Tudo é alegre e solidário
no âmago das nobres almas felizes
na festa que não dura mais que uns vapores,
enquanto as palavras,
que parecem sentidas,
tentam seduzir a indecisão dos calados,
tida por timidez.
Na contradança festiva,
empolgada na repetição dos slogans
e nos vai-acima vai-abaixo do jantar,
há sempre uma ligação etilizada
entre os altruísmos e os digestivos
e são inúmeras as intenções
que padecem das metáforas dos copos
ou da redundância da sede.
© Jaime Portela, Junho de 2025
2 comentários:
Olá, amigo Jaime!
Você descreveu, poeticamente, o por trás das festividades e reuniões sociais. Tem vez que até das familiares, muitos se escondem nos copos e talheres...
A fome e a sede não são saciadas em muitos banquetes.
Não há o principal...
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos
Lindo poema e tantas vezes assim é!
Aparências apenas...Uns até a alegria fingem ou precisam se etilizar para tê-la! abraços, linda semana, chica
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