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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A obrigação de informar [587]

 


Para que as flores da verdade

floresçam depois de pisadas,

há que inventar a sincronia das palavras

boleadas na razão e nos factos

e evitar os antídotos que destruam

o viço de flores de outras cores.

 

Porém, menções às divergências,

de maxilas esfalfadas

na intenção de melhores resultados,

onde os pontos de vista contrários

são como as cerejas,

são atiradas pelas janelas partidas

e caem mortas na rua dos tabus.

 

Porque, no caminho

onde a difusão requer lógica

para que se torne compreensível,

a vastidão de análises sem ética,

que repetem mensagens disruptivas

exibidas até à exaustão,

disfarça a obrigação de informar.

 

© Jaime Portela, Novembro de 2024


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