Estás tão longe de mim
que viajo até à nobreza do
teu decoro de velas
suspenso no feixe de luz que
te nasce do olhar,
porque o guardo comigo para
voarmos bem perto.
Quando chegas,
é como rosa em botão que
te descubro,
ainda fechada,
solitária e pronta a
explodir
em mil sóis de pétalas que
me abraçam em delírio.
Peça por peça,
vou-te mostrando no
brilho que te inunda
as pedras preciosas
que me dás infatigável do
teu ser ao desbarato.
Eterna menina em flor,
musa traquina de afetos,
estás tão longe,
nas brumas…
mas tão perto de mim e da
luz
que posso beijar os teus
dedos, os teus sonhos,
numa dança desfragmentada
de lembranças,
corpo a corpo, onde te
mimo e te amo.