Os teus lábios,
que porventura sabem às amoras
acabadas de colher,
também sabem à solidão das procuras
que se fecham nos teus olhos.
O que magoa,
já não é o amor que não há no coração
e já nem é o arranhar das silvas
que há no cadafalso
da voz das gargantas sem amoras.
O que dói, mas dói mesmo,
é a boca sem pão,
é o corpo sem casa,
é a tristeza ser uma árvore que cresce,
já seca pela noite da incerteza,
com as raízes enterradas não sabes onde.
© Jaime
Portela, Outubro de 2022
É a pergunta sem resposta, enfim... as sombras, o vazio...
ResponderEliminarComo sempre, brilhante...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Belo e intenso poema, onde a tristeza e a desilusão, estão bem patentes nestas belas palavras.
ResponderEliminarGostei muito, caro amigo Jaime.
Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Gostei! Tão carregado de sentimento. Nota-se na escrita. Parabéns!
ResponderEliminarFeliz dia e semana
ResponderEliminarMuy buen poema. La realidad de la vida, el dolor y el abandono es lo que más se sufre. Un abrazo.
E no entanto, a árvore teima em crescer, apesar da desesperança. Ás vezes penso que certas formas de vida são diferentes das demais. Mais fortes? Não sei... Diferentes.
ResponderEliminarLindo poema, Jaime! Beijinhos, boa semana nova:)
Boa tarde, Jaime!
ResponderEliminarSe as raízes se mantêm incólumes em terreno fértil, a árvore voltará a seu esplendor.
Boa semana, bom feriado.
Kandando.
Boa tarde Jaime,
ResponderEliminarMagnífico poema em que as palavras nos dão a dimensão do sofrimento que grassa não só em nós, mas também pelo pelo mundo fora.
Um poema que muito apreciei.
Desejo-lhe uma boa semana.
Beijinhos,
Ailimwe
"O que dói, mas dói mesmo,
ResponderEliminaré a boca sem pão,
é o corpo sem casa,
é a tristeza ser uma árvore que cresce,
já seca pela noite da incerteza,
com as raízes enterradas não sabes onde".
Não pude deixar de destacar esta parte do poema, pois sensibilizou-me muito.
Uma boa semana com muita saúde, meu Amigo Jaime.
Um beijo.
Sentido e belo poema.
ResponderEliminarDói ver tanta dor, tristeza, miséria e desamor por todo o mundo.
Boa semana.
Beijinhos
Apetece-me dizer que, o sabor dos lábios, depende do batom que a rapariga usa, rsrssrsr.
ResponderEliminarClaro que é mais um poema deslumbrante, intenso, profundo, poderoso poeticamente falando.
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Feliz Halloween … Saudações cordiais.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Um ótimo poema para ilustrar o que os brasileiros escolheram ontem, Jaime.
ResponderEliminarGostei
Palavras pungentes e doloridas que retratam bem o que realmente dói nos tempos actuais, afinal, tempos que são os de ontem e serão os de amanhã.
ResponderEliminarPoema muito belo. Triste, mas belo.
Um beijo, amigo Jaime.
Belo poema!
ResponderEliminarBoa semana. Beijinhos
Os desgostos do amor ou... de quem não o merece.
ResponderEliminarUm abraço.
O que dói, mas dói mesmo,
ResponderEliminaré a boca sem pão...
Boa noite de paz, amigo Jaime!
Uma verdade incontestável. A fome está em voga mundialmente.
Um sensível poema.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
No hay mayor tristeza que la producida por la falta de comida o de un hogar donde dormir u descansar.
ResponderEliminarBonito poema.
Buenas noches.
Profundo poema de una realidad muy dura. Que mucho miramos con indiferencia. Te mando un beso.
ResponderEliminarPreziose immagini poetiche, in questo cantico sentimentale, di rara bellezza.Un saluto, silvia
ResponderEliminar"O que dói, mas dói mesmo,
ResponderEliminaré a boca sem pão,
é o corpo sem casa"... ( é que dói mesmo 😔)...bj
JP
ResponderEliminarum poema intenso e que me sensibilizou bastante.
tão real e tão verdadeiro.
boa semana com saúde e paz.
:)
Duro e dorido! O amor sem corpo, a raiz da incerteza!
ResponderEliminarO que dói é viver...
Bom feriado, beijinho.
Olá caro Jaime.
ResponderEliminarPois é a cor dos lábios, sejam amoras, cerejas, framboesas, mas isso não é absolutamente nada.
"O que dói, mas dói mesmo,
é a boca sem pão,
é o corpo sem casa,
é a tristeza ser uma árvore que cresce,
já seca pela noite da incerteza,
com as raízes enterradas não sabes onde.
E tantas outras coisas a acrescentar.
Bonito poema.
Boa noite e feliz semana.
Beijo!
ResponderEliminarE dói tudo, o desamor, a desesperança, o descaso
do que é importante e que nos poderia fazer felizes.
Poema lindo, caro Jaime.
Adorei.
Abraço e boa semana.
Olinda
Olá Querido Amigo Jaime,
ResponderEliminarUm coração dorido sofre com a mesma intensidade com que um Poeta descreve um amor perdido, sem nunca o ter sentido.
Parabéns por mais um extraordinário poema!
Um beijinho
Sinto a angústia da boca sem pão, do corpo sem casa.
ResponderEliminarSinto a tristeza da vida ao acaso.
Sinto a dor do peito que arde, ao escrever POESIA.
Saudações da amiga do Reno 🍂
Dolorido, sensível e muito belo seu poema, Jaime.Como sempre, gostei demais. Abraço.
ResponderEliminarGostei muito destas tuas palavras.
ResponderEliminarAs dores hoje são mais que muitas, mas algumas são tão grandes que abafam outras que se pensava serem já enormes.
Beijinhos e tudo de bom!
Forte e profundo. Gostei muito.
ResponderEliminarBeijo, meu amigo.
Belo e profundo.
ResponderEliminarDoí muito tudo aquilo que nos rasga a esperança e a alma.
Poema forte e dorido.
Abraço e brisas doces **
Dói, mesmo!
ResponderEliminarEstá muito belo, Jaime.
Abraço amigo.
~~~
Um poema admirável, que percorre muito bem estes tempos de dores e dissabores, que atravessamos!
ResponderEliminarBeijinhos! Bom fim de semana!
Ana
Pues si que duele, la gran indiferencia por donde anda el mundo por este tiempo...
ResponderEliminarabrazo