Os compradores de inutilidades
são mais inteligentes do que parecem,
constroem fantasias
e imitam as crianças nas compras.
As pequenas coisas supérfluas
que os seduzem,
conquistam-nos do modo contente
de uma criança
que coleciona búzios na areia do mar.
Sonham com eles fechados nas mãos
porque, se desaparecem,
perdem pedaços do sonho
e choram como um todo-poderoso
a quem tirassem
o mundo recém-construído.
© Jaime Portela, Julho de 2025
7 comentários:
bonjour mon ami tu vas bien
passe un bon lundi bonne semaine bisou ton amie thérèse
Não são todos os coleccionadores assim?
Gostei do poema e desejo-te, num abraço, boa semana .)
Linda poesia,Jaime e gostei da comparaçao coa as crianças à beira mar sonhando com búzios ,colecionando ....Não só esses, mas tantas quinquilharias! abraços, linda semana,chica
Olá, amigo Jaime!
Confesso que prefiro continuar catando contas pela areia da praia.
Inutilidades são desperdícios.
Entretanto, seu poema é de uma beleza rara, cheio de psicologia.
Inteligente momento poético.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos de paz
Um tema muito atual e muito interessante. Lindo!
O que há mais é compradores de inutilidades. Não sei se são inteligentes, mas são com certeza colecionadores de muitas coisas sem interesse. Gosto das sua reflexões.
Tudo de bom.
Um beijo.
Jaime, que perfeito esse poema sobre os "supérfluos necessários". O primeiro verso é de uma grande lucidez porque tudo o que se quer de vez em quando é imitar as crianças e se lambuzar de sorvetes e doces.
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