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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

O seu olhar [243]



O seu olhar
é prenúncio de um mar
sem ondas
na enseada que se abre
à desejada e leda nau
que se aproxime.

De veludo
serão as suas ancas
e outras mãos
não se arrogam como suas
se não a assaltam
para que suas sejam todas.

E de seda menina
será a sua rosa
quando de orvalho embebida,
onde as bocas se podem saciar
se a língua se amotina
ao sabê-la embevecida.


© Jaime Portela, Setembro de 2019


23 comentários:

Anete disse...

Um poema profundo e caliente.
Boa semana p vc e família...
Abç

A Casa Madeira disse...

Um olhar diz tudo...

Sempre com belos poemas haja imaginação...

Obrigada pelo seu comentário lá na casa, é sempre bom
saber que as imagens são interessantes e que possam agradar, pois é um
lugar pequeno e simples.
é o estilo que gostamos de ser...
PAZ E BEM.
E uma boa entrada de mês de outubro.

Pedro Luso de Carvalho disse...

Gostei muito deste seu poema amigo Jaime, com belos versos, como os que abrem o seu canto:

“O seu olhar
é prenúncio de um mar
sem ondas
na enseada que se abre
à desejada e leda nau
que se aproxime.”

Parabéns ao poeta pela sua criação poética muito bem construída.
Uma boa semana amigo Jaime.
Um abraço.
Pedro

Janita disse...

Esse olhar, em forma de poesia, tirou-me a fala.
Já li o poema três vezes e não encontro palavras
que se coadunem com as suas, Jaime.
Pelo que só posso dizer quatro palavrinhas:

"Amei Este Belo Poema"

Boa semana e um beijo.

Andreia Morais disse...

Um poema profundo e intenso! Gostei imenso

Boa semana :)

Manuel Veiga disse...

pelo poema, caro Jaime
de uma sensualidade fremente e delicada.

gostei dessa "amotinação" de línguas.

grande abraço. meu amigo

Ulisses de Carvalho disse...

E pelo visto o mar e outras águas e líquidos estão a te inspirar! Catarses, por que não? Um abraço, Jaime, boa semana.

Cidália Ferreira disse...

Mais um brilhante poema!!


Beijos. Boa noite!

Maria Rodrigues disse...

Quanto amor contido nas palavras deste belíssimo poema.
Beijinhos
Maria

Humberto Maranduva disse...

Um poema deliciosamente construído em três tempos-andamentos-estrofes. Uma extraordinária - surpreendente, diria mesmo - inspiração criativa, onde se plasma uma cadência dinâmica que se afirma, por si só, nas bem conseguidas mudanças-cata-(s)tróficas (passagens integradas, sistémicas à estrofe seguinte), num crescendo de divertido gozo (erótico), que só a liberdade poética airosamente consente, nessa praia perene de imaginação inesgotável, que é a alma do poeta.
Excelente poema, caro Jaime.
Boa semana

Tais Luso de Carvalho disse...

Lindo e caliente poema, amigo Jaime!
Aplausos, e uma boa semana com novas inspirações!
beijo

Marta Vinhais disse...

E no olhar escreve-se tudo...
Lindo....
Beijos e abraços
Marta

Lua Azul disse...

Caríssimo: li as suas últimas cinco publicações e digo que estão apuradíssimos os seus versos, bem "temperadas" as palavras... deixam-me sem saber o que dizer, mas deste último, muito "sexy", gostei especialmente!
Grata pela visita e comentário à minha última publicação... a minha inspiração é agora um charco lamacento!
Ultimamente opto por ler e não comentar, de maneira que quem escreve no blog não sabe se passei por lá. A verdade é que não tenho nada de novo para mostrar, por isso faço isso - as pessoas gostam de retribuir visitas.
Abraço

luar perdido disse...

Um poema que é uma deliciosa sedução. Um mar sem ondas onde se deleitam os sentidos, embebidos de um erotismo subtil e fabulosamente bem escrito.

Adorei, querido Amigo Jaime.

Beijo de Luar.

Magui disse...

Que olhar bonito.
Abraço

Emília Pinto disse...

Como a nossa vida se parece com o mar, Jaime!!! Umas vezes tudo está calmo, suave e doce como tantas vezes , calma e suavente, o mar beija a areia e, de repente, de um momento para o outro, sem que se preveja, as coisas mudam; a vida se torna turbulenta, tempestiva e nós, perdidos, tentamos, a todo o custo, sobreviver até que uma " nau " se aproxime e nos salve das ondas gigantes que tentam arrastar-nos para as profundezas. Custa ulltrapassar estas marés altas, de ondas gigantescas e ruidosas, quando se não tem um amor que nos dê a mão e nos ajude a vencer a tempestade e esperar a bonança que, segundo dizem, chega sempre. E chega, amigo, mas, com o amor presente, dando-o e recebendo-o, tudo fica mais fácil...mais doce...mais terno....mais suave, como o veludo. Então...amemos sempre e deixemos que nos amem! Belo, Jaime! Obrigada pelo momento de grande poesia e boa noite. Um beijinho
Emília

Arthur Claro disse...

Linda poesia.

Arthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com

Isamar disse...

Belíssima Poesia, adorei!!!
Beijinhos

Teresa Almeida disse...

Sobrevoando poéticas e sensuais imagens.

Beijinho, Jaime.

Fá menor disse...

E há que saber sempre bem olhar!
O olhar esconde ou reflecte a alma!

Beijinhos.

Majo Dutra disse...

Como de uns olhos plácidos, se pode partir
para uma grande apreciação!!
Ávidos sentires num belo dos teus poemas...

Admirada de nada me ligares, vim à tua procura;
perdi-me do teu blogue, com a agitação do meu
aniversário. Lamento.
Tudo bom.
Abraço
~~~

teresa dias disse...

Gostei, poeta!
Até do «caliente», como diz a amiga Tais.
Beijo.

Giancarlo disse...

Quando voglio leggere una bella poesia so che qui da te la trovo.
Buona giornata.