Para que as flores da verdade
floresçam depois de pisadas,
há que inventar a sincronia das palavras
boleadas na razão e nos factos
e evitar os antídotos que destruam
o viço de flores de outras cores.
Porém, menções às divergências,
de maxilas esfalfadas
na intenção de melhores resultados,
onde os pontos de vista contrários
são como as cerejas,
são atiradas pelas janelas partidas
e caem mortas na rua dos tabus.
Porque, no caminho
onde a difusão requer lógica
para que se torne compreensível,
a vastidão de análises sem ética,
que repetem mensagens disruptivas
exibidas até à exaustão,
disfarça a obrigação de informar.
© Jaime Portela, Novembro de 2024
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