Vivemos por entre furacões
a desgrenharmos o cabelo nas tormentas.Ficamos bêbados de licores proibidos
e inchados de venenos boquiabertos nos dentes.
Usemos a varinha de condão e,
com artes de magia afortunada,
suspendamos os prantos da boca
e o rezar miserável por chuva no deserto.
Deixemos que a força abatida
seja a mola dos sonhos,
pois há fios coloridos nas nossas mãos a brilhar.
Sonhar é bom, porque nos incendeia
com o verde e moço desatino dos lunáticos.