No frondoso vale, Tântalo desespera
e, nas trevas do castigo, a sede é uma tortura.
A água, fugidia, em vão ele procura,
e a fruta ao seu alcance, foge-lhe, severa.
Em tormento perpétuo, a alma desfalece
nas margens do rio que lhe nega o alento.
Na fome voraz, a sua vida é um tormento
num ciclo cruel que jamais se emudece.
Sob o peso do céu, em cruel suplício,
Tântalo sofre condenado ao sacrifício
e é forçado ao martírio sem redenção.
Assim, entre o desejo e a realidade,
o suplício de Tântalo ecoa na eternidade
como símbolo presente da humana condição.
© Jaime Portela, Setembro de 2024
1 comentário:
Assim se escreve linda poesia
Intensa, profunda, deslumbrante
Que nos alegra na aurora do dia
Saída de uma mente poética brilhante
.
Bom dia. Uma semana feliz.
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