Vais caindo no mar e o mar em mim,
malvado ocaso,
ineludível reflexo da beleza
que se esgota como o eco
da guitarra que vai perdendo
a trinada aflição das suas cordas.
Depois do fogo, não quero beijar a noite
nem caminhar perto da seara,
onde já não há trigo
nem mão para o colher
e os instantes
já não se agarram à terra que os pariu.
Vão morrendo as asas
e o cálice da voz decai
por entre as cortinas que vão obstruindo
a visão do barro poente.
E vai morrendo a flor do desígnio,
a nitidez da ideia,
até que tudo quase nada represente
e se desfaça a luz na crueldade do fim.
© Jaime
Portela, Novembro de 2022
Há fins que podem ser principios.
ResponderEliminarE até bons reinicios.
Depende sempre das circunstancias
Gostei Jaime
Estejamos preparados para o ocaso... tanto quanto possível. A poesia ajuda.
ResponderEliminarUm abraço.
O fim é sempre triste!
ResponderEliminarBj
Fortíssimo, mas gostei. São sempre muito bonitos!
ResponderEliminarBom dia
" Nada morre, tudo se transforma" ... Poema BRILHANTE.
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Bom dia, querido amigo Jaime
ResponderEliminarO meu blog continua em modo de “pausa” e penso que assim continuará por mais algum tempo.
Os meus planos de mudança de casa sofreram algumas alterações que levaram ao atraso da sua realização. Nem sempre as coisas são tão fáceis como inicialmente parecem, e, como tenho a actual casa “de pernas para o ar”, abrigando familiares que tinham as suas próprias casas… o ambiente e consequente disposição para alimentar o blogue não são os ideais.
Mas não percamos a esperança. Tudo se resolverá a contento, e a normalidade surgirá (não há quem ainda espere pelo regresso de D. Sebastião 😊)
Entretanto… irei aparecendo sempre que possível – para mostrar que não vos esqueci, mas principalmente para que não me esqueçam 😉
Um saudoso abraço e até sempre.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Una chiusa straordinariamente bella, in questo contesto poetico che ho molto gradito e apprezzato.
ResponderEliminarUn caro saluto,silvia
O fim pode ser cruel... e mergulha-se nas trevas...
ResponderEliminarComo sempre, brilhante....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Eis um poema pouco optimista em relação ao ocaso da vida, amigo Jaime.
ResponderEliminarVamos lá usar o dom poético que Deus lhe deu para enxergar mais além. Porque não encantarmo-nos com a beleza dos cabelos brancos, da sabedoria que o tempo nos trouxe? Pois se nos encantamos com o pôr-do-sol...
Mesmo neste tom de desânimo, há sempre beleza na sua Poesia, caro Jaime!
Beijo amigo e tudo de bom.
A crueldade do fim é exactamente o que sinto neste momento.
ResponderEliminarO fim pode ser indeterminável … mas a mensagem da poesia é bela.
Saudações da aldeia do Düssel 🐸
Meravigliosa poesia, amico Jaime. Sempre un piacere leggerti. Un grande abbraccio.
ResponderEliminarSempre belos jogos de palavras!
ResponderEliminarBeijinhos.
Olá, caro amigo Jaime,
ResponderEliminarSoberbo poema. Onde de uma forma lírica, descreve o princípio e o fim, da nossa existência.
Parabéns, pela inspiração!
Gostei muito.
Continuação de ótima semana, com muita saúde!
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Olá, amigo Jaime!
ResponderEliminarÉ de fato uma "crueldade" o adormecer e se privar de uma vida tão linda. Sobretudo a quem tem lucidez e sabe poetar assim com veraz poesia.
Bonita a descrição das fases da vida.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
Profundo poema te hace reflexionar. Te mando un beso.
ResponderEliminarHemos de llamar o mejor dicho quedarnos con el rayo de luz, auqnue la oscuridad aparentemente nos envuelve, pero sabemos como matener lo relevante vivo.
ResponderEliminar>Saludos.
Às vezes é preciso chegar ao fim para recomeçar sem dor. Um poema melancolicamente belo, meu Amigo Jaime.
ResponderEliminarUm bom fim de semana.
Um beijo.
Agradeço a visita ao meu blog e retribuo,....já estou a seguir,...
ResponderEliminarQue lindo poema!
Passei para desejar um excelente fim-de-semana!
Beijinhos,
Espero por ti em:
strawberrycandymoreira.blogspot.pt
http://www.facebook.com/omeurefugioculinario
https://www.instagram.com/marysolianimoreira
Linda poesia.
ResponderEliminarArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Boa Tarde, caro amigo Jaime,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Poema muito bom :))
ResponderEliminar.
Sinto o peso do tempo na melancolia
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Beijo. Bom fim de semana!
É sempre um prazer ler-te Um belo poema!
ResponderEliminarO trajecto, belamente poetizado, do que será (é) o princípio e fim das coisas que nos esperam nesta vida.
ResponderEliminarSempre presente; sempre distante.
Parabéns, Jaime.
Abraço
SOL da Esteva
Olá caro Jaime.
ResponderEliminarGostei imenso do poema.
Às vezes precisamos do fim, para renascer...
Boa noite e bom final de semana.
Beijos!
Hello my friend Jaime.
ResponderEliminarWhat an impressive poem. Thanks for sharing with us. :)
Have a good day and greetings from Turkey :)
Me encanta! Bonito!
ResponderEliminarBoa tarde, caro amigo, Jaime. Um renascimento de todos os dias. Creio que somos assim mesmo: Cordas que se afinam diante dos acasos.... Belíssimo como sempre. Um grande abraço.
ResponderEliminar
ResponderEliminarVai morrendo a Esperança que me visites.
Estive cá na outra semana, fiz-te o convite mas não apareceste...
Fico triste!
Olá Amigo Jaime
Hoje, infelizmente, posso dizer que sinto o peso do tempo na falta de saúde!
É o nosso bem mais precioso, daí que eu ande muito angustiada.
Convido-te a ver outro post meu, aqui:
http://momentos-perfeitos.blogspot.com/
Bom domingo
Beijinhos da Tulipa
Imgino, sim, Jaime, fico tantas vezes a imaginar como teria sido a minha vida se não tivesse tomado determinadas decisões que a influenciaram e muito, mas nem sempre tempos o poder de escolha, como se afirma. A vida manda e nós temos de a seguir da melhor maneira possivel, tentando não errar quando encaixamos as peças nesse enorme puzzle que é a vida, um emaranhado de emoções que temos de viver a cada instante que passa... dores, alegrias, encontros, desencantos, encantos, prantos...mas....há que seguir, porque voltar para trás não nos é permitido a não ser em pensamento. E depois, Amigo, a cada dia que amanhece é um novo começo a começar, sempre com a esperança de novos começos mesmo que sejam sofridos, mesmo tendo a consciência de que um dia não haverá amanhecer; estamos cientes desse fim e só desejamos é que ele chegue sereno, sem grande crueldade. Vou continuar a imaginar, a encaixar as minhas peças da melhor maneira que puder e souber e, embora não tenha medo da morte, tenho medo de morrer e muito , muito mesmo da crueldade dessa finitude. Mas, não pensemos nisso, Jaime, ...a vida é um constante começar
ResponderEliminarde novo e enquanto assim for, aproveitemos esses começos vivendo-os de uma maneira alegre fazendo felizes aqueles que connosco vivem e que contam com a nossa boa disposição. Continua a fazer boa poesia e nela cantar o amor, as preocupações com o nosso mundo e com as inquietudes da alma. Eu por cá estarei, como sempre, apesar do pouco tempo disponivel quando tenho uma sapequinha de 4 anos para cuidar. Vale a pena viver os momentos com ela. Alonguei-me muito, mas...já me conheces e não vou pedir desculpas Para quê? Beijinhos e obrigada! Saúde!
Emilia
Não se pode esmorecer.
ResponderEliminarTemos sempre de procurar tirar algo de bom e bonito, em cada dia.
Gostei de o ler pois sendo melancólico é lindo.
Abraço e brisas doces **
E cada fim... remete-nos sempre para um novo recomeço...
ResponderEliminarO que será mais cruel? Um fim... ou uma eterna continuidade?
Mais um excelente poema que nos oferece sobre o que reflectir...
Um beijinho
Ana