A gente irrepreensível dos gentios
é a beleza espiritual da gente que há.
A pobreza não existe quando todos são pobres
e ninguém peca
quando os atos
com e sem pecado se confundem.
A gente irrepreensível dos religiosos
é a beleza espiritual da gente que não há.
A riqueza existe quando há pobres
e há pecado enquanto houver pobreza.
A gente irrepreensível do nirvana
é a beleza espiritual de não haver gente.
A pobreza e a riqueza
são castas que não se fundem
num estado a que ninguém chega.
© Jaime Portela, Março de 2025
35 comentários:
Olá, amigo Jaime!
"A beleza espiritual da gente que não há."
Tantas verdades diz no seu poema com tão poucas palavras.
Falta-nos muito para chegarmos a uma "pobreza" espiritual.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos de paz
Sempre interessantes.
Boa semana
Muitissimo bom e excelente análise, parabéns !
Meu caro Jaime, boa semana e excelente Abril !
Te abraço :)
A pobreza e a riqueza são responsáveis por tantos desvarios da humanidade. Um poema cheio de motivos de reflexão.
Uma boa semana, meu Amigo Jaime.
Um beijo.
Osservazioni intense, in questa originale lirica, che induce a ricerche e a pensieri profondi.
Buona settimana
O poeta escreve sobre a natureza da pobreza, riqueza e espiritualidade. Ele sugere que a verdadeira beleza espiritual não está ligada a condições materiais, mas sim à essência do ser humano. A ideia de que a pobreza não existe quando todos são pobres e que o pecado se confunde com a vida quotidiana provoca uma reavaliação dos valores que muitas vezes consideramos absolutos.
Abraço amigo da aldeia do Düssel com um sol ☀️ bastante tímido.
Grazie per l'iscrizione al mio blog.Buona serata.
'Gentios' são, segundo aquela antiga canção, pessoas africanas e sem Fé.
Aqui, o poeta deu-lhe um outro sentido.
Não posso dizer que este, tenha sido um poema que tenha bulido muito comigo, mas que tem uma mensagem implícita, sem dúvida que sim.
Um abraço, amigo Jaime.
Caso não conheça a canção, Jaime, deixo-lhe esta versão, um pouco mais recente.
:)
https://www.youtube.com/watch?v=C1zhsg-2YCc
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E ficamos todos "mais pobres"... porque todos se queixam...
Interessante como sempre...
Beijos e abraços
Marta
Que bela poesia. Obrigado pelo compartilhamento.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
A pobreza material é de facto um fator de descrição social. Mas não significa, que essas pessoas sejam pobres de riqueza interior e sabedoria, pelo contrário. Aqueles que tendo bens materiais, se julgam superiores, esses sim, são pobres criaturas.
Principalmente aqueles, que sofrem do complexo de superioridade.
Excelente poema amigo Jaime.
Gostei bastante.
Abraço amigo e boa semana.
Mário Margaride
Boa tarde JP
Este poema apresenta uma reflexão filosófica sobre a condição humana, explorando diferentes perspectivas sociais, religiosas e espirituais da "gente". O jogo de contrastes entre presença e ausência, riqueza e pobreza, pecado e virtude, confere-lhe uma profundidade que ressoa com questionamentos existenciais.
Na primeira estrofe, há uma visão quase utópica da humanidade, onde a igualdade na pobreza dissolve o conceito de escassez e de erro moral. A segunda estrofe, em oposição, critica a estrutura que perpetua desigualdades, a existência da pobreza sustenta a riqueza e mantém vivo o conceito de pecado. Já na última, a ideia do nirvana anula a própria humanidade, pois, sem gente, não há sofrimento, nem distinções de classe.
É um poema que provoca, sem impor respostas, mas desafiando a interpretação,
convidando o leitor a reflectir sobre os paradoxos da sociedade e da espiritualidade.
Boa semana com saúde e inspiração.
Um abraço
:)
Pecado é não pecar. Hoje, com este poema, bem se pode atingir o nirvana!
Desejo de uma semana feliz e libertadora.
Existem mais pobre do que ricos, e infelizmente os pobres sofrem mais, Jaime boa semana abraços.
Un poema muy bello y de gran reflexión.
Me encantó leerlo.
Feliz semana.
Un abrazo.
Há quem não queira ver que há ricos e pobres "porque sempre foi assim".
Boa semana.
Um abraço
Ciao mi dispiace ,nella colonna destra del blog scorrendo troverai il Translate di google. spero di esserti stata utile.
Un caro saluto
Rakel
Que maravilha de reflexão! A forma como a poesia nos conduz a questionar os conceitos de moral, pobreza, riqueza e espiritualidade é algo profundamente tocante. Cada verso carrega uma verdade nua, que nos faz refletir sobre a dualidade da existência humana, a maneira como as categorias sociais e espirituais se entrelaçam e se contradizem. A maneira como você fala sobre a pobreza e a riqueza, não como opostos, mas como elementos que se fundem na experiência do ser, é fascinante.
A simplicidade com que os conceitos mais profundos são apresentados, sem a necessidade de soluções fáceis, cria uma atmosfera de introspecção que nos convida a repensar o que realmente significa ser irrepreensível. É uma poesia que nos eleva, nos provoca e, ao mesmo tempo, nos acolhe com seu abraço de complexidade. Realmente, uma beleza sutil e imensa.
ABRAÇOS
Between rich and poor I find your poem so nice, I wish you a happy week.
Intenso e profundo. Para ler e reler.
Cumprimentos poéticos
In this increasingly capitalist world, even brothers ignore each other.
(ꈍᴗꈍ) Poetic and cinematic greetings.
Profundo poema. Me gusto mucho y me hizo penas. Te mando un beso.
Olá caro Jaime.
Muito bom poema amigo poeta.
Suave seja a sua semana.
Beijo!
Uma análise social excelente neste seu
belo poema, caro Jaime.
Abraço
Olinda
Sou dos que querem acabar com os pobres, não com os ricos.
Abraço, boa semana
Un poema comprometido.
Qué gran pecado de todos es la pobreza de tanta gente.
Saludos.
Bom dia Jaime,
Um poema magnífico, muito profundo, que leva também a uma reflexão bem aprofundada.
A pobreza e a riqueza, males dos nossos tempos, que provocam grandes assimetrias e são causadoras de tantos sofrimentos.
Um beijinho, amigo Jaime, e uma boa semana.
Emília
Olá.
Como sempre, um poema instigante e provocante que sugere questões ainda não resolvidas produzidas por esta nossa gente dita humana.
This piece really dives deep into the contrast between spiritual ideals and the harsh realities of society. The way it explores the relationship between poverty, wealth, sin, and spiritual purity is powerful. I especially love the shift in perspective from the "blameless people of the Gentiles" to the "blameless people of nirvana"—it’s like the poem is trying to show how ideals that seem perfect are often impossible to fully achieve. It’s almost like questioning whether true purity can exist in a world where human contradictions always come into play. What do you think—does nirvana represent freedom, or is it just another unattainable idea?
Não há pobreza quando todos são pobres. E pobreza e riqueza são castas que nunca se fundem. Com certeza! Pena que a pobreza é para muitos e a riqueza é para poucos.
Um abraço!
Olá, amigo Jaime, gostei muito de ler este seu excelente poema,
um poema com um viés social, tão apropriado para as nossas reflexões no mundo conturbado em que vivemos.
Um boa semana, com muita paz.
Grande abraço.
Excelente ponto de vista! Obrigada pela reflexão!
Bjxxx,
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A riqueza existe quando há pobreza e vice-versa! Em poesia para refletir 👏👏👏😘
Infelizmente o fosso entre a pobreza e a riqueza cada vez é maior.
Um poema sublime!
Beijos e um feliz mês de Abril
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