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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Somos russos [480]

 


Desde que vimos o teu covil imperial,

o nevoeiro e o frio são mais densos

nas dores que o mundo sofre.

Ainda assim,

um ano de bombas na Ucrânia,

ou até mesmo a tortura

e a morte de inocentes,

não serão mudos e quedos tijolos

no muro da pacificação.

Somos russos

e o nosso tempo não está isento

da ameaça e da mordaça,

nem do exílio na Sibéria,

mas não há fala tirana

que nos cegue e cale para sempre.

 

© Jaime Portela, Fevereiro de 2023


42 comentários:

Porventura escrevo disse...

somos russos?
:-)
É uma boa metáfora, Jaime.
Abraço

Daniele Verzetti il Rockpoeta® disse...

Bellissimi poesia. Io pure sono sempre dalla parte dei popoli perchè i popoli se non vengono manipolati, non vogliono mai la guerra, al massimo fanno la rivoluzione ma la fanno senza demandarla agli altri, lottando in prima persona e spesso con armi spuntate tranne due: la loro voce ed il loro anelito di libertà.

Sulla ragione dell'invasione russa in Ucraina, va detto che c'è molta colpa degli USA con gli eventi storici del 2014 e degli anni seguenti, Ora è chiaro che fa male vedere gente che muore sotto le bombe russe e dissidenti russi essere arrestati e deportati, così come è evidente che nessuna guerra è mai giusta, ed anche questa guerra non lo è, infatti non esiste nessuno innocente, sono tutti colpevoli per questo conflitto, alcuni forse però, lo sono più di altri (ossia gli USA)

Ecco perchè come ho scritto all'inizio di questo commento io sto con i popoli perchè i popoli se non vengono manipolati, generalmente, non vogliono mai la guerra

PORTUGUESE TRAD. (by google translate)

Linda poesia. Também eu estou sempre do lado dos povos porque os povos, se não forem manipulados, nunca querem a guerra, na melhor das hipóteses fazem a revolução mas fazem-na sem deixar para os outros, lutando pessoalmente e muitas vezes com armas contundentes excepto duas: sua voz e seu desejo de liberdade.

Sobre o motivo da invasão russa na Ucrânia, deve-se dizer que há muita culpa dos EUA com os eventos históricos de 2014 e anos seguintes. Agora é claro que dói ver pessoas morrendo sob bombas russas e dissidentes russos sendo presos e deportados, assim como é evidente que nenhuma guerra é justa, e esta guerra também não é, de fato não há ninguém inocente, todos são culpados por este conflito, alguns talvez no entanto, sejam mais do que outros (ou seja, os Estados Unidos)

É por isso que, como escrevi no início deste comentário, estou com os povos porque os povos, se não forem manipulados, geralmente, nunca querem a guerra.

ENGLISH TRANSLATION (by myself)

Beautiful poem I am always on the side of the people.because the peoples, if they are not manipulated, never want war, at most they make the revolution but they do it without leaving it to others, fighting in the first person and often with blunt weapons except for two: their voice and their yearning for freedom.

On the reason for the Russian invasion in Ukraine, it must be said that there is a lot of US blame with the historical events of 2014 and following years, Now it is clear that it hurts to see people dying under Russian bombs and Russian dissidents being arrested and deported, just as it is evident that no war is ever right, and this war too is not, in fact there is no one innocent, they are all guilty for this conflict, some perhaps however, are more so than others (i.e. the USA)

This is why, as I wrote at the beginning of this comment, I stand with the peoples because the peoples, if they are not manipulated, usually, never want war.

silvia de angelis disse...

Una guerra violenta e assurda che ci fa pensare molto...
Cari saluti,silvia

São disse...

Muito bom, muito bom !

Não, o silêncio não é eterno, tens razão.

Grande abraço, meu amigo .

Andre Mansim disse...

Bom dia, amigo poeta!
O que me deixa impressinonado, é que a guerra passou a ser um notícia de rotina, e que não sensibiliza ninguém. As pessoas aqui no Brasil, nem querem saber o que está acontecendo lá na guerra.
Muito triste isso. Cda um só quer saber do seu próprio umbigo.

Marta Vinhais disse...

Gritemos ao Vento, aos Deuses do Olimpo... Porque não podemos ficar calados hoje, amanhã, para sempre....
Interessante como sempre....
Beijos e abraços
Marta

Cláudia disse...

Mais um excelente poema!

Bom dia

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Uma verdadeira tragédia.
Um abraço e continuação de uma boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados

Janita disse...

Excelente, amigo Jaime, excelente.

Melhor do que tudo seria
Que tal ditador sangrento
Desse um tiro na cabeça
E aliviasse a Rússia
Juntamente com a Ucrânia
A Europa e todo o mundo
Do seu perfil tão nojento.

Desculpe, Jaime, mas não resisti de fazer eco consigo, mas à minha maneira.

Um beijo amigo!

- R y k @ r d o - disse...

Poema intenso, poderoso, que requer uma profunda reflexão.
Maldito seja Vladimir Putin.
.
Cumprimentos poéticos e cordiais
.

ematejoca disse...

1 ano de guerra | Como Putin ressuscitou a OTAN

Poema brilhante que dá fala aos opositores do líder russo.
Palavras inteligentes sem as comoções exageradas e irracionais habituais.
Também eu sou russa, quando mergulho na LITERATURA RUSSA.

Beijo da amiga que não é amiga nem do Putin nem do „Zecka“


Regina Graça disse...

O dramático é que o covil imperial, além de russo, também é chinês, norte coreano, árabe, americano...
O trágico é já nem sabermos quem somos, contra que silêncios e cegueiras, se eleva a nossa fala...

A humanidade que ainda vive, para se manter genuinamente verdadeira, tem de se questionar todos os dias. E ser alimentada pelo sonho, pela esperança, pelo riso e a lágrima. E sobretudo, pelo Poema!!!

Bem haja, meu amigo Jaime. Um beijinho

Fá menor disse...

Uma guerra que tem muito que se lhe diga, mas que o não sei dizer, porque não a entendo. Aliás, haverá alguma guerra entendível?!...
O mundo e a humanidade manipulada anda à deriva às mãos de gente sem escrúpulos e sem amor.
Não nos resignemos!

Beijinhos, amigo Jaime.

Gracita disse...

O que mais me assusta é que as pessoas encaram a mortandade de inocentes como algo corriqueiro, banal.
O teu poema é forte, profundo!
Um grande abraço amigo Jaime

Parapeito disse...

Olá Jaime.
Gostei de o ler, um excelente poema que se pode aplicar a todas as guerras que estão acontecer pelo mundo. E são tantas.
Uma verdadeira tragédia.
Eu não gosto nem do Putin nem de Zelensky.
Tenho sim muita pena do povo ucraniano e do povo russo.
Todos são vitimas de uma forma ou de outra,
As guerras todas são vergonhosas e os lideres dos países dessas guerras os principais responsáveis.
Ultrajante quando outros valores falam acima dos valores humanos.
Agradeço o seu comentário na minha participação no Xaile de Seda.
Abraço e brisas doces ***

AMALIA disse...

Magnífico poema!!!!.
Un abrazo.

Andrea Giovanna disse...

Olá Jaime, como vai?
Tão triste essa guerra. Inacreditável nos tempos de hoje ainda vermos países resolvendo suas questões com guerra. Tanto ainda a evoluir moralmente.
Que Deus nos abençoe e abra os olhos desses dirigentes. Lindo poema 💓

Caterina disse...

Un poema molto profondo che affronta un argomento delicato. Alla fine sono sempre i più deboli a soffrire, il popolo. Grazie di questi versi molto belli. Buona continuazione di settimana, amico Jaime. Un abbraccio.

Marli Terezinha Andrucho Boldori disse...

Olá, Jaime, seu poema nos mostra em cada verso a triste realidade na qual vivemos, e sabemos que há muitos países que marcam sua presença com o sofrimento do povo, do irmão, enfim do seu semelhante. Que haja paz em todo o mundo. Grande abraço!

Mário Margaride disse...

Belíssimo poema, caro amigo Jaime.
Sem dúvida alguma, que o povo russo nada tema ver com esta guerra. Apenas estão a ser manipulados por este ser maquiavélico que se chama PUTIN!
Muito bom poema.
Gostei bastante.
Continuação de ótima semana, com muita saúde.
Abraço amigo.

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com

MELODY JACOB disse...

What a lovely poem.
Well written.
New post: https://www.melodyjacob.com/2023/02/best-shampoo-for-dandruff.html

Meulen disse...

Me parece muy bien no olvidar al o los que realmente sufren, que es el pueblo agonizante...de todas formas de muerte la peor será la que es impuesta por el propio ser humano y eso al parecer nunca cesará mientras sea el orgullo, la vanidad y sepa que otros tantos vicios que ciega a pocos, en desmedro de multitudes...
Poco se ha avanzado en el bien, más bien en cultivar el mal.

saludos.

brancas nuvens negras disse...

Este ainda é um tema que mobiliza os leitores. Apesar das TVs e jornais explorarem os sentimentos e a sensibilidade dos espectadores e leitores, nem todos são manipuláveis. Para não estar a dizer o mesmo que outros leitores já aqui disseram, subscrevo os comentários de Daniele Verzetti e de Parapeito.
Um abraço.

Pedro Coimbra disse...

Os russos e a Rússia não escolheram o malvado que os dirige e desgoverna.
Bandido, assassino, louco.
Abraço, bfds

Margarita HP disse...

Muchísimas gracias por visitar mi pergamino de sueños, ya le sigo también Jaime. Tiene usted un blog precioso. Saludos :D

Olinda Melo disse...

Caro Jaime

Na data do primeiro aniversário de uma guerra que martiriza
inocentes, traz-nos também à lembrança outras guerras que
se eternizam e das quais não se fala porque já esquecidas.
Entretanto, os donos do mundo negoceiam nos bastidores.
Um poema que nos põe em alerta máximo.
Abraço
Olinda

Mário Margaride disse...

Olá, caro amigo Jaime,
Passando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana com muita saúde.
Abraço amigo.

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com

Arthur Claro disse...

Muito boa esta poesia reflexiva, parabéns.

Arthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com

Graça Pires disse...

Sim, os russos hão-de cansar-se do silêncio que escondem do tirano. Muito bom, meu Amigo Jaime.
Um bom fim de semana.
Um beijo.

Daniela Silva disse...

é apenas entre duas nações, mas afeta o mundo, em especial a europa....
bom fim de semana

lanochedemedianoche disse...

Reflexión para el mundo, poema fuerte que marca lo triste de la guerra, lo estúpido que resulta hacerlo, matando por matar, nada se gana, solo muerte.
Abrazo

Os olhares da Gracinha! disse...

Difícil o fim...😡
Bom sábado Jaime 👏😘

SOL da Esteva disse...

A gente nunca quis a Guerra. Os inocentes morrem porque os políticos que a desencadeiam se sentem seguros nos seus "fortes".
Excelente Poema de intervenção, Jaime. Mais uma vez...

Abraço
SOL da Esteva

Maria Rodrigues disse...

Uma guerra terrível que infelizmente não parece ter o fim à vista.
Um profundo e sentido poema.
Beijinhos

Lucia disse...

Olá Jaime
Um belo e profundo poema.
Que todo esse sofrimento termine
Boa noite e bom domingo
Beijo!

rosa-branca disse...

Um poema que é um grito mudo e que dói só de pensar. Maldito o ser humano que não olha a meios para atingir os fins. Embora me tenha (doído) gostei muito do poema.
Jaime, bom fim de semana e beijos com carinho

Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá, amigo Jaime, a sensibilidade dos poetas não os permite
ficar distante da maldade humana, como acontece na Ucrânia,
por exemplo, com os assassinatos de Putin, esse russo que
lembra Stalin.
Votos de um ótimo fim de semana.
Grande abraço.

Juvenal Nunes disse...

A adulteração do conceito do conflito não minimiza os danos que provoca.
Uma guerra cuja realidade não se estriba em nenhuma base justificável. Por isso é absurda e cruel.
Abraço de paz.
Juvenal Nunes

Roselia Bezerra disse...

Olá, poeta Jaime!
Somos russos sim pois vivemos como se nada estivesse acontecendo, os que estão mais próximos ainda se preocupam mais, nós, os de longe, agimos como se não fosse conosco...
Um botão que se aperte de lá, pode nos detonar a muitos, sem piedade.
Uma barbaridade, um novo "holocausto" acontecendo na atualidade.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos

Ailime disse...

Bom dia Jaime,
Magnifico poema sobre esta guerra inglória que a todos sensibiliza, menos ao louco que a conduz!
Gritemos bem alto a nossa indignação!
Beijinhos e boa semana.
Ailime

Majo Dutra disse...

Excelente, Jaime! Excelente!
Um beijo.
~~~~~~~~~~~~

Ana Freire disse...

O que teriam a dizer os russos, se até uma folha em branco lhes é permitido erguer?
Um dia talvez o que pensam... corresponda finalmente ao que dizem... por enquanto haverá um hiato bem grande, que nem a ensaiada propaganda consegue disfarçar...
Um poema de excelência, para assinalar o primeiro ano desta tragédia... ainda sem fim à vista... mas com um fim expectável... milhões e milhões, de carne para canhão de um lado... e um número decrescente de soldados, em baixas certas e cadenciadas do outro... por muito equipamento que se lhes forneçam...
A estratégia da força... contra a força da estratégia... neste desfilar de equipamentos que se procuram testar... e aperfeiçoar... para um conflito seguinte muito provavelmente... a um preço demasiado alto, neste laboratório de experimentação... numa guerra que se resolveria num dia. Só neste aspecto concordo com o acéfalo Donald...
Beijinhos
Ana