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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Esta imensa e pouca Terra



Esta imensa e pouca Terra,
que exaurimos
apressados como o comboio
que passa a engolir os carris
sem parar no apeadeiro para pensar,
está prestes a descarrilar.

Por fraudulentos limites,
ao lucro imediato não lhes dói,
nem os comove,
fazer tábua rasa das leis da Natureza,
onde nem tudo se transforma
como disse Lavoisier.

E o futuro que vemos,
ao olhar o presente
de prados já carcomidos, inseguro vive
pela virtuosa vista que mingua.      



Jaime Portela


41 comentários:

Larissa Santos disse...

Bom dia. Poema lindo de mais. Parabéns Poeta.

Hoje temos:- {Meu olhar emudecido...}

Bjos
Boa Quinta-Feira

Carmen Lúcia.Prazer de Escrever disse...

Refletir,essa é a palavra exata para pensarmos o quanto nos desapegamos ao que se passa em volta de nós,começando pela Natureza que aos poucos está se transformando,não sabemos como será o futuro pelo que estamos passando agora no presente!!
Belas palavras Jaime.
Bjs e obrigada pela visita.
Carmen Lúcia.

Beijaflor disse...

Tudo está ficando crítico
Juízo está a fazer-se pouco
Todo o panorama politico
Está cada vez, mais louco!

Abraço

Pedro Coimbra disse...

Somos nós, os racionais, que a estamos a matar, Jaime Portela.
Sem dó nem piedade.
Aquele abraço, Bfds

Marta Vinhais disse...

Caminhamos para o caos... ao desafiarmos tudo...

Brilhante como sempre...

Obrigada pela visita

Beijos e abraços
Marta

Cidália Ferreira disse...

Que bonito!! Amei!

Beijo e um excelente dia.

Tais Luso de Carvalho disse...

Teu último verso cobre tudo das mais puras verdades: futuro incerto para muitos povos, cada um com suas peculiaridades, tendo na suas cúpulas as mais diversas falcatruas.
Muito bom, Jaime, gosto muito de poemas sociais.
Beijo, amigo!

Unknown disse...

Boa tarde, Jaime. Infelizmente, vemos a corrupção como legado, um desgaste visível, só não podemos deixar de lutar.
É inevitável viver com segurança numa situação dessa.
Parabéns.
Tudo de bom.
Beijos na slma.

Unknown disse...

Boa tarde, Jaime. Infelizmente, vemos a corrupção como legado, um desgaste visível, só não podemos deixar de lutar.
É inevitável viver com segurança numa situação dessa.
Parabéns.
Tudo de bom.
Beijos na alma.

Lua Singular disse...

Foi dado uma imensa Terra para o homem desbravar.
Mas ele transforma o presente em labaredas ardentes, aí mudou, pois num solo queimado fica estéril.
Não adianta bombeiros que reagem a tal verdade.
Linda poesia sofrida.
Beijos
Lua Singular

Emília Pinto disse...

" Não sabemos de onde vimos " dizes tu e muito bem; puseram-nos cá e nem sequer fomos ouvidos no assunto; para onde vamos, começamos a saber pouco depois de cá estarmos e, com o passar dos anos fomos tendo a certeza mais que absoluta do lugar que nos está destinado. Fomos também sabendo que nos foi dado o maior presente que algum ser vivente jamais imaginou receber e å medida que fomos caminhando fomos conhecendo melhor esse lindo planeta azul que foi colocado à nossa disposição para dele desfrutarmos; mas o que temos feito nós com essa dádiva maravilhosa? Usamos e estragamos, voltamos a usar e de novo a jogar para o lado; parecemos aquela criança que recebe um belo presente com um lindo laçarote e apressada, rasga o papel sem paciência; vendo o que está lá dentro, faz beicinho e imediatamente joga o brinquedo fora, sem sequer agradecer a quem lho deu. Terá com certeza outro brinquedo que talvez lhe agrade mais, mas nós, o que teremos? Com toda a certeza um planeta menos azul, onde o verde que dentro dele tem, se terá transformado em castanhos desbotados...emborratados ...completamente desolados. O teu rio, Jaime, sem margens, dizes tu, não terá, se calhar, nem a água que hoje nele corre. Aqui ela corre limpissima, mas naquele outro lá para as tuas bandas e neste por aqui, pelas minhas, a água é suja e mesmo assim podemos dizer que temos sorte por termos um. Gostei muito deste teu alerta a todos nós, amigo! Muito obrigada e um bom fim de semana.
Beijinho
Emilia

Edum@nes disse...

Nesta terra que tudo cria,
que nos há-de um dia consumir
ninguém a ela consegue fugir
nela tenhamos saúde e alegria!

Tenha uma boa noite caro amigo Jaime Portela, um abraço,
Eduardo.

Célia disse...

Recebemos do Criador o maior dos presentes: - a Vida - a Natureza - e tudo o que nela existe. Mas, não soubemos valorizar o quanto mereciam. Usufruímos sem nada devolver. Veio a cobrança. Alta e difícil conta a ser paga. Com nossa própria vida e a dos descendentes! Humanidade desumana.
Abraço.

Andreia Morais disse...

Concordo totalmente! Este poema transmite bem a realidade dos nossos dias

r: Obrigada e igualmente :)

Franziska disse...

Comparto completamente esa preocupación por nuestro medio ambiente y la comparto porque en todas partes se están dando estos abusos en nombre del desarrollo y hasta del turismo como fuente de ingresos. Saludos cordiales y muy afectuosos.

Luiza Maciel Nogueira disse...

Jaime que poema de despertar urgente para o que ocorre com a natureza. Gostei muito. Um abraço!

Os olhares da Gracinha! disse...

E refletir sobre o assunto é urgente!!!
Gostei de ler ... bj

Arco-Íris de Frida disse...

O mundo todo esta assim... vivemos dias dificeis... poema que retrata bem a realidade...

Beijos...

Vanessa disse...

Que belo poema querido Jaime, repleto de reflexão e sentimento!
Tenha um ótimo fim de semana.

Manuel Veiga disse...

"O comboio a engolir os carris" é uma imagem literária muito sugestiva
que define a realidade do sistema, que não pode parar, se não tomba!

gostei muito. belo e lúcido poema
e fui com prazer que fiquei a conhecer esta vertente da tu Poesia.

forte abraço, amigo Jaime

luar perdido disse...

Querido amigo Jaime, mais um poema de «fazer pensar», porque; para bom entendedor, meia palavra basta.
Despertar consciências, mentes, olhares e sentires, é urgente, ou, de facto, arriscamo-nos a ter uma"imensa pouca terra" sem cura, nem jeito.

Belo poema, meu amigo. Um bom fim-de-semana.
Beijo de luar

SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

Diz um cientista alemão
Que o planeta está lotado,
Nós vemos o resultado
Na quase destruição

Da natureza, e em vão
Alguns lutam, outros de lado
Olham alheios ao prado
Transformado em construção.

Não quero saltar da nave,
Mas vejo a situação grave
Sentido-me um pecador

Entre os tantos que sem jeito
Vivendo, levaram a efeito
O mau feito sem pudor.

Grande abraço. Laerte.

Graça Pires disse...

Somos habitantes apressados deste planeta azul, que não sabemos cuidar...
Belo e inquietante o teu poema, Jaime.
Um bom fim de semana.
Um beijo.

Teresa Almeida disse...

Belas imagens de pressa, de insegurança e de receio. Oxalá os carris se aguentem!

Mais um poema que li com muito prazer.

Beijinho.

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Gostei muito meu estimado amigo!
Um bom fim de semana.
Abraço
OLHAR D'OURO - PHOTOGRAPHY

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

JP

um poema que é um grito poético

vivemos tempos conturbados sem dúvida

esperemos que tudo melhore

bom fim de semana.

beijinhos

:)

M. disse...

Bela reflexão muito actual e pertinente! Onde nos levará tamanha ganância?
Beijinhos, bom domingo de chuva!

Suzete Brainer disse...

Nossa, que poema excelente...
As palavras na força de porta-voz de uma consciência
altiva, no chamando de responsabilidade por este nosso
Planeta que vive a nossa raça humana e coitadinho deste
Planeta, destruído sem piedade no ato da maldade na
contramão da generosidade da mãe natureza.

Parabéns, caro Poeta.

Um domingo feliz e na paz, amigo Jaime!
Beijo.

Minhas Pinturas disse...

Tudo tem começo,meio e fim. Digamos que o enredo da historia deste planeta foi entregue a artistas que por falta de talento, caráter e princípios destruíram os cenários, mudaram a historia, roubaram cenas, guerrearam entre si, mataram, e nada aprenderam. O que restou está quase no fim, infelizmente.
Mas seu poema é de uma beleza contundente, mais uma vez Parabéns.
Abração e beijinhos, Léah

Recomenzar disse...

Una belleza el haberte hallado

Arte & Emoções disse...

Pelo menos aqui no Brasil, onde a pouca vergonha tomou conta dos políticos, temo pelas novas gerações. Belo poema Jaime.

Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.

Furtado

_ Gil António _ disse...

Maravilhoso poema. Gostei demais
.
Hoje
Límpidas Gotas de Amor em execução de Carência.
.
Deixando um abraço poético.
Uma terça feira muito feliz. Boa tarde.
.

Ana Freire disse...

Um poema que nos dá imenso que pensar!
Deixamos uma amarga herança, para as futuras gerações... por actualmente, não se respeitarem as leis da Natureza...
Um poema, para despertar consciências... Gostei imenso, Jaime!
Beijinho! Feliz e inspirada semana!
Ana

Fá menor disse...

Um grito!
Tantas gargantas sufocadas, num mundo que se nos afigura perdido.

Façamos o nosso melhor.

Beijinhos, amigo!

Brisa disse...

Boa noite meu querido amigo Jaime

Depois de um longa pausa (motivo de uma doença prologada,de um ente muito querido)aqui estou e durante esse tempo todo me lembrei sempre das tuas tão belas poesias...
Um tema,preciso das tuas palavras...como sempre magnifico

Bjo e tudo de bom para ti

Diana Fonseca disse...

É sempre tanto e tão pouco. Gostei.

Pedro Luso de Carvalho disse...

Amigo Jaime a Natureza precisa de cuidados, mas são poucos os que com ela se importam. Quem sabe essa também seja uma das missões do poeta.
Um grande abraço.
Pedro

Jaime Portela disse...

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Caros amigos, obrigado pelos vossos comentários. Voltem sempre.
Entretanto, acabei de publicar um novo poema. Espero que gostem.
Continuação de boa semana.
Saudações poéticas.
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Betonicou disse...

Oi Jaime! Desculpe a demora, e nem sei se comentei esse reflexivo texto. Vida muito corrida meu caro. "Estamos tristonhos de dó, porém o sentimento é um só"... Parabéns pela sensibilidade ecológica do poeta. Grande abraço.

Agostinho disse...

O comboio a engolir os carris é uma perfeita imagem do tempo. Nós, presumindo ser senhores de tudo nem reparamos, que somos pontos da paisagem a andar para trás.
Belo trabalho.

Abraço.

SOLIDARIEDADE disse...

Esse velho, corrupto e indestrutível capitalismo e sias consequências.
Abraços