As palavras
são pousadas com suavidade
no regaço da flor inquieta,
entoando tónicas
as sílabas que chamam nuvens.
A respiração timbrada
quebra o sussurro da razão,
somente uma brisa inaudível
que não desadorna o momento.
O quebranto do olhar
vai deslizando sem quebras
até preencher certezas
e silenciar dúvidas do amor
que é cego quando nasce.
© Jaime Portela, Junho de 2024
A paixão tem esse efeito secundário, normalmente.
ResponderEliminarAbraço, boa semana
Over time, words become biographical tattoos and love is the ink that writes this biography.
ResponderEliminar(ꈍᴗꈍ) Poetic and cinematographic greetings.
Olá meu amigo!
ResponderEliminarOutro dia, conversando com uma amiga que se casou com um marido abusivo e agressivo, que batia nela e que não ajudava com as contas de casa, eu falei:
Mas estava claro que ele seria assim, quando vocês namoravam.
Ela respondeu:
É... O amor é cego mesmo. Todo mundo me falava e eu não enxergava.
Boa semana!!
Adorei a primeira estrofe
ResponderEliminarLINDA poesia,Jaime e por vezes a cegueira é voluntária...rs...
ResponderEliminarabraços, linda semana! chica
Essa é uma cegueira atrás de quem todos correm para a sentir, e inspirar, enfim, para alcançar...!
ResponderEliminarEste seu belo poema, subtilmente alusivo ao Amor, amigo Jaime, é de uma doçura que reconforta. Adorei!
Um beijo com votos de uma boa semana.
"O amor é cego mas vê", cantava alguém. A verdade é que há uma certa cegueira no começo de qualquer amor. que se dissipa quando o tempo, ao passar, revela toda a verdade. Bom poema, meu Amigo Jaime.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
O olhar fica pesado, sombrio...quando entra a desilusão...
ResponderEliminarMas o amor continua... a viajar...por nós...
Lindo...
Beijos e abraços
MARTA
Muito bonito!
ResponderEliminarBoa semana
E viva a cegueira do amor, que nos faz enxergar de maneira belas o mundo.
ResponderEliminarBeijinhos poéicos em seu coração.
ResponderEliminarJAIME PORTELA,
"entoando tónicas as sílabas que chamam nuvens".
Cada frase poética desses seus versos dariam para escrever outros vários poemas.
Ganho sempre que venho aqui,obrigado!
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Um abração carioca.
De regresso e deliciada com este belíssimo poema!
ResponderEliminarSobre a ausência nas semanas anteriores, a culpa foi do Camões... 😃
Abraço, muito boa semana.
É essa cegueira que dá lugar ao desassossego.
ResponderEliminarUm abraço.
O amor ou a paixão, meu amigo ?
ResponderEliminarGostei muito....
Abraço, boa semana :)
Una muy bella poesía.
ResponderEliminarMuy agradable disfrutarla.
Feliz semana.
Un abrazo.
Quase sempre ... "é cego quando nasce"!
ResponderEliminarBoa semana 👏😘💞
O amor é sempre cego quando nasce, é verdade. E continua cego, até uma das partes começar a usar óculos e a ver melhor.
ResponderEliminarGostei bastante, amigo Jaime.
Votos de uma excelente semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
Oi, querido.
ResponderEliminarCurti seu poema e a reflexão que ele trouxe.
Eu acho que a gente sempre sabe, ou na maioria das vezes, mas muitas vezes, por inúmeras razões, nós escolhemos não ver, porque o outro, e até mesmo nós, de alguma forma deixa rastros por onde passa de quem é de fato. Só que enxergar, tirar as vendas dos olhos, vai implicar em escolhas e é aí que eu acho que está o xis da questão. Eu escolho continuar com essa pessoa e ficar sozinha por um tempo, ou prefiro continuar? Toda escolha traz consequências...
Beijo, beijo e ótima semana.
She
Boa tarde de Paz, amigo Jaime!
ResponderEliminar"Silenciar dúvidas do amor
que é cego quando nasce."
Ele não tem nada de cego, se enxerga tudo claramente e se deixa iludir...
Sobretudo em pessoas que perdoam, dão novas chances e saem sempre perdendo. O rancoroso não é passado para trás, é astuto e traiçoeiro. Sabem como 'sair por cima' do coração estraçalhaço do outro.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos
Boa tarde Jaime,
ResponderEliminarMagnífico poema que muito apreciei.
O amor é cego e essa cegueira geralmente vai-se desanuviando à medida que o tempo passa. O tempo é nosso aliado para o bem ou para o mal. Cabe-nos escolher.
Beijinhos e boa semana, amigo Jaime.
Emília
Já cantava Tomás Alcaide, o grande tenor português que faleceu nos anos 60, uma canção lindíssima, que eu ouvia também o meu pai cantar (o meu pai cantava muito bem, parece que estou a ouvi-lo):
ResponderEliminar“O amor é cego e vê, não sei porquê, Deus lhe deu esta graça, este poder fatal… “.
E desse quebranto é feito – atrevo-me a acrescentar!
Lindo!!!
Uma semana feliz.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Depois de belas homenagens a Camões ( ele que me perdoe, mas custou me tanto ler os Lusíadas, interpretá-lo, dividir orações etc, etc, que ainda hoje tenho pavor dele...) onde falas do que ele escondeu das tragédias causadas pelos nossos descobridores, vens agora falar do Amor que é cego quando começa. É verdade, no início tudo é florido, mas à medida que se vai conhecendo o outro, às vezes, tudo desmorona . Infelizmente, são muitos os casos e quando há crianças no meio, o assunto torna-se ainda mais doloroso. O nosso Camões também cantou o Amor em belos poemas, mas a poesia tem o condão de amenizar e embelezar as dores do Amor. Sim, o amor também causa algum sofrimento, porque ele faz parte da vida e esta tantas vezes é dura e sofrida. Apesar disso, há muita gente que supera e dá-lhe mais uma oportunidade, conseguindo seguir em frente, amando. Não se deve desistir do amor ao primeiro contratempo, porque, apesar dos pesares, ele vale muito. Jaime, andei ausente por motivos de saúde ( nada de grave ) e a disposição para os blogues era muito pouco; já mais animada, aqui estou para prestigiar este " rio sem margens " que, agora, com tanta chuva já transborda de carinho e belas palavras. Beijinhos, caro Amigo e saúde para todos aí em casa
ResponderEliminarEmilia
O AMOR que é cego quando nasce … continua cego até à morte.
ResponderEliminarO „eu lírico“ sempre atento e realista.
Abraço de uma Alemanha 🇩🇪 em festa!!
Pensei que o que cega é a paixão, Jaime…
ResponderEliminarO amor, ai o amor
pode chegar como uma flor
ou ligeira inquietação
talvez com o acerto do olhar
que desacerta o coração.
Mas sem o poder confirmar
acrescento que a palavra
é a seara que o lavra
como a voz que o vai cantar.
O amor, ai o amor…
sílaba alta em céu escarlate
e outras também de dor
quando e sem deixar de ser flor
há quem não cuide e o mate.
Como em tantas outras coisas, sobre o amor, “só sei que nada sei.”
Beijinho para si, Jaime.
Jaime, e o que pode chegar a abranger: esse é o potencial do AMOR.
ResponderEliminarBelo poema.
Boa semana, com um grande abraço de vida
Muy cierto, cuando amamos no nos damos cuenta de los defectos de quien queremos. Te mando un beso.
ResponderEliminarIntense osservazioni poetiche in questa lirica di grande realtà.
ResponderEliminarBuona estate e un saluto
No princípio, todos os amantes estão incólumes.
ResponderEliminarDaí para a frente tudo pode acontecer.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
boa tarde JP
ResponderEliminarpois é.
nasce cego, mudo e surdo.
nem sempre, mas, quase.
um trabalho muito interessante, que gostei de ler.
boa semana.
:)
Olá caro Jaime.
ResponderEliminarRealmente é um bonito poema.
O amor é cego quando nasce.
Gostei imenso caro poeta.
Boa noite e feliz semana.
Beijo.
O amor é assim ,suave
ResponderEliminare quando entoas esse poema e
'vai deslizando sem quebras'
quem precisa dos sussuros da razão, Jaime?
Enquanto te leio e gosto de te ler , vou retornando aos costumes.
com muitos abraços
Olá, querido amigo e poeta Jaime,
ResponderEliminarno começo penso ser paixão, essa pode ser cega sim,
depois vira amor, e esse é sensível, delicado, preocupado,
responsável por inteiro, os sentimentos mudam bastante, é o
desejo de estar sempre junto ao ser amado.
Belíssimo poema, aplaudo sempre suas inspirações!
Uma feliz semana, muita paz.
Beijo
Excelente poema, amigo Jaime!
ResponderEliminarO amor é cego e platónico no enamoramento inicial. A prova da verdade surge na convivência quotidiana, na resolução de crises que ou conduzem à evolução da relação ou ao seu definhamento lento e doloroso.
Um beijo.
Olá talentoso Jaime!
ResponderEliminarÉ uma realidade sobre o amor muito bem descrita neste belo poema. Magnífico!
Um abraço e um bom fim de semana para si 😊
Eu não diria que é cego, porque vê bem o que quer,~
ResponderEliminarmas que o apaixonado tem palas nos olhos, isso tem.
Poema magnífico, num tom elegante e cúmplice...
Bom fim de semana. Beijinhos.
~~~~
Uma grande verdade, no inicio o amor é realmente cego, pensasse com o coração e não com a razão.
ResponderEliminarBelíssimo poema.
Beijinhos
Querido amigo, precioso poema, el amor a veces es ciego y vemos cuando ya es tarde.
ResponderEliminarUn placer leerte, me encanto.
Abrazos y te dejo un beso
O Amor é devoção, crença, fé. Até pode ser cego, mas vê-se ao olhá-lo.
ResponderEliminarGostei do Poema, Jaime.
Abraço Amigo,
SOL da Esteva
Adorei o poema. Parabéns!!
ResponderEliminar.
Coisas de uma Vida...
Beijos. Bom fim de semana
Muy bello :D
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