Quando
passas,
há
um baque açucarado
que
me desmancha e constrói,
que
me faz estremecer e serenar,
num
síncrono acelerar e travar.
Talvez,
de
mim escondidas,
uma
parte se assuste e outra rejubile
como
a noite fria se aquece
no
remanso dos teus braços.
Talvez,
mas
não há forma de saber o fruto
e de
sentir as raízes tropicais
que em
mim se espalham
e
comandam como hospedeiro cativo
sem
que me fales de amor.
Em todo
o caso,
passa
mais vezes por mim.
© Jaime Portela, Maio de 2019