Um lago sossegado reflete o céu
mas, no fundo imerso,
há enigmas que sempre virão à superfície
como o azeite.
A altivez que encobre a corrupção
tem mantos dourados,
ornamentados com palavras de glória
que escondem as sombras da história.
Quando o espelho protetor se quebra,
a imagem desfoca o enfeite
e o pânico leva à gaguez
ou à fuga para a frente
de uma arrogância acrescentada
num castelo feito de bravatas
e reptos para um duelo,
construindo um novo foco.
O riso torna-se fumaça, esconde a incerteza,
mas a verdade rasgará o véu e,
sob a fachada de força e honradez,
a essência surgirá despida e vergonhosa,
com o trono a ruir sob os seus pés.
Ou talvez não,
se o político corrupto tiver amigos na Justiça.
© Jaime Portela, Julho de 2025
5 comentários:
coucou bonjour merci pour ta gentil visite sa fait plaisire
bonne semaine bisou ton amie thérèse
Um poema cheio de actualidade. Por entre a suas palavras se depreende quanto abomina a corrupção que se esconde subtilmente por entre aquilo que é mais interessante ou que se vê com agrado. Depois há o compadrio inerente à mesma corrupção.
Infelizmente é assim.
Uma boa semana.
Um beijo.
Olá, amigo Jaime!
Um retrato social bem delineado em seu poema.
"A verdade rasgará o véu."
Aqui no Brasil, estamos esperando a verdade vir à tona...
Oxalá não se tenha 'amigos' na justiça falida humana para não máscaras a verdade.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos de paz
Belas e incríveis palavras. Obrigado por compartilhar.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Sob os mantos dourados ( ou dos topetes) há muiiiiiiita sujeirada e politicagem vil ...
Linda poesia!
abraços, ótima semana! chica
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