Naquele tempo,
os peixes viram-se livres de redes e barcos,
a terra não foi mais arada
e do alcatrão e do cimento
desabrocharam rosas virtuais.
Enquanto isso,
a Justiça dormia e os paraísos,
explorados pela banca da sábia seita
cavaquista,
tinham aparência legal.
Era o mercado contra o povo
e a pança cheia
dos que nada produziam
transformados em abutres financeiros.
Já falida,
a banca ainda era caucionada
pelos que já tinham posto o seu dinheiro a
salvo
com desmesuradas mais valias,
alegadamente a troco de um casarão.
Mais tarde,
o povo, que diziam ter gasto de mais,
salvou os bancos da bancarrota
com o seu próprio dinheiro.
E hoje,
ingratos e insaciáveis,
cobram-nos juros a mais
e pagam-nos juros a menos,
acrescidos de taxas e mais taxas,
enquanto o sábio dos sábios, no seu casarão,
escreve livros que não falam disso.
© Jaime
Portela, Julho de 2023
Uma realidade em tom poético a merecer um aplauso... 👏👏👏
ResponderEliminarUma realidade indesmentível. Faz lembrar a canção " eles comem tudo, eles comem tudo, e não deixam nada ". Uma semana feliz.
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ResponderEliminarFantástico, Jaime!
Pagamos juros e mais juros, reformados
com pensões de miséria pagam a manutenção
da conta com os olhos da cara, e vemos
que os que têm mais fogem aos impostos pois
podem abrir contas em paraísos fiscais.
E assim vai este barco...
Boa semana, amigo.
Abraço
Olinda
Seita cavaquista
ResponderEliminar🙂
Gostei da metáfora jaime
Abraço
Ora nem mais! Uma realidade que está difícil de mudar.
ResponderEliminarBoa semana
Qualquer semelhança com a realidade não terá sido mera coincidência.
ResponderEliminarO escritor, no casarão, não é o tal que ficou sem memória, só com uma vaga ideia??
Abraço, boa semana
Excelente e verdadeiro poema de intervenção sobre a dura realidade que nos impõem!
ResponderEliminarQuerido amigo, abraço e que a tua semana seja boa.
Maravilhoso olhar poético sobre uma realidade tão feia, de abutres financeiros se alimentando do dinheiro do povo!
ResponderEliminarabraços,linda semana! chica
Olá Jaime,
ResponderEliminarIncrível poema mais virado para a politica. Uma sátira muito bem construída.
É uma triste realidade. Um ingratidão desmedida ao povo.
Um abraço Jaime, uma boa semana! 👏
Straordinaria!!!tema molto importante quello della finanza, di banche spietate con la povera gente e pronte a chiedere di essere salvate con i soldi nostri quando sono vicino al tracollo. E poi paradisi fiscali e ancora troppa gente che non capisce, non ascolta chi ne parla e persino nega l'evidenza.
ResponderEliminarBom dia, Jaime
ResponderEliminarPoema que retrata a dura realidade, um forte abraço.
Olá, amigo Jaime!
ResponderEliminarA situação caótica que estamos atravessando onde a miséria reina e o bolso de uns privilegiados engordam, cada dia piora mais achatando salários nossos e causando desgaste emocional ao vermos nossos semelhantes entregues à carência total.
O mundo anda em polvorosa.
Um poema escrito com muita sabedoria e atualidade.
Tenha um agosto abençoado!
Abraços fraternos de paz
Conseguir fazer um poema que é uma enorme crítica ao estado de coisas a que chegámos, não é para todos. O fosso social tornou-se cada vez maior e assim continuará porque há quem tudo tenha e há aqueles a quem tudo falta.
ResponderEliminarUma boa semana, meu Amigo Jaime.
Um beijo.
Um poema a ilustrar a realidade triste do Mundo...
ResponderEliminarBrilhante como sempre...
Beijos e abraços
Marta
Ainda hoje o povo se sacificando para pagar tributos e
ResponderEliminarver seu dinheiro sendo usado nas grandes viagens e nada
de proveito sentimos e vemos,
Enfim, 'sábios e sábios',Jaime
e continuamos alheios e coniventes .
Boa reflexão poética
Um abraço grande
Um belo e actual poema.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Boa tarde Jaime,
ResponderEliminarUm poema magnífico bem ilustrativo do que foi e continua a ser a realidade em que vivemos, com a agravante de certas pessoas gostarem de dizer coisas absurdas!
Os tais livros só servem para espalhar veneno.
Haja esperança de que o Homem troque a altivez e a ganância pela humildade e generosidade.
O mundo teria paz e todos viveríamos melhor.
Beijinhos e uma boa semana.
Ailime
Te felicito por un poema tan brillante.
ResponderEliminarUn abrazo.
Te felicito por un poema tan brillante.
ResponderEliminarUn abrazo.
Muito bom. Um poema de intervenção, cheio de intencionalidade. Os bancos, esse é um tema que me deixa em total revolta dado o escândalo dos lucros feitos sobre a desgraça dos povos e com a conivência dos poderes.
ResponderEliminarOs meus parabéns e a minha solidariedade.
Um abraço.
Poema sublime, onde estão bem representados os problemas da nossa sociedade.
ResponderEliminarParabéns, caro amigo Jaime. Gostei muito.
Votos de uma excelente semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Poema sublime, onde estão bem representados os problemas da nossa sociedade.
ResponderEliminarParabéns, caro amigo Jaime. Gostei muito.
Votos de uma excelente semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Those who demand answers from us are the ones who usually betray us. Ingratitude is worse than giving alms without realizing the real conditions of those in need. What is certain is that nothing falls from Heaven.
ResponderEliminar♥ Poetic and cinematic greetings.
Jaime,
ResponderEliminarE esse tempo vai se
estendendo e
sendo parte de nós
e de nossa vida.
Lindos versos.
Boa nova semana
e que que o mês de agosto nos
seja favorável!
Boa nova semana.
Bjins
CatiahoAlc.
Olá caro Jaime.
ResponderEliminarTriste realidade.
Gostei imenso do seu poema.
Boa noite e feliz semana.
Abraço!
Nem mais, amigo Jaime, e o impacto desta injustiça (sim, porque se trata disso mesmo) tem efeitos muito graves no povo (como diz) ou na classe média que adquiriu casa para constituir família. É importante que nos indignemos. É nosso dever e direito.
ResponderEliminarUm poema extremamente político, somente é pena que o senhor do cadeirão não o leia.
ResponderEliminarEmbora eu seja da opinião que todos os senhores dos cadeirões não lêem poesia — se a lessem, não a compreendiam.
Boa semana, caro amigo Jaime
Um abraço solidário da aldeia do Düssel.
Quem tem um casarão; tem também um cadeirão‼️
ResponderEliminarÉ a visão política que tenho da minha janela da cozinha‼️
Belo poema.
ResponderEliminarDesde que haja algo de terra, tudo adquire vida. Essa é a energia que impulsa os teus versos.
Grande abraço de vida
Poema profundo de una realidad que indigna. Te mando un beso.
ResponderEliminarMeu amigo poeta Jaime,
ResponderEliminarAqui, aí e acolá os problemas são semelhantes,
e estamos cansados de vermos sempre as mesmas cretinices,
saindo governo, entrando governo, e o povo se lascando cada vez mais.
Não existe moral naquele meio, é o egoísmo a mil, governam para eles.
Li só verdades e muito bem avaliado esses tais governantes.
Não enganam mais ninguém. Mas poder na mão dessa gente, amigo,
não dá para saber o futuro...é vendaval!
Uma ótima semana, isso é desejo, pois nem sabemos se isso irá acontecer!
Beijinhos.
Bem contado. Mas a realidade é ainda mais macabra do que isso...
ResponderEliminarBeijinhos e bom novo mês!
Pois não sei, não!
ResponderEliminarOnde acaba a realidade
e começa a ficção.
Com todos os males advindos do alcatrão
Não foi Cavaco que deu de frosques
e cobertura ao desmemoriado
nem se foi licenciar, pra lá do Mar
nem foi a Banca que pagou
para ele leccionar, lá nos Estates.
Já governou licenciado
fez mestrado...e até tá doutorado.
Ou será que não percebi nada do poema,
e nem foi nos tempos idos
que a trama nos tramou?
Abraços de amizade. :)
Bpa tarde JP
ResponderEliminarem poema sublime, uma realidade que não se pode ignorar.
parabéns pela coragem.
gostei e aplaudo o poema.
um beijo
:)
Esa valiente critica y denuncia que haces en tus versos, la sufrimos creo en todas partes, la diferencia de clases cada dia se agiganta, el salario no da para nada y hay que pedir ayudas a las asociaciones, largas colas de hombres y mujeres teniendo que pedir lo que por ley les pertenece
ResponderEliminarUn gran poema, te dejo un abrazo
Gostei bastante do poema. Parabéns Poeta!!
ResponderEliminar.
Não vale a pena ...
.
Beijos, e uma excelente semana.
Interesante reflexión de la vida misma que nos lleva a pensar profundamente el camino en el que andamos cada día.
ResponderEliminarBrilhante e pertinente poema.
ResponderEliminarBeijinhos
Sem muito tempo livre, mas como sabes venho ler as tuas palavras muitas vezes, apenas não comento todas as vezes. Beijinhos
ResponderEliminarAssim se verifica que mais do que uma política ideologizada faz falta uma política com um firme projeto económico-financeiro.
ResponderEliminarAbraço de amizade.
Juvenal Nunes
Olá, caro amigo Jaime,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um bom fim de semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Realidade difícil de mudar.
ResponderEliminarMagníficos os teus Poemas de intervenção.
Parabéns, Jaime.
Abraço
SOL da Esteva
Um belo olhar poético sobre essa realidade caótica que enfrentamos e sem premissas de mudanças em prol do bem dos menos afortunados
ResponderEliminarHaja esperança pra ver alguma mudança
Um abraço Jaime