O vento lá fora, numa fona,
a tentar revolver o avesso das pessoas…
E nós cá dentro
num poema de dois corpos,
a serenar a desordem crescente
da cronologia das palavras
que disparamos às cegas,
emaranhadas nos beijos
arrebatados pelo vendaval
dos vasos comunicantes do sangue.
A chuva lá fora, desalmada,
a tentar desabotoar a calçada…
E nós cá dentro
a relaxar nas lareiras do corpo,
a enxugar palavras revoltas
nas gavetas orvalhadas pelas mãos,
a desembrulhar verbos no verso
das pernas da provocação
e a abrir enxurradas no caos
das cabeças sem distância.
O vento e a chuva cá dentro,
amainados,
num abraço tântrico a crescer,
onde só os olhos se mexem
a ouvir murmúrios nas promessas
de ventos com chuva de mel.
Jaime Portela
Que beleza , Jaime !!!
ResponderEliminarBfs
Bjocas
Pois o blogue funciona muito bem sozinho,
ResponderEliminarcomunicando a tua melhor arte - a poesia
sensual e delicadamente erótica...
Muito belo, Jaime.
Férias excelentes.
Abraço
~~~
Versos envolventes, cheios de paixão e desejo!!
ResponderEliminarUm grande abraço amigo Jaime.
Andava tudo "numa fona", de candeias às avessas ...até à calmaria dos murmúrios do olhar.
ResponderEliminarPoema precioso, como sempre,
Beijinhos e boas férias, amigo Jaime.
Jaime Portela
ResponderEliminaro poema comporta um vendaval de garra, a o tornar belo, do jeito do teu jeito.
Boas férias e abraço
E a funcionar na perfeição!
ResponderEliminarGosto muito ... Bj
Fantástico maravilhoso.. Amei
ResponderEliminarParabéns.
Beijos
Quando a companhia é boa o que importa o que se passa lá fora?
ResponderEliminarAquele abraço, boas férias!
Olá Jaime, poema muito interessante, gostei dessa comparação entre a chuva e o vento com nosso mundo interior, foi essa mesma sua intenção? Não sou muito boa para interpretar poemas, hehehe...
ResponderEliminarDe qualquer forma, gostei muito, você é um grande poeta, parabéns!
Bom final de semana, abraços, Larissa.
Seja a chuva lá fora, ou lá dentro; por dentro, onde os corpos e as almas se fundem e se afundam, o certo é que o amor traz não apenas "murmúrios nas promessas de ventos com chuva de mel", mas a certeza de ventos inflamados de ternura e entrega.
ResponderEliminarUm belo poema de amor, querido amigo. Boas férias, merecido descanso.
Beijo de luar
O vento, a chuva, os desejos,
ResponderEliminarAportam á tua lareira
E deixam justos ensejos
Em férias de outra maneira.
Que te vá bem.
Abraço
SOL
que importa se os ventos ferozes cantam la fora se é no aconchego do lar que o verâo vivifica
ResponderEliminarbjs
O Blogue a funcionar sozinho fez um belíssimo poema .
ResponderEliminarBoas férias , Jaime ,
embrulhadas num beijo ,
Maria
Jaime, uma escrita sempre tão inspiradora e apaixonante!!!
ResponderEliminarDois corpos num poema indiferentes à chuva, ao vento, à desordem, ao caos... Porque um abraço é mais forte. Porque o amor é aquilo que mais importa...
ResponderEliminarBelíssimo, Jaime.
Boas férias.
Um beijo.
Muito bonito :)
ResponderEliminarbeijinho e boas férias
Muito interessante sua poesia amigo Jaime. O vento lá fora tenta resolver o avesso das pessoas. E como a vida muitas vezes da esse redemoinho.
ResponderEliminarTenha um abençoado fim de tarde e que se estenda no início da semana. Abraços
Como é bom estar do lado de dentro, quando se tem um aconchego assim.
ResponderEliminarBoas férias!
r: Muito obrigada :)
Maravilha de poema, Jaime!
ResponderEliminarAbraços e boas férias!
Bom dia Jaime, aproveite bem suas férias e tenha bons divertimentos, traga na mala novidades para nos encantar.
ResponderEliminarAbraço!
ResponderEliminarNos ultimos dias o Rio de Janeiro viu ressaca com ondas impressionantes na Baia de Guanabara, vendaval de levar tudo, chuvarada, mas é bom prenuncio da Primavera que em um mes vai chegar.
Boas Ferias.
Bjs
Lindo poema que amei demais. Boas férias querido poeta. Beijos com carinho
ResponderEliminarLrat.
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ResponderEliminarCaros amigos, obrigado pelos vossos comentários. Voltem sempre.
Entretanto, acabei de publicar um novo poema. Espero que gostem.
Continuação de boa semana para todos.
E boas férias, se for o caso.
Saudações poéticas.
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Assim parece bem melhor ficar em casa :)
ResponderEliminarSeus poemas são edificantes para noss'alma.
ResponderEliminarAbraços Jaime.
Carmen Lúcia.
Lírico e sensual poema, amigo Jaime.
ResponderEliminarO exterior, como referência, o interior como vivência maior...
Belo!
Bjinho
Gostei de como usou o jogo de palavras para expressar seus profundos sentires.
ResponderEliminarGrata pela visita .
Diná, é meu nome sim amigo Jaime.
Feliz findi extensivo à uma ótima semana.
Abraço de Paz, deixo!
"O vento lá fora, numa fona,
ResponderEliminara tentar revolver o avesso das pessoas…
E nós cá dentro
num poema de dois corpos"
Lindo isso, Jaime. Só o que importa é o que temos dentro...
Bjs
Um extraordinário vendaval de sentimentos... neste arrebatador poema, que adorei apreciar!...
ResponderEliminarComo sempre, mais um trabalho de excepcional inspiração e qualidade, Jaime!
Adorei ler! Parabéns!
Beijinho
Ana
Amigo, um belo poema. " O vento lá fora, e nós como um poema de dois corpos. Descreves com certeza um amor ardente. Com esse pensamento do Padre Fábio de Melo, desejo a você e sua família tudo de bom no dia de hoje e que no futuro venham dias melhores e felizes.
ResponderEliminar“Você é quem decide o que vai ser eterno em você, no seu coração.
Deus nos dá o dom de eternizar em nós o que vale a pena, e esquecer definitivamente aquilo que não vale...”
Abraços da amiga Lourdes Duarte.
Posia linda e sensualíssima,querido amigo Jaime.
ResponderEliminarSeu poetar é magistral.Uma mistura de docilidade e arroubo.De amor e paixão!
Seu blog está na minha lista de "Blogs a visitar",à direita do meu,com seu nome e recebo suas atualizações.
Beijos sabor carinho e uma semana de bênçãos
Donetzka
Blog Magia de Donetzka