É nos folguedos de Baco que absorvo,
dos teus mistérios,
a loucura que da vida me rouba os cuidados
nas mais inebriadas bondades.
És a Cibele enfermeira,
a fascinante Medeia e a Vénus divina,
em uníssono,
sempre que a dança da chuva se serve de nós,
fermentante.
Vivemos liquefeitos,
também nos olhos,
de corpo sólido agitado nos bagos
espremidos para encher de fogo a taça
com que brindamos à graça e à ternura
de nos termos doravante copiosos.
© Jaime
Portela, Dezembro de 2022
A ternura que transparece neste poema é uma dádiva inesquecível para quem foi dedicado.
ResponderEliminarUm abraço.
Há ocasiões em que compreendo a necessidade que certas pessoas têm, de afogar as vicissitudes das suas vidas, nos 'folguedos' do deus Baco.
ResponderEliminarEste poema, tem tanto de beleza poética quanto de crua realidade, amigo Jaime. Gostei muito!
Gostei, sobremaneira, da palavra "fermentante" (palpitante)
Lembra-me a massa de pão a fermentar, no alguidar de barro, coberta com um pano grosso, esperando o tempo de levedura, pronta para ser "tendida". Uma das minhas mais gratas lembranças de infância e da minha laboriosa e saudosa Mãe.
Desculpe, Jaime, mas não consegui pôr freio nas minhas memórias.
Beijo amigo e votos de uma boa semana.
Um poema regado com todos os vinhos do mundo
ResponderEliminar:-)
En el vino se ahogan las penas, dicen. Muy buen poema.
ResponderEliminarOlá, caro amigo Jaime,
ResponderEliminarMais um belíssimo poema aqui nos presenteia.
Onde as vicissitudes da vida, por vezes, se tentam esquecer, inspirando-se no mítico Deus Baco.
Gostei bastante.
Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Um poema ao mesmo tempo, delicado e forte.
ResponderEliminarAbraços!
Olá Jaime, fiquei muito feliz com sua visita no meu blog!
ResponderEliminarQue bom que voltou, sabe o que aconteceu, eu tinha ficado um bom tempo sem postar nada em 2017, pois tive em um convento, então você achou que eu tinha desistido do blog. Mas quando voltei (9 meses depois) acabei que não voltei mais em vários blogs porque perdi o ritmo que eu estava de comentar vários de uma vez.
Peço perdão pelo sumiço, sempre gostei muito de seus poemas.
Vamos voltar a nos visitar então, combinado?
Abraços e amei o poema acima, cheio de sentimento, e vida.
Baco até pode ajudar, o pior é a cobrança depois ...
ResponderEliminarMeu amigo, beijinho e alegre semana :)
Caro Jaime,
ResponderEliminarExiste uma frases sobre “filosofia mitológica do vinho” que diz:
“Os homens são como os vinhos: a idade azeda os maus e apura os bons!”
Baco gostava das suas “Festas Dionisíacas”, não vivia de se servir dos festejos alheios e seus convidados.
Um abraço!!!
"Vivemos liquefeitos,
ResponderEliminartambém nos olhos"
Os olhos são os melhores espelhos da alma!
Beijinhos e boa semana!
Ao ler o título do poema de hoje, lembrei-me do que um jornal sério alemão escreveu sobre a derrota da seleção portuguesa contra a seleção marroquina. Sempre a mesma história — os portugueses afogam as suas mágoas nas mulheres e no vinho.
ResponderEliminarAdiante …
Gosto da intervenção da mitologia na sua POESIA.
A leitora das margens do rio Reno deixa os maiores elogios.
Uma ternura imensa sempre nos poemas que fazes, meu Amigo Jaime.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Poesia e deuses combinam na perfeição 👏👏👏... Boa semana!
ResponderEliminarbelo poem, Caro Jaime POortela
ResponderEliminargostei muito ler.
abraço
Tierno y romántico poema me gusto mucho. Te mando un beso.
ResponderEliminarEsses folguedos às vezes dão cá umas dores de cabeça!!
ResponderEliminarAbraço
Qualche tratto mitologico, in questo bel canto intenso, e significativo, che ho molto apprezzato nella sua densa lettura.
ResponderEliminarUn caro saluto,silvia
Mergulhar nas loucuras dos Deuses... E esquecemos tudo naquele momento...
ResponderEliminarMas depois... a realidade acorda-nos e é bem cruel...
Interessante como sempre....
Beijos e abraços
Marta
Pela beleza escrita inserta no poema, quero acreditar que, à mesa, estivesse esse copo de vinho... ainda meio cheio. O resto é inspiração e douta criatividade poética.
ResponderEliminar.
Feliz Natal … Saudações poéticas
Es fascinante!
ResponderEliminarbom dia JP
ResponderEliminaros Deuses e a ternura do poema combinam muito bem.
muito criativo.
boa semana.
beijinhos
:)
Que artista temos nós aqui!
ResponderEliminarOs meus parabéns :)
Feliz dia
Sempre incantevoli i tuoi versi, complimenti amico Jaime. Buona settimana!
ResponderEliminarGostei bastante do seu poema. Parabéns!!
ResponderEliminar.
Madrugada densa, matreira...
.
Beijo, e uma boa Terça-Feira.
Sempre primoroso .E agora o deus do vinho, da fertilidade e da folia
ResponderEliminarse manifesta. Lindamente.
Degustando aqui cada sílaba sua ,Jaime
Sem pressa.
Um beijo, querido poeta.
OlÁ caro Jaime.
ResponderEliminarMuito bom poema.
Boa noite e feliz semana.
Beijo!
Boa noite Jaime,
ResponderEliminarMagnífico poema muito inspirado e criativo.
Parabéns pela sublime construção poética.
Beijinhos,
Ailime
Entre o profano e o sagrado... está muito bem delineada esta formidável e inebriante inspiração! Adorei!!!
ResponderEliminarBeijinhos!
Ana
ResponderEliminarConjunção de elementos explosivos neste belo poema.
Mitologia a par com o amor. Metáforas onde entram
Baco, Cibelle, Medeia, Vénus. Inebriante.
Abraço, caro Jaime.
Olinda