Translater

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Rosa enclausurada [315]


 

De palavras novas ansiosa,

de frase em frase

iludindo a dor provável.

De corpo triste,

o adormecer sem beber.

O rio seco por querer

a decantar um mar em surdina,

que em ti vertes

de lágrimas nelas diluída.

Ao fogo branco da alegria,

a indiferença.

A cidade do teu peito

a agonizar de lírios enlutados.

Por onde andará, malbaratada,

a rosa do teu punho

enclausurada em desamor?



46 comentários:

" R y k @ r d o " disse...


Por vezes são tantas as dores silenciosas, sofridas pelas pétalas dessa Rosa Enclausurada, que nem ela, as consegue enumerar e/ou decifrar. Mais um poema brilhante que me deliciou ler.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Cumprimentos poéticos

Beatriz Pin disse...

Obrigada pela súa visita. Eu gosto também de blogs poéticos. Gostei do poema que lí. Cuando ter tempo, lerei máis. São galega e estou practicando a ortografía do galego do Brazil. Eu vou seguir a voçé. Saúdo dende a Galiza irmâ!!!

Beatriz Pin disse...

Portela pode ser un conome galego

Beatriz Pin disse...

Pedo desculpas, pensei que era do Brazil. Veio que é de Viana. Eu viajei muito por Portugal. Agora fico em casa.

Magui disse...

Que a clausura não nos iniba de amar.
Muito bonito.
Beijo

Fá menor disse...

Pois é, os tempos são de clausura, tristezas e dores; também indiferenças, no mínimo...
Quando conseguiremos dar a volta por cima?

Beijinhos, amigo Jaime!

Porventura escrevo disse...

Adoro a palavra decantar
Da um sentido Portugalidade as coisas enorne😊
Bravo Jaime

Andreia Morais disse...

Simplesmente maravilhoso, Jaime!

Continuação de boa semana

Artes Ideias e Dicas disse...

Belo poema como sempre escreve=) Bom fim de semana

Elvira Carvalho disse...

Enclausuram-se os corpos, os sentimentos, os sonhos. São assim os tempos estranhos que atravessamos.
Abraço e saúde

Margarida Pires disse...

Olá Jaime!
Que a clausura não nos impeça de amar!
E gritar bem alto que estamos vivos!
Um doce beijinho!
Megy Maia🌸🐰🌸

Maria Dolores Garrido disse...

Para além do entendimento, sabe bem percorrer o poema palavra a palavra. A tristeza também pode ser bela, quando tão poética como é o caso.
Bom fim de semana.

Isamar disse...

Delicio-me com as suas frases tão peculiares, com este maravilhoso talento poético. Brilhante!!!
Querido Amigo Jaime desejo-lhe um fim-de-semana em segurança e com saúde.
Beijinho

alfacinha disse...

Apesar da clausura temos o amor ao alcance da mão
Um poema lindo

Marta Vinhais disse...

Mas amar continua a estar presente, a pulsar de vida... apesar dos espinhos e da clausura...
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Graça Pires disse...

"A cidade do teu peito
a agonizar de lírios enlutados".
Magnífica expressão poética, meu Amigo Jaime. Um poema mais melancólico do que é costume. Gostei imenso.
Cuide-se bem.
Um bom fim de semana.
Um beijo.

Cidália Ferreira disse...

Um poema fantástico! ;) Como sempre!:)
*
Há prosas que contam estórias
*
Beijo, e um excelente fim de semana.

São disse...

Sim, por onde andará?...

Beijinho, querido amigo, bom fim de semana ... e cuida-te!

A Paixão da Isa disse...

mais um lindo poema bravo bjs saude

ELISABETE CRISTINA disse...

Que lindo poema !!!
Um ótimo final de semana para você.
Abraços.

MARILENE disse...

"A cidade do teu peito a agonizar de lírios enlutados". Uma colocação belíssima, Jaime, como cada verso de seu poema. Que a rosa desse punho encontre a liberdade! Grande abraço!

teresadias disse...

Vejo com gosto que enclausurada está apenas a rosa, jamais a criatividade do poeta.
Jaime, belo poema.
Beijo, bom fim-se-semana, saúde.

Tais Luso de Carvalho disse...

Belo poema, amigo Jaime, sempre muito criativo e inspirado.

O rio seco por querer
a decantar um mar em surdina,
que em ti vertes
de lágrimas nelas diluída.

Um bom fim de semana, com saúde e paz.
Beijos

Ana Freire disse...

Atravessamos todos uma fase, em que até sentimos que as flores perderam as suas cores...
Mas nos tempos que correm... clausura significa segurança e resiliência!...
Uma bela inspiração, com o aroma destes tempos incertos...
Beijinhos! Bom fim de semana, Jaime! Pedindo desculpa pelo meu atraso, em passar por aqui... mas nesta fase... o tempo livre, tem de ser quase todo orientado para medidas de prevenção aqui em casa... para ver se a minha mãe não se entusiasma a ir aprender a tocar harpa, antes de tempo...
Ana

Amélia disse...

Parabéns poeta Jaime pelo fantástico poema!
Bom fim-de-semana
Bj

Sandra Figueroa disse...

Triste pero hermoso poema amigo Jaime. Saludos.

baili disse...

so much sadness and pale energy that made my heart bit heavy for while

yet a beautifully treated poem

metaphor is poignant and eloquent for touching heart indeed
wishing blessings and kindness of Lord for days ahead!

Dalva Rodrigues disse...

Poema maravilhoso, Jaime, aplausos!
As palavras muitas vezes se perdem antes mesmo de saírem de dentro de nós, mas o mais importante é o efeito delas dentro de nós, loucura, tristeza, beleza, reflexões...O que pensamos nunca é desperdiçado quando somos conscientes do significado da singularidade de nossa vida, de cada vida.
Obrigada pelo carinho amigo, bom final de semana, abração!

Betonicou disse...

Bom dia , caro Jaime. Seu poema é belíssimo, mesmo com ar bucólico. Como sempre , nos brinda com um poetar brilhante. Caríssimo, tenho trabalhado muito e chegado em casa muito cansado, ai "a inspiração não encontra ninho para pousar". Obrigado pela preocupação. Grande abraço. tenha um feliz fim de semana.

Ana Bailune disse...

Olá, Jayme!
Seus poemas são sempre lindíssimos!

Os olhares da Gracinha! disse...

Uma clausura poética em tempos conturbados a merecer aplauso!!! Bj

saudade disse...

Que essa rosa enclausurada apareça e mostre a sua beleza, fantásticas palavras meu querido amigo.
Também eu me sinto enclausurada.
Cuida te.
Beijo

Ailime disse...

Boa noite Jaime
Um poema belíssimo em que as metáforas nos remetem ao confinamento por que estamos de novo a passar.
A cidade que agoniza, os corpos tristes, as lágrimas, os lírios enlutados.
Triste, mas muito sentido o seu poema que apreciei bastante.
Um beijinho e bom fim de semana, com saúde.
Ailime

Emília Pinto disse...

É natural que, com este inverno rigoroso, frio, chuva e neve, a rosa se enclausure e, se não conseguir fazê-lo, perde a sua beleza e não há pétala que consiga agarrar-se a ela. Há tristeza nos jardins, há dores imensas em muitos lares e, nós, se não estivermos a sofrer, não podemos deixar de nos sentirmos como a rosa, sombrios como o dia, enclausurados também e com um apertozinho que nos impede de sorrir; sim, Amigo, hoje estou assim....recebi uma mensagem do Brasil, dando-me a triste noticia de qua a senhora que tantos anos me serviu, que tanto carinho me deu, que tratou dos meus filhoss como se dela fossem, foi internada e de lá, com certeza não sairá com vida; tem 91 anos de uma vida sofrida, de muito trabalho para criar os filhos com alguma dignidade; nunca a abandonei, apesar de estar a viver cá e hoje, apesar de esperar a noticia há muito, fiquei com uma imensa tristeza. E é assim o fim de todos nós, Jaime! Como as rosas...a cada dia que passa uma pétala vai caindo até que tudo se vai...tronco e raiz. Desculpa a nostalgia, mas...é para combinar com o poema....com os dias chuvosos...com a clausura...
Um beijinho e SAÚDE
Emilia

rosa-branca disse...

Por onde andará essa rosa enclausurada...se calhar desistiu e murchou... Poema lindo e nostálgico que adorei. Cuida-te, que o tempo é de clausura. Beijinhos poeta com muito carinho

Ygraine disse...

WOW!!! Incredibly beautiful, and so haunting...truly a poem for our current time in the story of mankind.
The Lilies say so much...and may the rose once again bloom in our hearts...😊😊

Stay safe, my dear friend Jaime...and have a magical day!

Kisses of deep affection xxx

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Um belo poema amigo Jaime, gostei.
Um abraço e bom Domingo.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados

Teresa Almeida disse...

Excelente poema dedicado a uma rosa enclausurada. E a poesia ali tão perto! Ainda bem que nem o vento, nem a chuva, nem o vírus te cortam o pensamento.

Abraço amigo.

Maria Rodrigues disse...

Tempos de clausura que nos prendem o corpo e alma.
Nostálgico e belo poema
Beijinhos

Jussara Neves Rezende disse...

Que poema bem arquitetado, Jaime! Soa como música!

Olinda Melo disse...


Caro Jaime

Poema que foca todos os pontos em
que a saudade e a tristeza fazem morada.
Rosa enclausurada sem espaço para aspergir
o seu perfume.
Gostei muito, meu amigo.
Abraço
Olinda

João Santana Pinto disse...

É difícil não me repetir, mas penso que os comentários refletem e suportam a minha opinião e este poema terá sido um dos mais belos que por aqui li, pelos sentimentos, pela luz, força e encadeamento das palavras, pela elegância. pela arte.

Abraço e bom início de semana

Reflexos Espelhando Espalhando Amig disse...

Jaime,
Que lindos versos,
estava com saudades
daqui.
Bjins
CatiahoAlc.

Majo Dutra disse...

Muito belo, Jaime. Muito belo!

Despedindo-me por um tempo, amigo.
Até à volta. Abraço
~~~~

Pedro Luso de Carvalho disse...

Boa noite, amigo Jaime,
Volto a esse espaço poético para encontrar mais um belo poema de sua lavra, poema inspirado e belo. Parabéns, Poeta!
Uma boa semana, com saúde.
Grande abraço.

Roselia Bezerra disse...

Olá, amigo Jaime!
Muito obrigada pelo seu carinho na minha ausência pelos motivos doloridos que sabe.
Estava eu como diz seu poema: uma rosa enclausurada...
Libertei-a, criando um novo blog:
https://flordocampo3.blogspot.com/
Aguardo você por lá.
Esteja bem, amigo.
🙌💐👼🕊️🙏😘