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segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Os líderes que eu temo [453]

 


São esses

os líderes que eu temo.

E aos que os seguem, discípulos.

Uma procissão de crentes

que esboça planos para a morte,

sem pestanejar um gesto de amor,

com a convicção hitleriana

de criar o Homem Novo.

O cortejo

ocupa todo o espaço disponível.

É gordo, nada sobra

a não ser a esterilidade do medo,

de onde não querem que ninguém saia,

onde não há luz

nem água para as sanitas.

Foram cortadas,

para que não se invente

a forma de escoá-los como merda.

Mas esquecem-se da água

que há no olhar infravermelho do povo,

que, quando quer, sabe como fazer luz

e puxar o autoclismo.

 

© Jaime Portela, Novembro de 2022


35 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Um poema muito forte. Oxalá o povo realmente consiga como livrar-se deles, embora pessoalmente poucas esperanças tenha.
Abraço, saúde e uma boa semana

silvia de angelis disse...

SILVIA DE ANGELIS :Una bellissima e significativa poesia, che ho apprezzato nella sua densa lettura.
Un caro saluto, silvia

Betonicou disse...

Bom dia, caro amigo, Jaime. Esse tento, diferente dos outros, nos leva a uma reflexão sobre os dias atuais: Guerras, eleições .... Não deixando de ser exuberante. Um grande abraço.

ematejoca disse...

Uma manifestação poética e política.
O governo alemão não é discípulo da convicção hitleriana.
O actual governo alemão é uma manada de carneirinhos incompetentes que acatam as imposições americanas.

Uma semana calma e em beleza … sem medos 🍂

Porventura escrevo disse...

Uma excelente análise do real atual.
Gostei Jaime.

H A S S A N disse...

Wow strong poem my dear, but there is some truth in your words

Ailime disse...

Boa tarde Jaime,
Um magnífico poema pleno de realidade em que somos coagidos sem dó nem piedade.
Que haja consciência para evitar males maiores e que o povo tenha a coragem de se insurgir.
Um beijinho e uma boa semana.
Ailime

Maria Lucia (Centelha) disse...

Um poema politico/social, instigante, porém verdadeiro, retratando uma realidade perversa. Parabéns poeta.
Um beijo carinhoso

Marta Vinhais disse...

Um poema forte sobre um Mundo às avessas...
Gostei muito...
Beijos e abraços
Marta

Graça Pires disse...

Deus nos livre de líderes assim, que querem criar o homem novo, seja isso o que for.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.

Mário Margaride disse...

Poema forte e atualissmo, onde de facto é bem preciso afastar as moscas, que insistem em pairar na porcaria, que é despejada por esses que infestam a humanidade.
Gostei muito de ler.
Votos de uma excelente semana!
Abraço amigo.

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com

Cláudia disse...

Fortíssimo mas verdadeiro e que deveria era ser partilhado com esses mesmo líderes que nada valem.

Boa semana!

- R y k @ r d o - disse...

Poema intenso, poderoso, que nos remete para uma enorme reflexão: A força do Poder e a ganância levada ao extremo por esse mesmo poder. Guerras, lutas internas e externas, e o Povo segue-os como borregos amestrados.
Mudam as moscas, mas a mer.. é sempre a mesma
.
Saudações poéticas
.

Janita disse...

Tomara que aos povos que vêem, e viram, há décadas atrás, os seus lares destruidos, os seus entes queridos mortos, as suas vidas destroçadas, por esses líderes desalmados, tenham água e força necessária para os mandar a todos pela sarjeta abaixo.

A escrever poesia também se faz justiça aos injustiçados.
Gostei, amigo Poeta. Muito!

Um beijinho e boa semana, Jaime.

AMALIA disse...

Sin duda, un significativo y buen poema.
Un abrazo.

Cidália Ferreira disse...

Poema intenso e forte em palavras. Concordo com a emtejoca!
-
Beijos
Uma boa semana!

Lucia disse...

Olá caro Jaime.
Forte e verdadeiro.
Boa noite e feliz semana.
Beijo!

Caterina disse...

Versi forti e significativi che ho molto apprezzato. Bravo come sempre amico Jaime. Buona settimana! Un abbraccio!

J.P. Alexander disse...

Bello poema me gusto te mando un beso.

Glória Vilbro disse...

E o mais assustador ainda é a certeza de que eliminando um desses líderes odiosos, outro surge, e outro depois desse outro, numa sucessão de horrores. E o ser humano pouco aprende, pouco muda, pouco discernimento tem. É muito triste!! Esperemos que um dia a descarga de autoclismo limpe de facto toda a porcaria,... muito embora nos fique o receio de que possamos também ir atrás da enxurrada, cano abaixo, envoltos e conspurcados. ..
Gosto muito deste seu poema indignado! Beijinhos, Jaime e continuação de boa semana nova:)

Kinga K. disse...

Un poema muy lindo <3

Mário Margaride disse...

Bom dia, caro amigo Jaime.
Passando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar a continuação de ótima semana, com muita saúde.
Abraço amigo.

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com

Fá menor disse...

Muito bem escrito, Jaime!

Também temo! Líderes deste mundo que bem manipulam a seu bel-prazer!
Somos reféns. Mas não nos resignemos!

Beijinhos e boa semana!

Emília Pinto disse...

Somos como " as formigas " trabalhando arduamente, às vezes até em exagero, para que no inverno da vida não nos faltem alimento e abrigo. Corremos apressados sem que nos acautelemos com as pedras que vamos encontrando, sendo a queda muitas vezes inevitável. A preocupação é tanta que nem conseguimos viver o amor que nos espera depois de um dia de trabalho; não vivemos o amor, não vemos os filhos carentes de atenção, não admiramos o céu estrelado anunciando um lindo amanhecer; trabalhamos, amealhamos, sem tempo sequer para pensarmos nos desmandos daqueles que nos governam, sem vermos com atenção o que se passa à nossa volta, como se a este mundo não pertencessemos; vemos pessoas inocentes a morrerem, a serem tratadas como " lixo ", a terem que chorar os seus mortos caídos num combate incompreensivel, num combate que não pediram, num combate provocado únicamente por mentes doentias que se acham " donos do mundo". E nós olhamos indiferentes, no conforto dos nossos lares pedindo à vida que nada disso nos atinja e que continuemos a ter forças para o trabalho pois o inverno chega e há que pensar nele, no nosso, é claro. Trabalhar, trabalhar, trabalhar....nada mais importa..Para quê tanta azáfama? Para termos mais do que o suficiente, esquecendo-nos que somos finitos e que tudo aqui fica? Connosco irão os afectos que tivermos semeado, a consciência limpa das maldades que não cometemos e da ética que soubemos dar à nossa passagem por aqui. Sejamos formiguinhas, amemos o mais possivel, abominemos as insanidades que se cometem nos dias de hoje em guerras absurdas. Não nos alheemos do mundo em que vivemos e tentemos ser melhores a cada dia que passa. Muito oportunos os teus poemas, Jaime, onde não faltam o amor e as mensagens para nos porem a reflectir Obrigada pelo belo momento poético e desejo-te saúde para poderes continuar com a tua bela poesia. Um beijinho
Emilia🙏 🕊 🌻

Bandys disse...

Ola Jaime

Belo poema nesses dias atuais
de tantas incertezas.
Um grande abraço

Rosemildo Sales Furtado disse...

O pior de tudo, é que o povo, é quem paga por tudo isso. Belo e forte o teu poema Jaime.

Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.

Furtado


Catiaho Reflexod'Alma disse...

💌Jaime,
✨E um poema verdade
de um tempo complicado
e até mesmo feio.
Poesia tbem é Leitura de um tempo .
Adorei ler😇.
Bjins
✨CatiahoAlc.\Reflexod'Alma✨
💌

Meulen disse...

Todo esto ha ocurrido porque primero nos dejamos engañar, después por comodidad y lo qie es peor millones creen que nada les tocará ene sta desatada impiedad humana...
Y seguiremos viendo como los onocentes siguen destrozados por todas partes.

Siempre es presnete la denuncia.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

JP

um poema forte
um grito coerente
um tempo doente
e uma dor sem tamanho

boa semana.
:)

Guma disse...

Um tempo de trevas que se não vê quando vai terminar. Um exemplo de como uns quantos jogam com o destino do mundo inteiro.
E o Jaime na sua forma genuína de escrever, expressa bem as preocupações de todos nós.
Kandando, Continuação de boa semana!

Olinda Melo disse...

Olá, Jaime
Vivemos tempos incertos. A segurança das nossas vidas está mal entregue, assim como a daqueles que vieram antes de nós. É um círculo vicioso que nunca mais acaba. A História vai se repetindo e cada geração tem a sua quota-parte de desgraças.
Poema que descreve os tempos de hoje. Tempos lastimáveis.
Abraço
Olinda

Manuel Veiga disse...

parabéns!
excelente poema, meu caro Poeta
e amigo

Gramde Abraço

Roselia Bezerra disse...

Bom dia de paz, amigo Jaime!
"convicção hitleriana
de criar o Homem Novo."
Estamos num jeito velho tentando por roupas novas na humanidade. Quanto disparate!
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos

Regina Graça disse...

Temo que o botão da bomba atómica seja accionado antes de termos tempo de puxar autoclismo. E sou optimista desde sempre... Sou optimista sem reticências. Tenho uma fé inabalável na humanidade. Ainda.

Um abraço, amigo Jaime

Ana Freire disse...

E o mundo... tem-nos proporcionado um desfilar deles, no últimos anos... senão iguais... bem parecidos!
Um poema para despertar consciências... Adorei ler!
Um beijinho!
Ana