No binómio do teu oásis longínquo,
na ignorância das abelhas
e no perdido ensejo dos zângãos,
evitavas os néctares
e alimentavas-te das sombras,
da caridade das doçuras amargas
de répteis ocasionais, de que fugias,
e das carícias aprendidas
na puberdade condiscípula dos dedos.
Longe da colmeia, ignoravas as flores e,
dos machos,
desconhecias a volúpia do toque,
mas amavas-te no refúgio secreto
do teu corpo, no receio do pólen alheio.
Mas, mutante, num êxtase polinizador,
perdeste o medo aos estames
e renasceste embebida por geleia real
para seres a abelha-rainha do teu zângão
eleito em voos nupciais.
E eu, zângão sem sorte, que estava
pronto a morrer por ti na vertigem do amor,
não provarei do teu mel.
© Jaime
Portela, Dezembro de 2022
Lindo e doce poema...Gostei muito,Jaime! abraços, chica
ResponderEliminar.
ResponderEliminarUm poema sublime. Muito obrigada pela partilha!!
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Surge, a voz do silêncio ...
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Beijo. Boa quinta-feira.
Maravillosas letras. Me remonté a un tiempo no muy lejano en que estuve acechada por alguien que quiero mucho pero que no amo. El amor correspondido es precioso, es lo más grande que hay. Pero solo Dios sabe por qué a unos se ama y a otros solamente se quiere.
ResponderEliminarGracias por escribir desde el alma y el corazón.
Si puedo, lo comparto en mi Facebook.
Buenas tardes.
Abrazo enorme.
É a vida, caro Jaime. Também eu, abelha obreira sem obra feita, só sinto o sabor amargo das palavras por dizer.
ResponderEliminarCom um interessante jogo de palavras, construiu um original poema. Gostei de ler.
Um beijo amigo e bom feriado.
Poema intenso, profundo, sensual, poderoso, que muito gostei de ler.
ResponderEliminarEntre abelhas, zangões, flores e mel
É preciso determinação para avançar
Por uma pinga desse líquido a granel
Por uma doce picada me deixaria matar
.
Cumprimentos poéticos
.
O desengano do amor, foi triste quando aconteceu mas, inspirou o poeta.
ResponderEliminarUm abraço.
ResponderEliminarE...mais uma vez,
fico perplexa ao seguir o teu poema
Tão belo e profundo. Parabéns!
Aos poucos estou a regressar aos outros blogues
Ontem fiz 2 posts diferentes em 2 blogues diferentes meus,
que já nada fazia há 4 meses...
mas apareceu matéria para eles e agora convido a ver, aqui:
http://meusmomentosimples.blogspot.com/
http://pensamentosimagens.blogspot.com/
beijinhos meus
Tulipa/Kalinka
Poesia profunda jaime
ResponderEliminarCom varias analises
Abraço
Amigo, Jaime, gostei imensa da intensidade deste poema. Um versar de enorme beleza. Grande abraço.
ResponderEliminarMeu caro Jaimamigo
ResponderEliminarUm tratado poético da apicultura poderia ser apelidado este teu poema se encarado apenas de forma estrutural escolástica. Mas – e há sempre uma danada de uma adversativa – o traço genial da tua poesia torna-te o zangão cultivador dos versos de mel que me (nos) ofereces deliciosamente. Do néctar fazes nascer a ânsia de dulcificar o quotidiano. Bem hajas!
Abração
Henrique
NB – Não tens passado pel’A NOSSA TRAVESSA. Posso saber porquê?
Versi particolarmente nostalgici, accompagnati da immagini originali e di particolare emozione..
ResponderEliminarBuona serata e un saluto,silvia
"Longe da colmeia, ignoravas as flores e,
ResponderEliminardos machos,
desconhecias a volúpia do toque,
mas amavas-te no refúgio secreto
do teu corpo, no receio do pólen alheio."
(lindo 👏👏👏)... Bj
Olá, amigo Jaime!
ResponderEliminarIgnorar as flores, não sentir os perfumes da vida, deixar de lado a formosura dos afetos.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
Por el libre albedrío cada persona es libre de decidir como conduce su vida y si eso le basta entonces su plenitud es completa.
ResponderEliminarBuen fin de semana.
Belklo y sensual poema. Me gusto mucho. Te mando un beso.
ResponderEliminarEssa abelha ferrou forte.
ResponderEliminarAbraço, bfds
Um amor não correspondido é sempre triste, para o comum mortal. Porém os poetas sabem como virar esse desengano em excelentes momentos de poesia como este.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom fim-de-semana
Desamor, vazio....é a tristeza que pinta os dias...
ResponderEliminarChoramos com a Lua e fugimos do Sol...
Brilhante como sempre....
Beijos e abraços
Marta
Muito bonito!
ResponderEliminarAchei imensa graça no bom sentido.
Bom dia
O poema é muito bonito e quanto a não provares o mel...pois , não esqueças, muitas vezes acontece o que nem se sonha.
ResponderEliminarAbraço, meu amigo, bom fim de semana :)
Sublime poesia! Bravissimo Jaime, i miei complimenti. Buon fine settimana!
ResponderEliminarAs sensações estão todas lá. Não falta nada, Jaime.
ResponderEliminarHá outras faltas? Na imaginação e/ou na vida? Se as não houvesse, não haveria tão belo poema assim.
Um abraço
Olá caro Jaime.
ResponderEliminarBonito poema.
Não te preocupas zangão
Boa noite e bom final de semana.
Beijo!
Olá, caro amigo Jaime,
ResponderEliminarMais um belíssimo poema aqui nos presenteia.
Onde a beleza poética se conjuga, com o palpitar dos sentidos, e das emoções.
Gostei muito.
Votos de um excelente fim de semana!
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Olá, amigo Jaime,
ResponderEliminargostei muito do seu poema com a bela imagem
das abelhas, com favos de mel do amor, como também gostei de ler
o comentário feito pelo nosso amigo Henrique Antunes Ferreira,
que esteve ausente por mais de três anos do nosso convívio, e
agora, com a saúde perfeita, está entre nós novamente.
Parabéns, poeta!
Votos de um bom final de semana.
Grande abraço.
Mais um daqueles Poemas profundos que te caracterizam.
ResponderEliminarSentires-te zangão que não provou o mel da abelha pode indiciar desamor do momento.
Amei, Jaime
Abraço
SOL da Esteva
Olá Jaime, espero que esteja tudo bem consigo.
ResponderEliminarSou Fã dos seus poemas, das suas palavras inteligentes e sábias. Gabo-lhe a sua enorme inspiração. Parabéns pelo estrondoso talento. Desejo-lhe um excelente fim de semana. Beijinhos
Maravilhoso poema que amei demais.zangão sem sorte, mas com uma grande alma de poeta. Jaime, boa semana e beijos com carinho
ResponderEliminarMestre das palavras, nem sempre o poema corre de feição, no entanto, a poesia sobressai sempre para quem tem a mestria!
ResponderEliminarBeijinhos e tudo de bom!
Aqui sempre lindos poemas, cheios de vida
ResponderEliminare sentimentos.
feliz domingo,
bjs
Doce como o mel, este poema, caro Jaime.
ResponderEliminarO destino dos zangãos é esse. Eu até
lastimo tal sorte, mas a mãe-natureza
é que sabe. Fiz em tempos um pequeno
texto tendo como tema um coisa parecida
e terminei dizendo: A fêmea é que decide
sempre" :)
Abraço
Olinda
Hello Jaime,
ResponderEliminarWhat a deep poem.. Thanks for sharing. Have a nice week :)
Está muy bien escrito!
ResponderEliminarBoa noite, Jaime. O seu poema é muito belo e interessante, percebi as metáforas e as achei inteligentes, se for realmente o que li, rs.
ResponderEliminarCertamente haverá um zangão que não terá o amor e a cumplicidade intrínseca da abelha.
Sempre uma honra ler você.
Parabéns e excelente mês.
Beijos na alma.
Isto. Foi. Simplesmente. Sensacional.
ResponderEliminarUm poema com um fundo de doçura... que vai revelando a amargura de um amor não correspondido! Está muitíssimo bem concebido, Jaime!!! Muito parabéns! Mais uma inspiração de excelência!
ResponderEliminarUm beijinho!
Ana