayá,
ResponderEliminarJaime, versos lindos que trazem melancolia e sombras. Começou o poema mencionando renúncia, mas no decorrer dele, fez alusão ao temor. Este, veste-se de interrogação, já que o muro pode ser, tão somente, cogitação. Como sempre, meus aplausos.
ResponderEliminarMelancólico y hermoso poema. Saludos amigo Jaime. Cuidate.
ResponderEliminarQue não hajam mais sombras de muros a criar silêncios. Poema magistral. Parabéns.
ResponderEliminarAbraço
SOL
Caro amigo Jaime
ResponderEliminarNão sei porque li de olhos semicerrados, mas creio o poema me levou a sobrevoar um mundo de sentidos, com o silêncio a pautar-nos os passos.
Bravo!
Beijo.
JP
ResponderEliminaro teu Rio de Silêncio é um poema belo embora um pouco melancólico, mas como sempre um trabalho poético de inegavel beleza e qualidade.
Bom domingo!
beijinhos
:)
no teu habitual registo poético de grande qualidade
ResponderEliminarum poema especialmente belo.
abraço, caro Jaime Portela
Bonito poema!
ResponderEliminarAproveito para desejar uma boa semana!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Amigo Jaime! Mais uma vez nos ofertas uma das tuas belas criações.
ResponderEliminarAbraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
"A distância, O sol e O temer"
ResponderEliminare essa "pedra", que dos silêncios
faz memória.
Oiço, ainda, a água de todas as fontes…
Belo.
Um abraço
Gosto de dizer " até já ", mesmo que saiba que esse "já " vai ser longo; dizer adeus assusta... parece que nunca mais vamos ver essa pessoa, seja aquela que amamos e que connosco partilha a vida, seja um Amigo ou mesmo um desconhecido que teve a amabilidade de parar para uma conversinha ou pedido de informação; prefiro dizer-lhe um " até já. Mas, Jaime, todos temos aqueles momentos dolorosos, aqueles momentos da última despedida e esse " até já " fica ridiculo, por mais que nos apeteça dizê-lo. Não sei o que teremos depois do ultimo instante, mas, creio que para quem se fou não haverá mais um novo começo; a vida continuará o seu ciclo normal, com o sol a nascer, e a noite a chegar, mas para quem partiu só restarão as lembranças daqueles que o choram, daqueles que, por uns tempos só terão escuridão e silencio, por mais que o sol brilhe, por mais ruidos que a multidão faça na sua habitual correria. É assim, Amigo, a vida...momentos de tudo, de amor, de alegrias, de grandes tristezas e dores. Espero que a nostalgia deste poema esteja só nas palavras usadas, mas, confesso, o momento está mesmo para isso e além do mais, aproxima-se o outono, estação nostalgica, estação onde o florido dos jardins começa a dar lugar às folhas que se desprendem das árvores e dão uma cor amarelada ao verde dos relvados.tudo começa a ficar mais triste, pelo menos para mim. SAÚDE, querido Amigo e parabéns pela escrita, sempre bela. Um beijinho
ResponderEliminarEmilia
Há rios de silêncio sem retorno...se os há!!!...que nos afogam a alma. Maravilhoso poema que amei demais. Jaime, boa semana e beijos com carinho
ResponderEliminarÉ um mar de criatividade sempre!
ResponderEliminarObrigada por apreciar meu pequeno jardim;
Boa continuação de semana.
Magnífico, meu amigo Jaime, este teu rio de silêncio... mas sem margens!
ResponderEliminarBeijo, fica bem.
Boa tarde Jaime,
ResponderEliminarUm poema belíssimo em que a voz do silêncio se torna bem presente, para além dos muros.
Gostei bastante.
Um beijinho.
Ailime
Um belo poema... que nos faz reflectir... sobre o que haverá para lá da curva da estrada... talvez alguma terra ainda invisível, e um outro braço de rio... para percorrer de novo... com o entusiasmo de uma primeira vez... como diria Pessoa... who knows what tomorrow brings?...
ResponderEliminarMas como a vida, se faz de presente... continuemos a apreciar ao máximo a nossa viagem...
Beijinhos! Boa semana!
Ana
Que para lá do fim haja mais do que uma terra invisível..
ResponderEliminaradorei!!
Lindo!!!
Beijos amigo
A poesia é uma experiencia de vida, uma permanente evolução refletida no que pensamos sob a forma de palavras.
ResponderEliminarE aquo percebe se um caminho de evolução.
Gostei