Há pombas brancas
que dançam nas tuas mãos
e a tua boca tem pássaros
que aos meus sentidos vêm ciciar.
Nos teus movimentos,
vejo-te andorinha quando te levantas,
cotovia quando me olhas
ou albatroz nas tuas fúrias
de vaidosa desinteressada.
És um bulício de asas,
um hidroavião barulhento
que assusta as gaivotas
que querem pousar no meu lago.
© Jaime Portela, Outubro de 2025
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